27 de novembro de 2012

FAZ PARTE


Um dos muitos prazeres de um cidadão proprietário de um pequeno sítio sempre foi a abundância de ovos. 
De garnizé, de Legorn, de galinha caipira, de marreca, de pata, de faisão, de pavão,  de codorna e até de gansa.

Prazer maior ainda, era armazenar uma dezena ou mais de duzias e levá-los ao Centro de Educação Infantil. 

Sempre após lavá-los, secá-los e guardá-los como aprendeu desde pequeno.

Nada mais gratificante do que ver os rostinhos felizes dos pequeninos, pelo menos, duas vezes por mês e ouvir da diretora e professoras sobre o aproveitamento pedagógico do alimento tão nutritivo.

Por tudo isso, doeu e muito, quando hoje pela manhã ouviu da Diretora  que recebera ordem de não mais aceitar a doação.

Denúncia? Validade? Fiscalização? 

Com a caixa na mão, aceitou o argumento e ainda entregou um ovo de gansa, já aberto sem gema e clara, pronto para a pintura de Páscoa.

Só restava voltar para o pequeno sítio com todos os ovos. 

Ligou para a Vigilância Sanitária, relatou a situação e lhe informaram que desconheciam o fato mas que a legislação não permitia pois os ovos não eram submetidos à fiscalização federal. 

Ao final da tarde, lembrou de outra entidade e se mandou com a caixa cheia na esperança de poder doá-los e voltar feliz.

Teve êxito. 

A caixa cheia foi muito bem recebida.

Que bom! 

Até porque nem mesmo muitos lagartos e outros animais conseguiriam consumir toda a produção e as aves continuaram vivas, úteis e felizes. 







   

31 comentários:

Anônimo disse...

Gente: e eu que pensei já ter visto de tudo!!!

Anônimo disse...

p/ Herrn Bachmann
p/ 06h08

Isso relembra um fato que ocorreu com uma senhora de Testo Alto e outra de Testo Central. O armazenamento de ovos era feito em caixas de ovos que os proprios vizinhos traziam. O argumento da vigilancia sanitaria era de que o prazo de validade estava vencido na caixa. O mesmo nao poderia ser usado. Assim, os ovos poderiam estar estragados, mesmo aparentando estarem frescos.

Agora eu me pergunto, alguem quebra e prepara um ovo (seja em bolo, ou em omelete) sem olhar se o mesmo esta em boas condicoes de uso? Ou alguem tem a capacidade de preparar algum prato com um ovo "podre"? Eu mesmo ja comprei ovos de supermercado PODRES e dentro da data de validade.

E o colono, coitado, so recebe FUMO. Se ele corta um palmito para a sua familia para uma festa de aniversario ou bodas FUMO NELE. Se ele pretende cortar uma arvore para reformar as suas benfeitorias (portao, cerca, telhado) FUMO NELE. Mas se a casa enxaimel dele estiver em mas condicoes FUMO NELE. Se ele corta uma palmeira que na verdade eh australiana e nao brasileira (FUMO NELE tambem). Se vende queijo cozido FUMO NELE. Se vende leite FUMO NELE.

Muito bem, vamos esperar mais alguns anos e veremos as favelas tomarem conta da cidade. A paisagem rural bucolica vai sumir do mapa. E com as favelas, os indices de criminalidade vao aumentar significativamente.

ESTAMOS NO CAMINHO CERTO?

the pomer

Anônimo disse...

P/ 10:59
é isso mesmo, a vigilância sanitária quer um mundo pasteurizado de plástico, cada um no seu apartamento assistindo o Faustão. O modo de vida de quem ainda sabe que o leite não cresce em uma árvore, na caixinha tetrapak, está seriamente ameaçado. Queijo? só mussarela e prato, comprado no supermercado. Linguiça? só calabresa e paio, das grandes fábricas do oeste. E junto com os hábitos do colono, morrerão valores culturais mais importantes: ser dono do próprio nariz, ter um mínimo conhecimento de como funciona a natureza e o mundo e não ser mais um otário na massa de manobra.

Anônimo disse...

13:14

estes caras acreditam ser "autoridades"

bom senso , direito ao contraditório , e presunção de inocência naum estao no vocabulário deles.

mais um problema para o Rolf, boteco pé sujo naum vistoriam, estabelecimentos de qualidade, cozinhas industriais, refeitório de nos trabalhadores ai impõe mil regras.

abre o olho Rolf, estes afundam qualquer prefeito.

Anônimo disse...

Pois é seu Backamann
Hoje em dia não é qualquer coisa que a gente pode doar para a creche. Um dos grandes problemas das creches se chama Aline que é a nutricionista. Se acha a dona da verdade e proibe tudo...
mas acredito que existem muitas pessoas que precisam na mesa os ovos de suas aves para fazer um bolo para o filho oumesmo uma omelete para o almoço...nao fique triste...novos tempos virão ...um abraço

Anônimo disse...

17:27
Se não fosse o medo de levar retaliação , daria pra falar cada coisa sobre esse assunto.
Mas temos que sobreviver, então é melhor ficar quieto.
E a vida continua.....

Anônimo disse...

Com ou sem vigilancia, o buraco por onde o ovo vem ao mundo é o mesmo!

Essa diretora que na aceitou os ovos tbém deve ter algum problema! É tanta coisa que acontece por baixo dos panos, é tanta regulamentaçao que nao é seguida, entao pq resolvem seguir exatamente aquelas que nao tem pé nem cabeça?

O bom senso manda lembranças!!!

Anônimo disse...

17:27

nosso estabelecimento esta de acordo com todas as regras, paga impostos, mantem 6 funcionarios, e semana vai, semana vem os gatos da vigilância autoritária estao impondo novos absurdos, alguns muito loucos, que nao menciono pois pode ser que a nos possam identificar.

ISTO TEM QUE ACABAR, JA', PELO AMOR DE DEUS.

Anônimo disse...

Só de olhar a foto tem gente que já se arrepiou!

Anônimo disse...

17:27

Fiscais tem independência funcional, isso quer dizer, que somente tem que cumprir a lei.

O prefeito não tem nem que meter a boca, e sendo que eles os fiscais, não precisam atender " ordens ilegais ".

Sendo que qualquer " ameça " do prefeito ou secretário deve ser denunciado como " impedimento do exércio funcional ", sendo isso crime.

obs: tem áreas que o prefeito e secretário realmente tem que dançar conforme os que " tem a autoridade ".

Anônimo disse...

A intenção é inegavelmente nobre, mas avaliar somente desta forma é muito precipitado.
Talvez possamos nos colocar no lugar da Diretora da escola, responsável pela integridade e segurança das crianças.
Se por qualquer eventualidade, totalmente alheia às vontades tanto do benfeitor doador quanto da agradecida e responsável diretora, um único ovo provocar qualquer problema de intoxicação em um única criança – e intoxicações por ovos não são incomuns, por exemplo por salmonela que pode provocar problemas muito graves – de quem será a responsabilidade neste caso? Se a diretora serviu ovos com selo de fiscalização federal nada tem a temer, mas em caso contrário pode responder criminalmente!
Também tem o fato de que nem todas as doações podem estar sendo feitas com alimentos frescos ou com todos os cuidados de higiene adequados. Como avaliar isto? Como aceitar algumas doações e outras não? Neste cenário, concordo com a decisão da diretora de minimizar todos os possíveis riscos para as crianças e barrar todas as doações deste tipo.

Anônimo disse...

P? 10h20

O prefeito realmente nao pode dar ordens que nao estejam de acordo com a lei vigente. Mas há diversas normativas nas quais ele, juntamente com a camara, pode interferir, adaptando essa legislaçao repleta de abusos à nossa realidade.

Pelo seu discurso, mas pareces ser alguém que trabalha na vigilancia e está com medo de começar a receber ordens.

Anônimo disse...

15:11

Você não conhece nada de funcionalismo público.

Lei municipal não pode ser contrária a lei estadual ou federal.

Anônimo disse...

15:11

Camâra municipal alterar leis da ANVISA?????

SÓ SER FOR AQUI COM A CAMÂRA TEOLÓGICA!!!

Menos!!!!!!!!

Anônimo disse...

15:11
Ou perder a tetinha!

Anônimo disse...

15:11
Estava este 15:11; meu caro 17:24 em horário de TRABALHO!? Hummmmmmm

Anônimo disse...

As regras da vigilancia sao feitas para areas urbanas sao completamente incorretas para um lugar com areas rurais e pior ainda com tradicao de plantar e criar. Esta na hora de brigar com isso sim o prefeito nao muda a lei mas existem outras formas de resolver isso. Esta na hora da anvisa parar de ser inimiga do produtor artesanal.

Anônimo disse...

19:44
Provavelmente!

Ricardo Munhoz Bürgel disse...

O problema é que o produtor rural não tem como concorrer com as grandes empresas e os interesses de políticos que patrocinam essas leis estapafúrdias.
Está mais que na hora de descobrir quem realmente está lucrando com o fim dos pequenos produtores.
Não é totalmente por conta de cuidar da nossa saúde que a vigilância age assim.Nossos antepassados se criaram a base destes alimentos,procriaram e cá estamos nós.
Para alguns os rigores da lei e para outros as benesses.
A Barraca da linguiça(produtos de qualidade é verdade,mas expostos em um local totalmente inadequado), lanchonete em posto de gasolina desativado(condições precárias e totalmente fora dos parâmetros estabelecidos pela própria vigilância)e granja de galinhas (gerando mau cheiro e moscas) em pleno centro da cidade são exemplos disso.

ErKri disse...

Por favor Seu Bachmann,tire essa foto que está me dando urticária!

Anônimo disse...

10:20
OK! Mas fica a dúvida por que demoraram tanto tempo para cumprir a lei no X Mal Educado, visto que " tem a autoridade". Enquanto outros estabelecimentos eram motivo de visita constante, e as vezes recebiam "bronca" por picuinhas. Se tinha o poder, porque não lacraram? Enquanto outros já tinham se adaptado as normas muito tempo antes!
Também causa estranheza o cachorro quente da gasolina, por ser em posto de gasolina desativado (sem contar a poluição visual, centro histórico) ter ganho liberação de funcionamento, porque se não me engano não muito tempo atrás não era mais permitido. Foi dito para um amigo meu, que quem tinha licença estava tranquilo mas dali para frente não ia ser expedidas mais!
E antes de alguém criticar novamente afirmando que é inveja, não é isso, o fato é que a lei tem que valer para todos.
Só mais uma colocação: é fácil vistoriar os pequenos secos e molhados mas e os grandes mercados? cansei de ver produtos vencidos na prateleira e nem estavam na promoção.

Anônimo disse...

23:39

Não sabia que produtos vencidos podem ser vendidos na promoção!
rsrsrsrsrsr

Anônimo disse...

11:12
AÍ SE A VIGILÂNCIA AUTUA E NÃO " DEIXA O PRODUTO SER VENDIDO NA PROMOÇÃO ", COMCERTEZA ENCHEM O SACO, OU NÃO?

Anônimo disse...

11:12

Geralmente quando o produto está perto do vencimento , é feita a promoção com preço menor (não necessariamente todos os produtos).
Simplesmente tem que se tomar mais cuidado na hora na compra, sempre conferir o prazo de validade na embalagem do produto.Isso quando dá pra enxergar a data, porque em algums é difícil a leitura.Dá pra citar um monte de produtos como exemplo.

Anônimo disse...

Há algo de podre no reino da Pomerlandia!

Anônimo disse...

12:13

"Reino da Pomerlandia" muito ótimo.

Pegando o gancho, proponho ser declarado Rei o Sr. Bachmann, que devera usar como manto Real o famoso paletó autografado por um que esta outra vez envolvido em coisas fétidas.

Quem vocês indicariam para compor o Baronato do Reino?

O Principe do Juridiques já pode começar a confeccionar a Carta Magna de instituiçao do Reinado de Bachmann I, "O Contrariado"

Anônimo disse...

P/ 19h44 e 21h05

Caso ainda estejam na dúvida ... não, eu não estava em meu horário de trabalho quando postei meu primeiro comentário.

Estão mais tranquilos agora?
(Ah... agora tbém não estou, tá?)



P/ 17h07

Por favor, mostre-me em qual parte de meu comentário eu sugeri que o prefeito mude alguma lei da ANVISA!
Caso tenha a bondade de retornar ao meu comentário inicial, eu falei em "adaptar" a legislação que já existe para a nossa realidade. O que seria, no mínimo, coerente!

Realmente, vc só pode ser alguém que trabalha com a vigilancia para pensar dessa forma, defendendo as normas, muitas vezes ridículas, incoerentes e descabidas, da legislação atual e que só fazem ajudar aqueles que usam a lei como forma de prejudicar à quem querem e fechar os dois olhos para quem for conveniente.

Anônimo disse...

21:35

Muito bem, em outras palavras : criar dificuldades para vender facilidades ou para arvorar-se como otoridade (ot de otario)

Anônimo disse...

21:35

Ninguém pode " adaptar " leis da ANVISA.

Ademais, os fiscais cumprem com a lei, somente isso. não é para prejudicar.

Vocês não entendem de nada e ficam falando bobagens.

Alterar ou adaptar não possue respaldo legal.

Quem tem que se adaptar as leis são os produtores.

Anônimo disse...

Publicado na Veja

O QUEIJO E A LEI

Estaria a presidente Dilma Rousseff violando a lei se comesse uma fatia de queijo de minas? É perfeitamente possível que sim, pois ela tem de obedecer ao que o governo permite ou proíbe que os brasileiros ponham na boca ao fazer uma refeição.

Pelo bom-senso mais elementar, a presidente da República deveria ter o direito de comer em paz o seu queijo — sem precisar, antes, consultar o advogado-geral da União para saber se isso está ou não dentro da legalidade. Mas o Brasil é o Brasil.

Aqui, entre outros prodígios da lei, um papagaio tem de ser submetido a autópsia quando morre, para esclarecer suspeitas de alguma infração sanitária — e num país onde se exige um negócio desses, e as autoridades entendem que só existem dois tipos de coisas na vida, as obrigatórias e as proibidas, sempre é bom perguntar tudo.

No caso do queijo mineiro, por exemplo, nada é tão simples como parece. A rigor, ele praticamente não pode ser comido fora do território de Minas Gerais, pois tem de respeitar o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal — e cumprir as exigências feitas ali, ao longo de 900 artigos, é mais do que promete a força humana.

Acredite-se ou não, o regulamento foi criado por um decreto do presidente Getúlio Vargas, em 1952, e está em vigor ate” hoje, como lembrou recentemente o suplemento de comida de O Estado de S. Paulo. Na verdade, é nele que se sustenta toda a fiscalização atual dos alimentos que vêm de qualquer bicho existente sobre a face da Terra — piorada, é claro, pelo tsunami de novas regras criadas de lá para cá.

É uma coisa tão velha que só os brasileiros com mais de 60 anos de idade tinham nascido quando o decreto começou a valer. É, também, um momento inesquecível do “estado” brasileiro em ação — esse “estado” que pretende saber tudo o que é melhor para você. O regulamento em questão, por exemplo, achou necessário explicar o que é um queijo — um produto de “formato cilíndrico”, com “untura manteigosa” e dotado de “buracos em cabeça de alfinete”.


Frango ao molho pardo em restaurante não pode, mas não está claro se é permitido fazer em casa (Foto: Assimsefaz.com)
É uma sorte, realmente, que o governo tenha pensado nisso: graças à sua sabedoria, nenhum cidadão corre hoje o risco de ver um queijo e não saber o que é aquilo. O problema real começa quando os escreventes da administração pública decidem o que se pode fazer ou não com um queijo canastra, digamos, e uma porção de outras coisas boas.

Para sair de Minas, o queijo tem de receber um carimbo de autorização do SIF, ou Serviço de Inspeção Federal, que faz pane do Mapa, ou Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e não incomodar a Anvisa, ou Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que é do MS, ou Ministério da Saúde; também precisa fazer o que manda o Dipoa, ou Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, e o Sisbi-Poa, ou Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, ambos do mesmo Mapa, e obedecer à vigilância sanitária das prefeituras.

Deu para entender? Tanto faz. Mesmo que entendam, os pequenos produtores — de cujas queijarias sai quase todo o queijo mineiro que merece ser chamado assim — não têm a menor condição de cumprir as exigências de uma manada de burocratas desse tamanho.

Anônimo disse...

11:08
Estao para cunprir a lei, desde que apliquem a todos!
Precisa dar exemplos?