O túnel hídrico-viário
Comentamos há uma semana que o Centro de Blumenau estrangula-se bem no meio de uma espécie de cruz geográfica (bastante irregular), cujos braços seriam o próprio Rio Itajaí-Açu cortando a cidade de Leste a Oeste e o eixo vertical seria uma cadeia de morros e montanhas cortando a cidade de Norte a Sul. Há milhões de anos, o rio forçou passagem pelo meio desses morros. Há 162 anos, a passagem Leste-Oeste inicial dos primeiros colonizadores alemães era o próprio rio. Logo vieram as picadas e os caminhos na mata que se transformaram em ruas paralelas ao rio, como a pioneira Wurststrasse, a rua da linguiça, atual Rua XV.
Mais recentemente, surgiram os que defenderam, inclusive aqui no Santa, o túnel viário. Por que não unir as duas propostas numa só, um túnel misto, tipo hídrico-viário? Isso bem que mereceria um estudo multidisciplinar sério, feito por arquitetos urbanistas, engenheiros, hidrólogos, ecólogos e outros. Um túnel com rodovia e ciclovia (também ferrovia?) em tempos normais e como desvio de parte do volume de águas, em caso de cheias, a partir de uma certa cota de enchente, digamos, uns 11 metros, não apenas seria “a” obra. De quebra, aliviaria a pressão hídrica sobre a margem esquerda no Centro, desculpa discutível, usada hoje, para não ter mata ciliar nesse trecho do rio.
autorizado pelo autor.
também publicado em www.santa.com.br
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