18 de fevereiro de 2013

CULTURA DO SILÊNCIO OU NAÇÃO DO MEDO


A Cleide explica a omissão e a conivência, abundantes em nossa cidade, com o rótulo de "cultura do silêncio". 
Tradicionalmente criou-se um indivíduo que aponta, divulga, comenta e critica atos e fatos da administração pública, de autoridades civis, militares e até eclesiásticas, de detentores de funções ou cargos em estabelecimentos públicos e até de vizinhos.
Costuma agir no anonimato ou, quando verbalmente, suas últimas palavras sempre serão: "não diz que fui eu!" ou "se disser que fui eu, nego!".
A origem de tal comportamento deve ser explicável na origem dos pioneiros imigrantes que, submetidos à autoridade do senhor feudal, temiam represálias e tinham comportamento semelhante. 
Hoje, esses senhores feudais são outros - políticos, empresários, etc. - e a submissão continua.  
Essa maneira de agir - sem liberdade - gerou uma nação do medo que teme o enquadramento, a perseguição e se submete por conveniência, omitindo-se e sendo conivente. 
É mais fácil. 
Valores e princípios foram esquecidos e valem, acima de tudo, oportunidades, empregos, cargos e funções.  
E assim, até para elogiar e aplaudir não se identificam porque, no fundo, sabem que a unanimidade é burra como já dizia Nelson Rodrigues e, sempre haverá opiniões contrárias às suas.  
Paralelamente à omissão e à conivência por conveniência, demonstram a inveja e a transformam em competição materialista com parentes, vizinhos e colegas de trabalho, com atitudes condenáveis em qualquer sociedade livre e democrática.
A "cultura do silêncio" e uma "nação do medo" geram a improbidade administrativa, a impunidade, a submissão e o abuso do poder. 
Só a conscientização política e de cidadania dos mais jovens, através da educação livre, poderá 
 modificar este comportamento.
Talvez fosse oportuno começar lembrando que: 


"A pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade." (Rui, Colégio Anchieta. Nova Friburgo, RJ - Obras Completas de Rui barbosa. V. 30, t.1, 1903, p. 360) 
     
TENHAM TODOS UMA ÓTIMA SEMANA!

11 comentários:

Anônimo disse...

Então pk não colocam a nova lista de comissionados?
porque conheço uns 8 que não estão nas antigas.
Dale Pomerode

Márcia Maass disse...

Dale Pomerode, nunca foi cobrado taxa alguma em relação ao pavilhão de eventos para o encontro motociclistico em Pomerode, realizado em junho,este ano nona edição. Estão cogitando algo a respeito. Pergunto: esse encontro nâo incentiva o turismo, hotelaria e afins em Pomerode?
Gostaria de uma justificativa.
Espero que seja apenas boato!Não é seu Rolf, Ricardo e Dona Rejane ?

Anônimo disse...

Pois é Márcia, tomara que seja só boato.
Esse evento traz muito turista para cidade e antes que alguém diga que atrai barulho, é mero engano, em qualquer evento, baile e afins, sempre vai ter os espiritos de porco para atrapalhar o brilho da festa.
E 11 dias de FON, FON, FON é o que então?

Anônimo disse...

para 22:58, é verdade, gostei do FON, FON, FON.

Anônimo disse...

08:15
Não esquecendo também da MARRECA.

Cleide Kamchen disse...

Parabéns Bachmann pela postagem!!!


Vivemos numa sociedade sem rosto, sem identidade, sem opinião, sem clareza; que infelizmente se apóia nas condutas, no pensar do sistema e da mídia; sociedade esta que se torna fraca e manipulável.


Aqueles que discordam são rotulados, são taxados, são apontados como "encrenqueiros, criadores de caso" por um simples fato: se posicionar, defender pontos de vistas, ideais. Porém, quando o momento, a situação são convenientes a interesses particulares, os mesmos têm valor, têm utilidade.


A saída para contrapor uma voz, uma idéia não é o silêncio, mas sim outra voz, outra idéia. E isso não significa ser dono de uma verdade absoluta. Afinal, a sua verdade não é a minha e vice-versa. O que é justo para você, pode não ser para mim.


Discordar da opinião de alguém, não significa estar contra esse alguém. Significa não concordar, divergir. Mas é raro encontrar alguém que rebata uma opinião sem ataques pessoais.


A expressão de opiniões contrárias pode ajudar para aprimorar/inovar projetos, ambientes, caminhos, etc; pois o conhecimento é múltiplo.

Heike Weege disse...

É isso aí, Cleide. As divergências ainda são resolvidas com tentativas de destruir reputações como se alguns fossem santos outros demônios.
O importante deveria ser discutir ideias pois pessoas são as suas circunstâncias...

Anônimo disse...

Essa Cleide ai nao trabalha na prefeitura?

Anônimo disse...

para a senhora Heike: como é facil falar dos outros, nao é mesmo?, fala serio pelo menos uma vez.

Anônimo disse...

Sempre quando se expressa uma opinião contrária alguns sempre revidam chamando-as de ignorantes.

Anônimo disse...

22:42

Você acha que sabe de tudo frau testo alto!