27 de novembro de 2008

ACREDITE SE QUISER

Eu nunca devolvi R$ 4.500,00 aos cofres da Prefeitura por trabalho realizado no governo de Reimund Viebrantz, conforme acusou da Tribuna o vereador Arno Muller.

25 de novembro de 2008

O TANENNBAUM


Essa canção de Natal, remonta ao século 15 e é, possivelmente, a primeira canção natalina dedicada a um pinheiro - uma árvore. No século 16 era comum, pelo Natal montar num dos cômodos da casa uma árvore e enfeita-la pendurando na mesma maçãs, nozes e doces. A árvore (Tanennbaum) era admirada por Martinho Lutero o pai da reforma, que via nela a sua extraordinária capacidade de permanecer inalterada, na cor e no viço, sob as intempéries do frio inverno europeu ou de seu verão escaldante. Somente em 1730 surgiram as primeiras velas enfeitando o Tanennbaum e somente no século 19 com o crescimento do transporte ferroviário o pinheiro de Natal, tornou-se conhecido em toda a Alemanha. Ao contrário da comunidade evangélica (com a força de Lutero), a igreja católica manifestava-se contra a árvore, afirmando que via no presépio o símbolo que mais se identificava com o Natal. Na atualidade não existe uma só igreja católica em toda a Alemanha onde, pelo Natal, não se encontre pelo menos, um Tanennbaum. Aqui no vale, nos bons tempos de minha infância a canção era tocada, cantada e murmurada por todos os lugares. Naquela época o Natal tinha cheiro de maçã argentina, americana ou canadense, de uvas frescas colhidas na parreira do quintal e de doces natalinos – pfeffer u. Weinachten kuchen -. A poluição ainda não tinha destruído as cigarras e nem tampouco os vagalumes. Aos sons e às luzes destes, se juntava o som de muitas e muitas gaitinhas de boca da Hering que eram o presente de todos os Natais. Em cada rua, em cada beco de cada bairro ouvia-se e via-se crianças com suas gaitas Hering, chocolates (Saturno ou Sander) e maçãs, festejando o nascimento do Cristo menino. À noite, antes da ceia tradicional, todos cantavam Noite Feliz e depois, Oh Tannenbaum! Nossas rádios apresentavam programas especiais e nos anúncios de Boas Festas e Feliz Ano Novo, a música de fundo, muitas e muitas vezes, era Oh Tanennbaum. Hoje, já não se ouvem gaitinhas Hering e nem tampouco existem chocolates Saturno ou Sander. Meio século depois, as maçãs são nacionais (bem mais gostosas), as uvas continuam as mesmas niágaras de todos os lugares, poucas cigarras cantam e os vaga-lumes diminuíram as suas luzes e em quantidade. O Tannenbaum ficou! Está espalhado por todo o nosso mundo. Maravilhoso com suas camadas de ramos. O hino também. Está traduzido para o inglês e existe até versão em latim. É preciso, toca-la, cantá-la, ouvi-la, murmurá-la e sentir sua melodia e a mensagem de sua presença em todas as estações do ano. Assim, nosso Natal, passados mais de 150 anos, será parecido ao de nossos antepassados e conservaremos um pouco – que é muito – das suas tradições e costumes, guardadas no baú de suas memórias, na grande epopéia da travessia do Atlântico. FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO!
Acredite se quiser.

Realizei 14 palestras na Rede Municipal de Ensino sobre a Imigração Alemã, que foram avaliadas por quase mil estudantes e professores como excelentes.
Só recebi da prefeitura o valor de 4 palestras e doei o valor de 10 delas ao município.
Tive que interromper as palestras, apesar de aprovadas por alunos e professores, porque um vereador exigiu o fim delas junto à prefeitura, inclusive telefonando à Brasília, onde se encontrava a prefeita e o marido.
Tenho gravação de diálogo com a prefeita, em que afirma as razões da interrupção das palestras, citando o vereador e juramento feito por ela aos moradores do Ribeirão Souto.

25/11/2008

ÁGUAS DE AGOSTO, SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO.....

Nunca vi tanta água assim. Nos últimos 60 anos com certeza, nada igual ocorreu. Até mesmo em 1983 e 1984, foi menos. Pode até ter sido em maior quantidade em menos tempo e gerado as enchentes. Na soma dos quatro meses, 2008 exagerou. Tudo está encharcado. Estamos todos úmidos. As coisas estão mofando. As toalhas não secam. O negócio é apelar para o papel toalha. Ou, comprar mais meia dúzia de pano e esperar a chuva parar logo. O nosso aipim, a batata e as hortaliças estão apodrecendo no campo ou na horta. Falta o sol. Já não existem galochas para protegermos nossos calçados. A bota ajuda no interior na faina diária de tratar os animais e zelar pela propriedade. Nossos riachos transbordam e invadem casas, escolas, estradas e caminhos. Encostas deslizam sobre as estradas e nossas ruas estão esburacadas e quase intransitáveis. Não há máquinas suficientes para atender aos pedidos e providenciar os reparos ou auxiliar quem precisa. Vidas se perdem. Propriedades são destruídas. Economias são abaladas. Pois é...Não “são as águas de março levando o verão”. Desta vez, são as águas de agosto, setembro, outubro e novembro trazendo o verão. Nos rios e riachos o lixo abunda. Mostra que o povo apesar de todos os esforços das autoridades – coleta de lixo, campanha de recicláveis – não se convenceu ainda de que a natureza deve ser mantida intacta e que ela devolve o lixo que lhe é atirado. Que depois da tempestade, das enxurradas e dos deslizamentos venha a bonança! Solidariedade aos que ficaram e perderam tudo e uma prece aos que nos deixaram.

25.11.2008

19 de novembro de 2008


SEGURANÇA

Bons tempos em que nós Pomerodenses podíamos deixar as portas e janelas abertas e sair de casa, sem preocupação. Bons tempos em que até à noite, quando dormíamos estávamos tranqüilos. Bons tempos em que deixávamos nossas casas, despreocupados e íamos às festas de rei, casamentos, bodas ou confirmações. Hoje, infelizmente, já há quem faça escala entre os membros da família para deixar a festa e dar uma voltinha até a propriedade pra ver se tudo está em ordem. Para nossos veículos providenciamos alarmes. Nas casas também. Nossos opas e omas não podem ficar sozinhos. Alguém sempre deve ficar com eles. Vivemos um pânico geral. Preocupamo-nos com nossos filhos e netos porque a droga está nas escolas, nas festas, na nossa rua e se duvidarmos até nos pátios das igrejas. Os jornais fazem a festa com manchetes sobre furtos, drogas e acidentes. Na tribuna da câmara de vereadores nossos representantes do povo, cobram das autoridades e, em especial, da polícia civil e militar, as soluções para o problema. Culpam o estado, culpam os agentes, os comandantes militares, os delegados, os secretários de estado e o governo, por tudo. Demagogicamente soltam o verbo e encenam gestos e atitudes como se fossem os donos da verdade e capazes de resolver o problema. Esses cobradores das autoridades e dos responsáveis pela manutenção da ordem e da paz na sociedade, chegam a questionar a presença da polícia em rixas que ocorrem em clubes e afirmam que não necessitam da presença da mesma para resolver o conflito. Temos até um Conselho de Segurança. O que faz? Para que serve? Como já disse antes, os Conselhos são abrigo de interessados em ser papagaios de pirata de autoridades que gostam de aparecer em fotos das solenidades que acontecem no município. Gente...não basta culpar a polícia. É preciso assumir que atraímos indivíduos de todos os tipos. Divulgamos a “cidade mais alemã do Brasil”, nossa festa Pomerana e incentivamos a instalação de indústrias que necessitam de mão de obra e que atraem quem busca emprego e que está disposto a trabalhar em qualquer turno ou em mais de um turno. Há também indústrias que, apesar de beneficiadas com incentivos não geram emprego na cidade buscando mão de obra em municípios vizinhos. Infelizmente, também atraímos desocupados, até com antecedentes criminais e que intencionalmente aqui aportam com projetos ilícitos. A nossa hospitalidade contribui para que se sintam “em casa”. Nossos hábitos de quase um século de vida calma e tranqüila facilitam as coisas. Precisamos revê-los. Devemos continuar a ser tão hospitaleiros? Devemos continuar de portas e janelas abertas? Precisaremos construir muros altos, instalar trancas e segredos? Possuir cão bravo? Vamos continuar crescendo e incentivando a instalação de mais e mais indústrias? Ou quem sabe, paramos a máquina e nos dispomos a analisar o que realmente queremos para nós, nossos filhos e nossos netos. Quem sabe possamos ser uma grande atração turística onde as chaminés são somente aquelas que adornam cada lar com um rolo de fumaça do forno a lenha, assando um marreco ou um pão caseiro. A vida nos grandes centros industriais é horrível. Homens que amam a vida vivem nas pequenas comunidades do primeiro mundo cercados pela natureza. Optaram por ser felizes.

18.11.2008

17 de novembro de 2008

POMERODE – o nome.

O site oficial do município traz na história de Pomerode, a explicação: “o nome deriva da junção do radical “Pommern” e do verbo “rodern”, verbo alemão que significa tirar os tocos, tornar a terra apta para o cultivo”. Não sei quem é o autor da afirmação. Nunca vi alguém empregar o verbo rodern. O radical “Pomern” com o nome do rio que banha Stettin – “Oder” – também formaria Pomerode. Com alguma exclusão de símbolo do alfabeto. É hábito na Alemanha referir-se à cidade ou região, acrescentando a expressão “am” mencionando o rio cujas águas banham as margens das localidades. Assim, é comum falar-se em “Merzig am Saar”, “New Haven am Maas”, “Juli Marienburg am Memel”, “Trentino am Etsch”, “Kopenhagen - Kühle Schöne am Belt” ou “Neuburg am der Donau”sempre acrescentando o nome do Rio às localidades. E por que não seria lógico utilizar o mesmo hábito com Pommern e o rio Oder para criar um novo nome para o Rio do Testo, após a emancipação deixando de ser distrito de Blumenau. POMMERN - a terra dos Pomeranos - e ODER - o rio que banha Stettin, onde está o porto do qual partiram os imigrantes que aqui aportaram – são a verdadeira origem do nome Pomerode. “Pomern am Oder” por certo era o que diariamente se falava entre os nossos antepassados quando se referiam à sua origem. Não sei quem escreveu o texto no site oficial do município. Desconheço as fontes que buscou para referir-se ao radical “Pomern” com o verbo “rodern”. Não quero polemisar. Respeito os dados históricos registrados mas gostaria que alguém me apresentasse um documento da época da mudança de nome justificando a adoção do nome com a junção mencionada. Não posso consultar nenhum dos pioneiros pois o último imigrante já não vive. Mas, com certeza, na sua derradeira hora, seu último pensamento e talvez a sua última imagem foram para e de “POMERN am ODER!”

17-11-2008

16 de novembro de 2008

PASSARELA

Tudo o que se fizer em Pomerode que lembre, de alguma forma, as origens alemãs de nossa gente, merece todo o nosso respeito. Afinal, se quisermos continuar merecendo o título de “cidade mais alemã do Brasil” esta terá que ser nossa imagem e deverá constar de nossos cartões postais. Assim, preservar o enxaimel, o plat, os clubes de caça e tiro, as festas de rei e de rainha, do tiro, do pássaro e do bolão e a nossa culinária do marreco com repolho roxo – mesmo que seja com aipim frito, herança dos índios e dos caboclos -, do eisbein, da sardinha com nata e pepino e de tantas outras delícias, sempre será muito importante. Na cidade, temos uma passarela, que também respeitou a tradição e serve de passagem para os alunos do colégio Dr. Blumenau, ligando a área de estudo à de prática de esportes e educação física. Em via dupla, é a garantia de segurança para os estudantes e permite a fluência tranqüila do trânsito, motivando a diminuição de velocidade em área escolar, por afunilar a passagem diante de suas colunas. Nos dois sentidos é para os motoristas e passageiros uma visão bucólica adornada com vasos de gerânios floridos, suspensa sobre a via lembrando edificações da Alte Heimat. A passarela, exposta a todos que por ali passam no início e no final das aulas, recebe a alegria dos estudantes que vem e que vão e é gostoso ouvir a confusão das conversas e os risos de nossas crianças, adolescentes e jovens. Infelizmente, a passarela típica, suficiente, segura e bucólica foi duramente criticada em nossa câmara de vereadores e também os responsáveis por sua implantação. Foi sugerida uma passarela submersa (?) porque a atual aparentaria ser um pombal e que em outras localidades a preocupação era alargar as ruas. Gente eu conheço certo túnel aqui mesmo no Vale do Itajaí. Lá, a iluminação é destruída de tempos em tempos, o túnel é local de consumo de drogas, é palco de assaltos, e as pessoas de bem preferem ariscar a vida entre os veículos no trânsito para atravessar a rua. Lá abaixo do solo, não há vasos com gerânios nem qualquer flores. Quem utiliza o túnel, desde o momento em que inicia a passagem busca tenso a luz no final onde está a saída. Tem até quem se benze quando chega ao outro lado. Sei la...como diria o saudoso Horácio. Dia destes encontrei minha turma da Confirmação de 50 anos atrás e alguém me disse que parecia que o tempo não havia passado para a gente. Na verdade, o tempo passou, a gente mudou e o que a gente consegue é ver a beleza que sempre existiu. Assim é a passarela. Depende de quem a vê e dos sentimentos que carrega no peito.

14.11.2008.

13 de novembro de 2008

JASC

Lá no distante ano de 1967, a mais de 40 anos atrás, Joaçaba era sede dos 8°s. Jogos Abertos de Santa Catarina. Comemorava também seu cinqüentenário. Instituía seu hino oficial com letra do Dr. Miguel Russowsky, médico, poeta e sócio de rede de cinemas como o cine Vitória (homenagem à sua esposa) e música de Letefala Jacob, meu colega de Banco do Brasil. Lá naquela cidade “de montanhas diadema” eu era na época funcionário da Carteira de Crédito Rural do Banco do Brasil, participando inclusive de Unidade de Crédito Móvel pelas cercanias (Campos Novos, Erval Velho, Capinzal, Ouro, Abdon Batista etc.) levando o Banco aos bancos de igrejas e salões paroquiais para facilitar a vida do agricultor ou pecuarista, entregando-lhe vales sementes, cheques e firmando mútuos de toda espécie, de custeio e de investimento. À noite, lecionava no SENEC, matemática, geografia e até desenho, a convite de Dr. Homero então diretor. Tive alunos que poderiam, na época, serem meus pais. Agora recentemente, fui aluno de muitos jovens que poderiam ser meus filhos no curso de direito. Mas, voltemos aos JASC. Então (outubro de 1967), tive a honra e a felicidade de fazer parte da comissão organizadora daquela edição dos jogos. Já possuía alguma experiência pela participação de vários Jogos Incoanos, em Blumenau, Curitiba, Ponta Grossa e Mafra. Joaçaba vivia um ano de festas. Companheiros da Comissão Organizadora ficaram na lembrança e jamais serão esquecidos. Dr. Queiroz, Dr. Miguel, Ritter, Omizzollo, Tesser, Mendes, Laske, Rui e tantos outros. Recepcionar as delegações aqui do Vale era muito agradável. Rever colegas de escola, companheiros de juventude e até amigos integrando equipes foi muito bom. Contribuir com a cidade que me acolhera e com meus novos companheiros para o êxito daquela edição dos jogos mais importantes do estado, foi uma tarefa realizada com muito amor e dedicação. Um dia, deixei aquela cidade onde “se as videiras são serenas nos verões fazendo abrigo, as primaveras amenas enfeitam os morros de trigo e nos outonos e invernos os seus lares são mais ternos” e deixei também o Estado, atendendo convocação profissional. Fui subindo o mapa deste meu Brasil e só retornei quase vinte anos depois. Na minha terra, me tornei estranho. Meus amigos tinham novos amigos. Outros como eu, buscaram outras paragens. Descobri que era um estranho na minha terra. Resignado aceitei o destino que me foi reservado. Hoje, recolhido no meu refúgio, entre as lembranças e as novas edições dos jogos, espero viver para voltar à Joaçaba em seu centenário (2017) para assistir aos 57°s JASC e, se Deus quiser, rever os amigos do cinqüentenário.


13.11.2008

12 de novembro de 2008

6 DE OUTUBRO

O dia seguinte passa a ser quase tão importante como o dia da eleição para quem foi eleito. A partir de então, começa a derrota do vencedor. Aparecem os que se acreditam donos de cargos na administração. Começam as cobranças. Cabos eleitorais se identificam e multiplicam e parece que todo mundo estava com o prefeito eleito e votou nele. A sogra do ex-colega de colégio telefona e cobra o aproveitamento do genro porque ele trabalhou muito, é muito competente e sempre foi leal e fiel. A esposa do amigo que acredita que o marido será futuro secretário, manda um recado dizendo que já encomendou o traje para a posse. Indicado por quem foi eleito vice, algum amigo se apresenta pleiteando uma secretaria porque pelo seu nível nem pensa em segundo escalão. Vereadores não eleitos não se conformando em serem chamados de bois de piranha, querem a compensação pelos votos somados à legenda e exigem cargos. Colegas de profissão afirmando serem fiéis eleitores e dizendo-se formadores de opinião perante a classe e clientes, apresentam-se para auxiliar o eleito na administração pelos quatro anos de mandato. Parentes formam filas e esperam por alguma teta ignorando que recente Lei Federal, proíbe o nepotismo. Quando a coligação uniu os eleitos donos do paço, a coisa se complica mais ainda. O pessoal que está mamando, não espera ser substituído quando a divisão ou o loteamento já foi feito antes da eleição e tem gente que vai ter que sair para outros entrarem. Existe quem procura a esposa do prefeito, ou o sogro, a sogra, aquele deputado estadual ou o deputado federal e quem quer que esteja ligado ao grupo afirmando que trabalhou na campanha e que chegou a sua vez. É...daqui até a posse, o prefeito eleito e a sua vice, ainda irão perder muito porque não dá pra atender todo mundo que pensa que chegou a sua vez de fazer parte da administração da prefeitura. Depois da posse, os preteridos deixam de ser amigos e prometem trabalhar contra e na próxima eleição, o voto haverá de ser outro. Velhas amizades se acabam. Amigas desde a infância nunca mais serão vistas juntas. Em algum canto da cidade, alguma mãe ou sogra dirá para a vizinha que bem que avisou: Não dá pra confiar em político! E lá naquela sala do andar de cima do paço, naquela cadeira especial, o prefeito eleito, ficará convencido de que a vitória também foi uma derrota porque na vitória, perdeu amigos que, talvez nunca tenham sido.

12.11.2008

11 de novembro de 2008

SER VEREADOR É

Ocupar a Tribuna da Câmara para “detonar” o prefeito que, em outras épocas, foi elogiado e até substituído pelo detonador? É usar a Tribuna para caluniar, difamar e injuriar cidadãos da comunidade, autoridades, funcionários públicos ou outros profissionais? É defender hoje quem no passado foi atacado e não valia nada só porque os ventos mudaram e a biruta aponta em outra direção? É usar da palavra para criticar autoridade – secretário eleito vereador – por decidir cumprimentar quem quer e não quem acha que deve ser cumprimentado? É participar de todas as chapas para garantir espaço à mesa? É prometer asfalto sem competência para decidir a respeito? É se filiar a um partido político de acordo com conveniências e, não atendido, buscar outro, e outro, e outro...? É apoiar hoje quem no passado foi adversário e criticado em todos os sentidos? É sugerir o aproveitamento de esposa ou familiares em cargo de confiança? É pleitear emprego para cabo eleitoral? É vangloriar-se de praticar expediente “integral” na Câmara de Vereadores, não tendo outro emprego ou compromisso? É não cumprir compromissos assumidos? É esquecer os eleitores após a contagem dos votos das urnas? É conduzir doente ao médico? Afastado ou em licença ao INSS? É pagar conta de luz ou água? É encaminhar aposentadorias? É sugerir nome de rua? É exigir reparação de bueiro, roçada, macadame, iluminação pública, etc. usando a tribuna?
È emprego? NÃO! Não é isso. Ser vereador é ter a capacidade de apresentar projetos que beneficiem todos os eleitores do município. É fiscalizar os atos do Executivo possuindo para isso o mínimo de conhecimento a respeito. É representar o povo na casa legislativa da cidade, com vontade, lealdade, dignidade, ética, responsabilidade e honra. É valorizar o que a sociedade paga ao eleito todos os meses pelo mandato. Ser vereador em Pomerode é querer viver por e para Pomerode e não de Pomerode.

11.11.2008

10 de novembro de 2008

A MESA REDONDA

Todos os dias, todas as manhãs, se alguém quiser encontrar importantes figuras da nossa querida Pomerode, basta ir ao Restaurante Schroeder. Lá, na mesa redonda, reúnem-se iminências pardas de qualquer administração municipal de nossa Pomerode – os luas pretas não freqüentam o local – e, diariamente, comentam, analisam, discutem e julgam as ações de nossos políticos. Enquanto degustam as delícias do café da manhã, relatam e ouvem o que de mais importante aconteceu ou poderá acontecer. Alguns tem cadeira cativa e outros aparecem de vez em quando. Uns ouvem mais e outros falam demais. Há os que acreditam que decidem os destinos de Pomerode e outros que pretendem participar das decisões. As cadeiras são limitadas. Não sei se só por falta de espaço ou por imposição dos freqüentadores. Por isso talvez o balcão, na mesma hora, tem uma freqüência muito boa. São os que ouvem com vontade de participar. Os membros da fraternidade cultivam laços de amizade antiga e até mesmo originária dos primeiros anos de escola. Sua representatividade lembra algumas “ordens” ou “sociedades” restritas, nas quais só ingressa quem é previamente aprovado. Mas, nem só de aspectos políticos se resume a reunião. Outros fatos e acontecimentos também merecem análise, comentários e até conclusões. Aquela mesa é a nossa Boca Maldita ou a Marreta, onde ninguém escapa se merecer ser mencionado, bem ou mal. E, todos os dias, mais ou menos na mesma hora a mesa está posta e os seus integrantes chegam. A degustação e o papo não se estendem muito e mais ou menos na mesma hora também, colocados em dia os acontecimentos que mereciam ser citados, o grupo se desfaz e deixa o local. Pode ocorrer que um grupo menor pare nas cercanias, para continuar o papo ou manifestar opinião divergente em relação a outro grupo que deixou o local pela outra saída. Não importa. Talvez tenham mais tempo ou nenhum compromisso a cumprir. Certo é que, no dia seguinte, se Deus quiser, estarão novamente naquela mesa. Um dia talvez, alguém, como Sérgio Bittencourt que homenageou seu pai Jacó do Bandolim, entrará numa manhã, cantando ou murmurando....”Naquela mesa ele sentava sempre....e me dizia sempre....”

09-11-2008.
Posse no Clube de Escritores de Piracicaba

Tomou posse na última Sexta-Feira, 7 de Novembro, na cadeira no. 078 da Galeria dos Decanos do Conselho Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba, o escritor e poeta Luiz Eduardo Caminha, de Blumenau.
Fundado em 1989, o Clube dos Escritores Piracicaba é uma academia de artes, ciências e letras que tem como objetivo congregar escritores e interessados em qualquer ramo da literatura, das artes e das ciências. Também é objetivo da instituição colaborar na divulgação das obras de seus 740 membros.
Ao caminha, o abraço do colega da cadeira 55.

8 de novembro de 2008


PROFESSORES e professores....

Gente eu sou do tempo da palmatória. Quem achou que alguma vez minha mão ficou roxa, enganou-se. Naquela época não havia Conselho Tutelar. Sou do tempo do Inspetor de Quarteirão que, aplicava sua sabedoria na solução de conflitos de família ou de vizinhos, sem nada receber. Quando fui à escola, levei de casa a educação que recebi de minha família. Assim, a convivência com os colegas de aula, era pacífica e a obediência aos mestres uma norma. Guardo a melhor lembrança das minhas professoras e professores – a maioria já lá no andar de cima – que além de nos ensinar o conhecimento das matérias curriculares, nos transmitiam sabedoria para a vida. Havia nas classes uma hierarquia inquebrantável em relação ao professor – à direção, nem se fala - e um companheirismo entre os alunos. Não era medo. Era respeito. A gente amava os mestres e a diretora. Até mesmo a bedel e a merendeira quando nos serviam um Toddy por semana. Naqueles tempos, jamais 7 ou 8 alunos, teriam a coragem de pedir para ir simultaneamente ao banheiro. Nem tampouco, o professor autorizaria tamanho abuso. Hoje, infelizmente, é o que ocorreu numa de nossas escolas públicas da rede municipal. Pior, houve briga entre os alunos e um deles teve o nariz fraturado, conforme foi comprovado por exames médicos. Sangrou, suportou as dores, não conseguiu dormir, os hematomas estão desaparecendo e a vida deve voltar ao normal. Agora de nariz quebrado. Os pais procuraram a direção da escola, o conselho tutelar, a secretária de educação e se preocupam com a recuperação da saúde do filho e sua segurança quando na escola. O aluno e sua irmã já manifestaram o desejo de não mais estudarem no período vespertino no próximo ano. Os pais já não sabem como encontrarão o filho ao final das aulas. Estão preocupados. Traumatizados. Não sei as providências adotadas pelo Conselho Tutelar. Desconheço qualquer decisão da direção do colégio. Espero que a secretária de educação apure os fatos com a severidade necessária. Quanto ao mestre, irremovível e estável (?) peço que repense suas atitudes. Os pais lhe confiam os filhos enquanto lutam por melhores dias para toda a família. Esperam que seus filhos estejam em boas mãos, em qualquer escola com qualquer professor. É bom lembrar que, em outros tempos, mestres ensinavam alunos de todas as séries, na mesma sala, criavam seus filhos, cuidavam da horta da escola, faziam a merenda de todos e formavam cidadãos de respeito com mínimos recursos. Não havia greves e recebiam com atraso de até 6 meses, praticamente sobrevivendo da caridade da comunidade em que trabalhavam. Hoje, toda a tecnologia está à disposição e os estacionamentos dos pátios das escolas atestam o padrão dos professores que estão sempre insatisfeitos, com exceções dignas até de aplausos. As conquistas dos sindicatos e a revisão dos livros didáticos trouxeram esta nova escola. Acho que está na hora de iniciarmos um movimento para derrubarmos conceitos e implantarmos novas idéias. Precisamos acreditar que na escola, nossos filhos estão seguros e adquirindo conhecimento e sabedoria.

07.11.2008

7 de novembro de 2008

MEIO AMBIENTE

Não recordo exatamente mas, eu era muito jovem quando li pela primeira vez, a carta do cacique Seatle que, acredito seja o maior exemplo de respeito à natureza e à mãe terra. Na minha estada no nordeste, conheci princípios do Padre Cícero através de panfletos pelos bares e bodegas do interior, que habilitam o padre do chapéu de palha a ser padroeiro dos ambientalistas deste país. Ele pregava atitudes dos homens para a preservação e proteção do ambiente. Quando vivi na Amazônia conheci o que pensavam e como agiam os índios e também os colonizadores, muitos vindos do sul com a sua tradição de caça e pesca sem limites, praticantes do desmatamento e da destoca para o plantio ou criação de animais. Vi o cerrado ser invadido pelas plantações de algodão, milho, amendoim, girassóis e depois a soja que se estende cada vez mais pela região. Deus me deu a felicidade de ver, ouvir e sentir o pantanal! Mais, me fez nascer num país onde conheci o pampa do Rio Grande e a mata da Tijuca incrustada na cidade maravilhosa além das montanhas das Minas Gerais. Hoje, por todos os meios, são divulgadas, projetadas e até implantadas medidas para preservar tudo isso. Autoridades nacionais e interesseiros de outras terras, pretendem legislar sobre o assunto. Há até quem diga que muito do que é nosso (a Amazônia, por exemplo) deve ser internacionalizada. Outros, pretendem devolver aos índios extensas áreas para depois, tutelá-las direta ou indiretamente, tirando-nos a soberania conquistada com o suor e o sangue de muitos brasileiros. Há também os ecochatos que pretendem controlar tudo e entender de tudo mas continuam derrubando árvores, saboreando petiscos de animais silvestres e ouvindo o canto de algum pássaro preso na gaiola pendurada na varanda enquanto descansam na cadeira do papai. Por fim, órgãos oficiais criam meios para reciclar nosso lixo e nem todos aderem. Nossa preocupação é com o ambiente ou com quem vive nele? Para meditarmos transcrevo mensagem recebida pelo Orkut, cuja autoria, é desconhecida: “ Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta”.

07.11.2008

6 de novembro de 2008



GOOD BLESS AMÉRICA!

Gente eu nasci 6 dias após o “suicídio” e um dia após o enterro do grande General Rommel, alcunhado a Raposa do Deserto e respeitado até por seus inimigos. Até hoje me emociono quando vejo as imagens da Leibstandart Adolf Hitler, desfilando em passo de ganso e cantando “Der Gute Kamerad” pelas ruas de Berlin no funeral. De lá para cá, vi e vivi muita coisa. Sou de uma geração que cresceu admirando “mocinhos” de filmes americanos que matavam búfalos e índios ou, nos filmes de guerra, japoneses, italianos e alemães. Para o grande Lindolf Bell, eu era também da sua “Geração Traída”. A América esteve presente em quase toda a minha vida. De Truman a Busch. Guardo de Eleonor Roosewelt a bela frase. “O futuro pertence aqueles que acreditam nos seus sonhos!” O sonho americano, foi o sonho de muitos brasileiros que para lá foram em busca de melhores dias. A América, era o Tio Sam assim como era o capitalismo. Também era a terra da KKK e dos guetos. Dos bebedouros para negros e para brancos. O tempo foi passando e vi Kennedy ser eleito presidente e depois morto. A imagem de seu pequeno filho batendo continência emocionou. Seu irmão Bob, também teve a vida interrompida brutalmente. Na América, mataram Martin Luther King! Atentaram contra a vida do “cow-boy” Reagan quando presidente. Na América, nascem líderes e se matam líderes. Nesta semana, vimos “a esperança vencer” com Obama! Um jovem e negro foi eleito presidente da maior democracia do mundo. Na campanha prenderam jovens que estariam tramando o assassinato de Obama. Sem nenhuma intenção de querer ser profeta da tragédia ou da desgraça, preocupa-me a vida de Obama. Numa terra onde desde Lincoln, líderes são mortos brutalmente, o que podemos esperar do futuro? A alegria de Opra ou as Lágrimas de Jesse? Quem como eu, viu e viveu tanto, a partir de agora, viverá preocupado com o futuro do novo líder e por certo, nas preces de todas as noites, pedirá pela vida de Obama. DEUS SALVE A AMÉRICA!

SAUERKRAUTT – 05.11.2008.