17 de novembro de 2012

MANOEL JOAQUIM DA BOSTA - LIX


Os nobres e plebeus, ou melhor, os burgueses e o povão, pouco se manifestam sobre os de confiança escolhidos por Nicoro. Os conservadores talvez, para não serem lembrados, neste triste fim da monarquia. Já foram esculachados demais. Os republicanos, estes tão idealistas, talvez, se mantém quietos, por não vislumbrarem grandes nomes entre estes. Talvez seja o melhor a ser feito por todos. Aguardar que os mesmos comecem a trabalhar, e assim esperar que façam o melhor para a população. Mas o pé fica atrás. Quem não mostrou serviço na iniciativa privada, talvez também não tenha competência na vida pública. Assim, aqueles que estão no serviço público através de seus conhecimentos, estão desconfiados, percebem que novamente não deverão deixar a peteca cair. Ao menos, esperam que não tenham que ensinar o básico, que existem as leis para serem cumpridas. Que com o enterro da monarquia, também o nepotismo desapareça dessas terras maravilhosas e gentis. Não seria um bom começo, se os republicanos quiserem cometer todos os absurdos que os monarquistas fizeram nesses anos. Que prevaleça a legalidade, a impessoalidade, moralidade, publicidade e exibição, em todos os atos. Incorrer em qualquer ilegitimidade, ou ilegalidade, não será o retrato das mudanças tão sonhadas. E o sonho é para se transformar em realidade. Assim todos esperam. É difícil de entender que após quatro modorrentos anos, nesse final de mandato junto ao Conselho Legislativo, alguns membros ficam mordazes nas suas colocações. Ninguém se manifestou, ou fiscalizou as obras da côrte, ou, da nossa futura capital federal, mas agora falam, cobram, e até dizem que poderão procurar o Conselho Judiciário, em relação às ilegalidades constatadas na mesma. Sempre é tempo de cobrar o que não é feito corretamente, mas teria sido mais apropriado que desde o início tivesse havido essa fiscalização. Se mudanças ou alterações tenham que ser feitas, para as devidas adequações da obra, o custo disso poderia ter sido economizado. Estranha-se que grande engenheiro, homem de confiança, do primeiro escalão do Monarca, não tenha percebido os erros, que são contra as leis desse país. Talvez para esse seja melhor desenhar, é disso somente que entende. Assim muito deverá ser recolocado nos trilhos. Mas que sejam nos trilhos do futuro, e não nos trilhos da estagnação. Estamos fartos de obras feitas e refeitas, de dim dim jogado no lixo, ou para onde ninguém sabe que vai o dinheiro suado dos nossos impostos. Membro do conselho de legisladores, sem conhecimento de causa sobre o meio-ambiente, defende morte para as capivaras que se proliferam pelos nossos rios, mas não quer que sejam envenenados. Quer morte rápida e sem sofrimento, mas durante os últimos anos nunca foi tão benevolente com o povo dessas terras. O fim de semana novamente convida para um bom descanso. Esses dias acompanhados de muitos...ovos de codorna.

M. J. Da Bosta

Obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência.

5 comentários:

Anônimo disse...

Ora pois, pois: ei-lo nosso Amado Manoel. Que saudades. Por onde andastes paladino e protagonista? O Povo necessita de teus pareceres.

Anônimo disse...

Ainda bem que aos Plebeus ainda é concedido o Sonho. Pois sem Sonhos de Tempos melhores, tudo ficaria como estava. Os Prosaicos anseiam por inclusão.

Anônimo disse...

Caro Sr. Bosta, venho por meio desta alertá-lo para um ato falho que o Sr. cometeu no início de seu comentário.
Iniciou seu comentário assim:"Os nobres e plebeus, ou melhor, os burgueses e o povão,..."
O Sr. não pode, jamais, confundir os nobres com os burgueses.
Os nobres, são de uma outra estirpe de pessoas. Têm o sangue azul. Os burgueses são os novos ricos, sem cultura, tradição ou fineza de costumes. Mantenha cada casta em seu lugar, por favor, ou passarão os burgueses a pensar que podem ser nobres.

Anônimo disse...

folhetim porreta, hein, manoel , pois, pois ...
na city há uma confusão generalizada, entre nobres, burgueses, novos ricos, velhos ricos, coroneis, oligarcas, tiranos, e outros mais; tudo isso deixa qualquer português atrapalhado dos miolos.
não liga não, a essência é essa mesma. e saúde é o que interessa, e fora com os pardais, cardeais, chopins. o sol brilha pra todos.
a cidade já demonstra um novo ânimo, após a divulgação do secretariado; podem não ser os top dos técnicos, mas, com certeza, bem melhores, daqueles que, nos deixarão na virada do ano, entre fogos de artifícos, cidras espumantes, e um rabo de porco defumado.

Anônimo disse...

14:09

É que os nobres foram para o brejo, e agora querem ser os burgueses.