18 de fevereiro de 2013

CEZAR ZILLIG


INCOMODAM!

Um carro de som incomoda muita gente; dois carros de som incomodam muito mais; três carros de som...é bem conhecida esta musiqueta feita só pra incomodar.
Carros de som incomodam. Em Blumenau há 46 “empresas” com alvará e tudo, autorizadas a tirar o sono e o sossego dos munícipes. Não faço ideia de quanto custa o trabalho destes “empresários”, mas suponho ser uma merreca uma vez que qualquer baiúca os contrata. Nosso precioso sossego é leiloado pela municipalidade por ninharias.
Carros de som são daqueles absurdos consentidos por aqui, onde o povo desconhece até onde vão os seus direitos e servilmente se deixa abusar permitindo lhe subtraírem sua tranquilidade, seu repouso. Carros de som não passam de um pregão medieval; a forma mais arcaica de propaganda, apenas potencializada pela eletrônica. É uma forma legalizada de desrespeito. Legalizada aqui, mas não na moderna Timbó, por exemplo. Barulho é como fumaça de cigarro, outra forma de desrespeito até recentemente tolerada.
Na Alemanha, onde morei por quatro anos, não existe este tipo de desserviço. Também não se ouve “som automotivo” pelas ruas.
Barulho, em qualquer de suas apresentações, indicam má qualidade de vida, sugerem má educação da sociedade. Só toscos apreciam e toleram barulho. Interessante, é que o carro de som é mais tolerado nos bairros; não lembro de ter escutado um carro de som no centro, na Padre Jacobs, na Ângelo Dias, por exemplo. Existe alguma regra, explicita ou implícita, dizendo que em tais locais, não! Ora, se não pode no centro, por que poderia na periferia? Perto de hospitais também não pode. Sou médico há quarenta anos e não compreendo porque só doentes tem direito a silêncio e tranquilidade. E as escolas, os CEIs, os consultórios, os escritórios, as pessoas enfim?
“Aos sábados, quero e mereço dormir até mais tarde, mas não tenho esse direito. Penso também nos trabalhadores noturnos, que durante o dia têm seu sono interrompido.” Carta no JSC do leitor Osni Schmilla em 12 de fevereiro.
Outra curiosidade é que para fins eleitoreiros a legislação não impõe limite do volume do carro de som; um belo exemplo de legislação em causa própria. Um motivo, um exemplo a mais, para se duvidar da educação e intenções de políticos.

enviado por e-mail.
também publicado em: www.santa.com.br


12 comentários:

Anônimo disse...

manda ele vir aqui conhecer o nosso campeonato de som, onde "ninguém mexe" com eles

Márcia Maass disse...

O Senhor nunca passou pela fase da adolescência ? Concordo, já passamos dos "enta" e privamos por nossa tranquilidade quando essa nos é possível. Quando o barulho dos carros e caminhões durante um dia inteiro inferniza nossa rotina diária, o que é um e outro carro de som passando por nossa rua ou fazendo parte de um evento ??? O senhor nunca se incomodou com o aniversário de um vizinho ? ou se calou para manter a harmonia e/ou compactuou com o evento,afinal o próximo será meu!

Anônimo disse...

tá certíssimo Sr. Zilig. Respeito é bom sempre, a minha liberdade termina onde começa a dos outros.

Anônimo disse...

11 dias de FON,FON,FON, ninguém reclama.....

Anônimo disse...

Reclama-se sim, tanto que este ano estava mais baixo. Agora mede o barulho do fon fon, ou shows em casa noturnas, o que quiser desses eventos, e compara com os ruídos emitidos por esses Srs. intocáveis. Pois é.

Anônimo disse...

21:40
É só um dia, não 11. Se não me engano as 18:00 hrs acaba barulho. Ao contrário do fon, fon, fon que começa as 18:00 hrs e vai noite adentro.

Anônimo disse...

mil vezes fon fon fon, do que ruídos incompreensíveis, fora de escala.Talvez tu não conseguiu esquema no fonfon, como no outro evento, por isso o desprezo.
Mas como o cara disse aquela vez que ninguém tem peito pra parar... nem o povo do é lei mexeu com ele

Anônimo disse...

22:00
Por que não reclamar da falta de segurança pública, saneamento básico, saúde, educação?
Ficar se preocupando com pecuinhas não vale a pena.

Anônimo disse...

porque não é o tema do post, quando tiver um post sobre esse assunto, as reclamações apropriadas são feitas

Anônimo disse...

07:26. O Sr. se esquece que é sim um problema de saúde. O evento poderia acontecer sim, mas com controle dos decibéis, pois além do som ser incompreensível, o volume é muito, muito alto, prejudicando a audição de adultos e crianças que moram na região, e até mesmo em ruas mais afastadas. Há pessoas de idade, com problemas nervosos que também são afetadas.

Anônimo disse...

pois é, pelo que sei há leis ambientais, vários estudos sobre poluição sonora e suas consequências.Cade o pessoal do É LEI nessas horas?

Anônimo disse...

ahhhhhh