25 de novembro de 2008


ÁGUAS DE AGOSTO, SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO.....

Nunca vi tanta água assim. Nos últimos 60 anos com certeza, nada igual ocorreu. Até mesmo em 1983 e 1984, foi menos. Pode até ter sido em maior quantidade em menos tempo e gerado as enchentes. Na soma dos quatro meses, 2008 exagerou. Tudo está encharcado. Estamos todos úmidos. As coisas estão mofando. As toalhas não secam. O negócio é apelar para o papel toalha. Ou, comprar mais meia dúzia de pano e esperar a chuva parar logo. O nosso aipim, a batata e as hortaliças estão apodrecendo no campo ou na horta. Falta o sol. Já não existem galochas para protegermos nossos calçados. A bota ajuda no interior na faina diária de tratar os animais e zelar pela propriedade. Nossos riachos transbordam e invadem casas, escolas, estradas e caminhos. Encostas deslizam sobre as estradas e nossas ruas estão esburacadas e quase intransitáveis. Não há máquinas suficientes para atender aos pedidos e providenciar os reparos ou auxiliar quem precisa. Vidas se perdem. Propriedades são destruídas. Economias são abaladas. Pois é...Não “são as águas de março levando o verão”. Desta vez, são as águas de agosto, setembro, outubro e novembro trazendo o verão. Nos rios e riachos o lixo abunda. Mostra que o povo apesar de todos os esforços das autoridades – coleta de lixo, campanha de recicláveis – não se convenceu ainda de que a natureza deve ser mantida intacta e que ela devolve o lixo que lhe é atirado. Que depois da tempestade, das enxurradas e dos deslizamentos venha a bonança! Solidariedade aos que ficaram e perderam tudo e uma prece aos que nos deixaram.

25.11.2008

Um comentário:

Lady Manâ Manâ disse...

É...isso aí foi perto de casa... tive que voltar mais cedo do trabalho um dia porque iam interditar essa passagem....