8 de novembro de 2008


PROFESSORES e professores....

Gente eu sou do tempo da palmatória. Quem achou que alguma vez minha mão ficou roxa, enganou-se. Naquela época não havia Conselho Tutelar. Sou do tempo do Inspetor de Quarteirão que, aplicava sua sabedoria na solução de conflitos de família ou de vizinhos, sem nada receber. Quando fui à escola, levei de casa a educação que recebi de minha família. Assim, a convivência com os colegas de aula, era pacífica e a obediência aos mestres uma norma. Guardo a melhor lembrança das minhas professoras e professores – a maioria já lá no andar de cima – que além de nos ensinar o conhecimento das matérias curriculares, nos transmitiam sabedoria para a vida. Havia nas classes uma hierarquia inquebrantável em relação ao professor – à direção, nem se fala - e um companheirismo entre os alunos. Não era medo. Era respeito. A gente amava os mestres e a diretora. Até mesmo a bedel e a merendeira quando nos serviam um Toddy por semana. Naqueles tempos, jamais 7 ou 8 alunos, teriam a coragem de pedir para ir simultaneamente ao banheiro. Nem tampouco, o professor autorizaria tamanho abuso. Hoje, infelizmente, é o que ocorreu numa de nossas escolas públicas da rede municipal. Pior, houve briga entre os alunos e um deles teve o nariz fraturado, conforme foi comprovado por exames médicos. Sangrou, suportou as dores, não conseguiu dormir, os hematomas estão desaparecendo e a vida deve voltar ao normal. Agora de nariz quebrado. Os pais procuraram a direção da escola, o conselho tutelar, a secretária de educação e se preocupam com a recuperação da saúde do filho e sua segurança quando na escola. O aluno e sua irmã já manifestaram o desejo de não mais estudarem no período vespertino no próximo ano. Os pais já não sabem como encontrarão o filho ao final das aulas. Estão preocupados. Traumatizados. Não sei as providências adotadas pelo Conselho Tutelar. Desconheço qualquer decisão da direção do colégio. Espero que a secretária de educação apure os fatos com a severidade necessária. Quanto ao mestre, irremovível e estável (?) peço que repense suas atitudes. Os pais lhe confiam os filhos enquanto lutam por melhores dias para toda a família. Esperam que seus filhos estejam em boas mãos, em qualquer escola com qualquer professor. É bom lembrar que, em outros tempos, mestres ensinavam alunos de todas as séries, na mesma sala, criavam seus filhos, cuidavam da horta da escola, faziam a merenda de todos e formavam cidadãos de respeito com mínimos recursos. Não havia greves e recebiam com atraso de até 6 meses, praticamente sobrevivendo da caridade da comunidade em que trabalhavam. Hoje, toda a tecnologia está à disposição e os estacionamentos dos pátios das escolas atestam o padrão dos professores que estão sempre insatisfeitos, com exceções dignas até de aplausos. As conquistas dos sindicatos e a revisão dos livros didáticos trouxeram esta nova escola. Acho que está na hora de iniciarmos um movimento para derrubarmos conceitos e implantarmos novas idéias. Precisamos acreditar que na escola, nossos filhos estão seguros e adquirindo conhecimento e sabedoria.

07.11.2008

Um comentário:

Bettina Riffel disse...

(opinião)A escola é um complemento da educação em casa e não responsável pela educação das crianças. Nao sei qual o caso ocorrido em Pomerode, mas melhor assim,.... pois comento na base do que li. Se 5 ou 7 crianças brigaram na escola, parte da responsabilidade é delas proprias criancas ou da educacao que receberam em casa. Crianca bem educada em casa nao apronta na escola. A escola nao é responsavel por educar ninguem. Eh apenas um complemento :-)