"TERRORISMO NUNCA MAIS
Este foi o nome escolhido pelos Membros fundadores do Grupo Ternuma, uma ONG que no seu estatuto, tem entre seus objetivos, conforme o art. 3º, os incisos:
I - trabalhar para esclarecer os atos, ditos políticos, de assaltos, seqüestros e mortes praticados por terroristas, com repercussão em todo Brasil;
II - denunciar à sociedade brasileira as ações institucionalizadas de assaltos, seqüestros e mortes praticadas por terroristas, de modo a criar uma consciência nacional favorável à extinção dos privilégios a eles concedidos.
E, assim, tem pautado os seus esforços, seguindo os cânones legais, para a consecução dos seus objetivos, e neste propósito repudia a Comissão da Verdade, e lamenta que cidadãos acreditem nas suas altruísticas metas.
Nossos passos, até o presente, são o cabal testemunho de nossas convicções e do nosso empenho na busca da verdade.
Abandonamos as ilusórias intenções de ingenuidade ou crença de que a verdade emergirá em decorrência dos trabalhos daquela Comissão, por parte daqueles que preferem considerá - la como legal e imparcial. De fato, eles serão coniventes ou mesmo aliados daquele instrumento faccioso.
Lembramos que a esquerda nacional tentou de todas as maneiras sacramentar modificações na Lei da Anistia, de modo que os seus asseclas fossem anistiados, mas que os integrantes do outro lado, aqueles que impediram a sua tomada do poder pelas armas, não o fossem.
Felizmente, o STF não endossou as suas pretensões.
Contudo, surgiu das mentes maquiavélicas um instrumento institucionalizado, a Comissão da Verdade, talvez pior, pois foi criado e constituído para desqualificar e desonrar os Governos dos Presidentes Generais, e expor ao público em geral, os seus Agentes e, quem sabe, através do “clamor público”, massacrá - los e vilipendiá - los
O Ternuma, para a consecução de seus objetivos, prescreve no Art. 4º do seu Estatuto, inciso I, “apoiar e assessorar indivíduos, entidades ou organismos em questões relacionadas com seus objetivos, sobretudo as vítimas e seus familiares, decorrentes dos atos ou ameaças terroristas”.
Sabemos que a Comissão não tem o poder de intimar, sob coação qualquer pessoa. Segundo texto legal (Lei 12.528/2011, art. 4º), ela poderá receber testemunhos, informações, dados e documentos que lhe forem encaminhados voluntariamente, assegurada a não identificação do detentor ou depoente, quando solicitada; requisitar informações, dados e documentos de órgãos e entidades do Poder Público, ainda que classificados em qualquer grau de sigilo; e convocar para entrevistas ou testemunho, pessoas que possam guardar qualquer relação com os fatos e circunstâncias examinados.
Portanto, a decisão é pessoal, porém, acautelai - vos, pois é fácil distorcer palavras, insinuar pensamentos, confundir, provocar e ludibriar.
Como bombardeados por perguntas capciosas e traiçoeiras, fruto de sua indignação, da sua sinceridade e da certeza de seus atos, poderão evitar cair nas malhas de escolados inquiridores?
Por dever de justiça e de acordo com os seus compromissos, o Ternuma estará à disposição dos convocados pela Comissão que aceitarem o “honroso convite”, para orientá – los e assessorá –los, se for de seu interesse.
Aos interessados, convidamos que acessem o site www.ternuma.com.br, e contatem conosco.
Serão muito bem-vindos.
Brasília, DF, 19 de maio de 2012
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Presidente do Ternuma"
Recebido por e-mail.
19 de maio de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
18 comentários:
DIREITOS IGUAIS!
Concordo!!!!!!!!
"Contudo, surgiu das mentes maquiavélicas um instrumento institucionalizado, a Comissão da Verdade."
Esse é apenas mais um artificio dos ex terroristas que estão hoje no poder para arrancar nas costas do povo brasileiro "gordas" indenizações as quais eles se acham no direito por terem infringido a lei nos ditos "anos de chumbo".
Muitos destes coitadinhos tiveram que se exilar do Brasil em locais horrorosos como Londres ou Paris!
Ignorantes populistas no poder são como o ditado:"Quem nunca comeu melado quando come se lambuza!"
Quando o povo vai entender que fomos induzidos a colocar os vilões no poder, que tudo isso é uma grande farsa e vivemos uma falsa e perigosa democracia?????
Exilados não, não existiu ordem de exílio, eles fugiram, pois sabiam que eram FORAS DA LEI e corriam perigo de serem presos, julgados e condenados!!!!
PARA AQUELES QUE TEM SAUDADE DE UMA ÉPOCA QUE NÃO VIVERAM
A IMPOSIÇÃO DA DITADURA MILITAR NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Uma breve analogia do comportamento Estado/Oposição
Julio Cesar Ferrari
Rafael Caluz Pereira
Profº Paulo Sérgio Fernandes
Resumo
A ditadura militar no Brasil nos anos de 1964 à 1985, assumiu o controle político,
econômico e social, ocasionando os mais brutais acontecimentos sob a forma de
violência, censura, repressão, exílio, prisão e diversas outras formas de coerção da
sociedade. O Regime Militar adotado teve consequências extremamente perversas
em relação às condições de vida das classes dominadas com o objetivo de dominar
intelectualmente a massa populacional. O governo silenciou de forma cruel e
desumana, aqueles que poderiam vir a exercer qualquer ação conscientizadora a
respeito da realidade brasileira e suas contradições. Formadores de opinião
contrários à política do governo foram ameaçados agredidos e neutralizados;
havendo redução do senso critico e uma multiplicação de pânico e ansiedade.
Palavras-Chave: Ditadura, Militarismo e Manipulação ideológica. INTRODUÇÃO:
Com o presente texto buscou-se apresentar o que ocorreu no Brasil durante o
período da ditadura militar (1964/1985), trazendo a tona os fatos que incidiram neste
país; através da imposição de idéias por meio da força e ameaça para o
desenvolvimento de uma sociedade menos participativa criticamente e ao mesmo
tempo mais submissa, tendo um papel decisivo para que a ideologia implantada pelo
regime militar, juntamente com a participação da propaganda pudesse transformar
as relações sociais.
continuação
DESENVOLVIMENTO:
O regime militar assumiu o controle político, econômico e social de 1964 a
1985; impondo os mais brutais acontecimentos sob a forma de violência, censura,
repressão, exílio, prisão e diversas outras formas de coerção da sociedade.
O objetivo do Estado era criar um sistema que concretizasse seu monopólio
intelectual sobre a massa populacional. Mesmo que nessa complexa sociedade
existiam pessoas com funções e pensamentos diferentes. Os que se opunham ao
regime foram colocados para o caminho exclusivo da violência e da repressão
demasiadamente utilizada pelos militares.
Após 1964, a busca incessante de uma estabilidade institucional, se
processou num confronto Estado-oposição, estruturando-se enquanto um tentava
dominar e controlar o outro.
O militarismo pretendia a homogeneização de toda essa sociedade, para que
não houvesse outros conflitos e protestos indo de encontro e se chocando com os
ideais militares. Esses ideais eram muitas vezes passados de uma forma totalmente
distorcida, somente buscando o convencimento do publico em geral.
No Brasil, o Regime Militar que foi adotado teve consequências extremamente
perversas em relação às condições de vida das classes dominadas. Qualquer
divergência era vista como negativa e imediatamente tentava-se neutralizá-las.
O controle ideológico foi vinculado por uma parcela da sociedade, fazendo
com que o restante da mesma não tivesse condições de formular outra versão da
realidade.
Por mais que assistissem, ouvissem, lessem, pensando em estar bem
informados e prontos para ativar sua voz, as informações e as inúmeras noticias
eram transmitidas como elementos isolados, portanto, sem nenhum objetivo ou
significado.
O que também dificultou demasiadamente a formação de uma consciência
social, foi a manipulação e a forma de como foi passado a apresentação dos fatos
para quem as esperava.
Como acontece em um espetáculo, no qual espectador busca obter um
entretenimento como forma de alivio e até mesmo uma fuga da realidade, começase então a encarar os problemas, as preocupações, as tensões de uma maneira 5
muito mais branda e passiva, e mesmo as pessoas estando chocadas com os
problemas sociais, poucos faziam ou reagiam diante destas circunstâncias.
Foi por volta dos anos 60 que alguns grupos sociais começaram a lutar com
certa intensidade contra essas formas de manipulação social.
Setores intelectualizados das camadas médias, unidos em torno da
palavra de ordem CONSCIENTIZAÇÃO, empenharam-se no emprego de
formulas alternativas para alfabetizar a população e esclarecê-las a respeito
da precariedade das suas condições de vida, da exploração a que era
submetida e da manipulação ideológica que sofria com o movimento de
1964, após breve refluxo, essa atividade continuou adquirindo grande vulto
em 1968 ( DE OLIVEIRA, 2003, p. 14 ).
continuação
Artistas, estudantes, congressistas, entre vários outros manifestaram-se
contra o regime. Ganhando mais força e maior participação popular a partir de 1966,
quando essas manifestações começam a ser nas ruas.
O governo, respondeu de imediato, intensificando a manipulação e
submetendo à sociedade a neutralização da mobilização, efetuando o retorno da
população à condição passiva e submissa devido à repressão e o forte bloqueio do
militarismo na conduta diária.
As mentalidades sociais foram abaladas, causando medo em quem ousasse
ir contra as idéias do governo, desse modo, a sociedade se viu induzida à
passividade. Recebendo uma significativa quantidade de filmetes, textos, panfletos e
jingles das campanhas militares que vinham dos meios de comunicação escrita e
falada.
Na Ditadura Militar, o que também entrava na lista imensa das proibições e da
censura eram os livros, que foram considerados subversivos; muitas vezes os livros
eram avaliados por seu título, se os censores achassem que o título de um livro era
expressão contra governamental, simplesmente o proibiam, pois segundo De
Oliveira (2003, p. 18) “haviam também proibições relativas a musica, filmes, peças
de teatro, shows de televisão, novelas”.
Formadores de opinião contrários à política do governo foram ameaçados
agredidos e neutralizados. O governo queria silenciar aqueles que pudessem
exercer qualquer ação conscientizadora a respeito da realidade brasileira e suas
contradições.
Foi a partir daí que todas as vias de acesso a realidade passaram a sofrer
pressão e interferência do regime. Os meios de comunicação foram diretamente 6
empregados na divulgação das noticias governamentais e controladas por uma
rigorosa censura.
A propaganda trouxe componentes terríveis em torno do fantasma do
comunismo, cada individuo era pressionado por uma carga dupla, induzindo
não apenas a temer o que os comunistas poderiam fazer, como também ser
confundido como um deles e punido severamente. (DE OLIVEIRA, 2003,
p.27 ).
continuação
Durante todo o período do regime militar, foi utilizada a propaganda da
ameaça comunista. A imprensa utilizava diversos fatos históricos para dizer que os
comunistas eram traiçoeiros, covardes, assassinos a sangue frio.
Muitas pessoas de vários e diferentes setores da sociedade sofreram
perseguições e punições. Apenas por serem vistas como contrárias ao regime ou por
manifestarem sentimento de conscientização real da sociedade.
A prática de torturas nesse período passou a ser algo rotineiro e utilizado por
muitos setores do governo. Os assassinatos, desaparecimentos também foram
significativos. Sendo falsamente justificadas como resultado de tentativa de fuga,
atropelamento, resistência à tiros ou suicídio.
As violências físicas foram cometidas por inúmeros setores do governo, por
policiais civis, militares e Forças Armadas que atuavam nas delegacias de Ordem
Política e Social dos Estados (DOPS, depois DEOPS) Marinha, Exército e
Aeronáutica principalmente na operação BANDEIRANTE (OBAN).
Várias pessoas com destaque no cenário nacional foram mortas por essas
corporações no governo do presidente Médici, nascendo assim duas tendências
como resposta ao governo, a dos assaltos a bancos e sequestros de diplomatas. Os
organizadores desses sequestros exigiam como pagamento, a troca do refém pela
soltura de presos políticos. Ocasionando como um modelo para muitas ações
subsequentes, e as mais frequentes foram os assaltos a bancos.
Mais uma vez o governo apelou para suas artimanhas para manipular a
opinião publica sobre esses acontecimentos, distorcendo os verdadeiros fatos e
utilizando de seus inúmeros mecanismos para impor a sociedade o que esta deveria
pensar. Com isso, houve grande redução do senso critico e uma multiplicação do
pânico e ansiedade. Com essas evidências, as grandes manifestações sociais em
massa foram proibidas, o regime pós 64 foi avesso à organização de grandes
concentrações, salvo somente as comemorações da semana da pátria envolviam 7
grande numero de pessoas.
Instituiu-se um clima de medo permanente e generalizado, temores que
acompanharam a sociedade brasileira, principalmente nos períodos político
economicamente mais tensos.
continuação
Durante todo o período do regime militar, foi utilizada a propaganda da
ameaça comunista. A imprensa utilizava diversos fatos históricos para dizer que os
comunistas eram traiçoeiros, covardes, assassinos a sangue frio.
Muitas pessoas de vários e diferentes setores da sociedade sofreram
perseguições e punições. Apenas por serem vistas como contrárias ao regime ou por
manifestarem sentimento de conscientização real da sociedade.
A prática de torturas nesse período passou a ser algo rotineiro e utilizado por
muitos setores do governo. Os assassinatos, desaparecimentos também foram
significativos. Sendo falsamente justificadas como resultado de tentativa de fuga,
atropelamento, resistência à tiros ou suicídio.
As violências físicas foram cometidas por inúmeros setores do governo, por
policiais civis, militares e Forças Armadas que atuavam nas delegacias de Ordem
Política e Social dos Estados (DOPS, depois DEOPS) Marinha, Exército e
Aeronáutica principalmente na operação BANDEIRANTE (OBAN).
Várias pessoas com destaque no cenário nacional foram mortas por essas
corporações no governo do presidente Médici, nascendo assim duas tendências
como resposta ao governo, a dos assaltos a bancos e sequestros de diplomatas. Os
organizadores desses sequestros exigiam como pagamento, a troca do refém pela
soltura de presos políticos. Ocasionando como um modelo para muitas ações
subsequentes, e as mais frequentes foram os assaltos a bancos.
Mais uma vez o governo apelou para suas artimanhas para manipular a
opinião publica sobre esses acontecimentos, distorcendo os verdadeiros fatos e
utilizando de seus inúmeros mecanismos para impor a sociedade o que esta deveria
pensar. Com isso, houve grande redução do senso critico e uma multiplicação do
pânico e ansiedade. Com essas evidências, as grandes manifestações sociais em
massa foram proibidas, o regime pós 64 foi avesso à organização de grandes
concentrações, salvo somente as comemorações da semana da pátria envolviam 7
grande numero de pessoas.
Instituiu-se um clima de medo permanente e generalizado, temores que
acompanharam a sociedade brasileira, principalmente nos períodos político
economicamente mais tensos.
Investiu-se então na politica do “dedurismo”, que era a forma utilizada pela
polícia para descobrir os fatos e ou acontecimentos que infringisse os ideais
militaristas, no qual as pessoas envolvidas estavam sempre na defensiva de seus
interesses individualistas; agindo de forma incoerente aos seus princípios delatando
os cúmplices envolvidos nas mesmas questões investigadas. Propaganda anti
comunista serviu também para justificar e legitimar o golpe militar recente, a partir do
governo Castelo Branco intensificada grandiosamente.
Os próprios militantes queriam infiltrar-se em todas as instituições sociais e
governamentais, as escolas foram pesadamente influenciadas pela ideologia
comunista, pois a partir das escolas, inúmeras pessoas poderiam ser atingidas.
Todo esse foco viria a estimular uma posição puramente independente e
individual, sendo totalmente negável qualquer ação participativa de um individuo.
Estes preferiam manter-se em torno a temas superficiais e secundários, pois não se
podia confiar mais em pessoas pouco conhecidas para se falar abertamente.
Grande parte da população alienou-se, sem participar, sem opinar, sem
criticar, sem discutir e sem informar-se sobre questões econômicas e políticas.
O regime implantado em 1964 contribuiu também para a generalização de
uma prática de pressão psicológica que podemos chamar de “lavagem
cerebral”, que consistia num conjunto de pressões exercidas sobre
determinadas pessoas com tal intensidade, que lhes acarretava uma
espécie de desestruturação da personalidade e acabando por induzi-las a
aceitar passivamente, determinadas orientações de comportamento (DE
OLIVEIRA, 2003, p. 30 ).
continuação
O governo adotou uma fórmula em que a violência, nas formas de tortura, dor,
repressão, passava a ser o instrumento básico para assegurar a coerção social.
Perseguições de inocentes, pessoas desarmadas e sem nenhum motivo
concreto começaram a ser rotina, algo comum entre os militares, e na medida que
esses abusos aumentavam, também crescia a irritação e a náusea das camadas
médias e do clero católico para com os militares. Pois a tortura tornava-se cada vez
mais uma prática política, e a corrupção institucionalizada.
Enquanto os militares exaltavam o nacionalismo, a democracia ao mesmo 8
tempo efetuava torturas, perseguia indivíduos que tinham critica e voz ativa.
Embora seja uma prática e uma ação muito antiga, utilizada em vários
períodos históricos e por diversos povos, a tortura foi a condição de instrumento
rotineiro nos interrogatórios sobre atividades de oposição ao governo militar.
Devagar a oposição ao regime vai readquirindo força no âmbito das ruas,
das fábricas e das escolas, apesar de toda a repressão. Em março de 1968,
no Rio, a policia intervém contra uma manifestação de estudantes e mata o
secundarista Edson Luis, de 18 anos. Como um rastilho de pólvora,
espalham-se por todo o país manifestações publicas de protesto. Também
as lutas operárias ressurgem com alguma vitalidade. Crescem o
enfrentamento e as denuncias contra o Regime Militar, tendo as classes
médias urbanas ocupado a frente das movimentações. (ARNS, 1985, p.62 ).
Por esses motivos, foi implantado pelos militares o Ato Institucional mais cruel
e desumano de todos eles, em dezembro de 1968 foi criado o Ato Institucional nº 05,
que restringia os direitos individuais, através da censura. O argumento foi o
aumento das manifestações de rua e o surgimento de grupos de oposição armada.
É nesse mesmo período que começam a se tornar frequentes os
espancamentos, as prisões e outras ações violentas por parte do governo.
Vários órgãos foram criados pelo governo para aliciarem e divulgarem
informações errôneas e carregadas de trejeitos manipuladores para que o “perigo
comunista” não virasse realidade.
Intelectuais foram comprados ou forçados a escrever livros e artigos para
atacar os comunistas, entre eles Jarbas Passarinho e José Sarney, tendo espaço
nos jornais e revistas causando uma propagação enorme e fazendo nascer a idéia
do comunista “comedor de criancinhas”. A partir desse momento, restou
praticamente uma única forma de oposição: a clandestina.
continuação
Com o governo de Médici, que tomou posse a 30 de outubro de 1969 foram
instituídos órgãos governamentais para manter a ordem publica da maneira como
queriam e pensavam os militares os quais lutavam contra as organizações de luta
política clandestina, sem respeitar a dignidade da pessoa humana.
Com o lema “Segurança e Desenvolvimento”, o governo Médici (1969 a 1974)
torna-se o período mais absoluto de violência, repressão e supressão das liberdades
civis. Até mesmo a igreja, que apoiou fortemente a deposição do presidente João
Goulart, começa também a ser alvo dos abusos militares, tais como: prisões, torturas
e assassinatos de sacerdotes e freiras, cercos e invasões a conventos e templos e
também a vigilância de bispos. 9
O abrandamento do regime militar vigorou-se no governo do General Ernesto
Geisel, que foi escolhido para superar a falência do “milagre brasileiro” de Médici, na
tentativa de recuperar a legitimidade que desapareceu totalmente durante seu
governo.
Geisel se preocupou em todo o seu mandato, que durou cinco anos
(1974/1979), em retomar e renascer o prestigio do regime, reabrir-se ao diálogo com
até então os setores marginalizados das elites, partidos políticos foram reabertos,
mas nada que fizesse sumir a repressão e ameaçar segurança Nacional, mantendo
assim o sistema instaurado em 1964.
Os primeiros resultados desses atos liberalizantes, repercutiram claramente
na política, nas eleições de novembro de 1974, quando a oposição ganhou a maioria
das cadeiras, fazendo o partido oficial regredir, sendo estes obrigados a respeitar os
resultados.
Os primeiros meses do Governo Geisel marcam um período em que os
órgãos de repressão optam pelo método de ocultar as prisões seguidas de
mortes, para evitar o desgaste que as versões repetitivas de
'atropelamento”, “suicídio” e “tentativa de fuga” certamente enfrentariam,
num clima de maior liberdade de imprensa.
Em consequência, torna-se rotina o fenômeno do “desaparecimento”, que já
ocorria no período anterior, mas em escala relativamente menor. (ARNS,
1985, p.64).
Na verdade, a tática repressiva que existia no Governo Médici, não se alterou,
apenas mascarou-se os sequestros, as torturas e os assassinatos. Aparentemente
ficou mais tranquilo, mas foi somente uma impressão, pois o deixava claro que não
iria tolerar a presença de forças de esquerda.
Eram vários os setores responsáveis pela então chamada Segurança
Nacional, todos eles com a mesma obrigação, perseguir a clandestinidade.
O choque entre diferentes grupos militares acerca da necessidade de os
organismos de segurança se adaptarem aos novos tempos ficou bastante
evidente quando ocorreram dois assassinatos sob torturas nas
dependências do DOI – CODI de São Paulo. O primeiro foi cometido em
outubro de 1975, vitimando o jornalista Wladimir Herzog. O segundo tirou a
vida do metalúrgico Manoel Fiel Filho, em janeiro do ano seguinte (ARNS,
1985, p.64).
continuação
Com sucessivos atos como estes mencionados acima, a sociedade se vê
obrigada a repugnar cada vez com mais intensidade as visões do governo militar.
Consecutivas derrotas nas urnas, o MDB começa a conquistar território, que
incontestavelmente pertencia a ARENA as lutas populares cresciam e a sociedade
isolava-se cada vez mais politicamente do regime militar. 10
Neste mesmo ano, ultimo do mandato de Geisel, lança-se a posse do General
João Baptista de Oliveira Figueiredo, chefe do Serviço Nacional de Informações.
Num quadro e que a crise econômica se agrava e as pressões democráticas
aumentam.
… a base da pirâmide do autoritarismo e do sistema de imposição da
vontade absoluta dos governantes. No topo existiam os Atos Institucionais,
o SNI, o Conselho de Segurança Nacional, as altas esferas do poder. Na
porção intermediária da pirâmide, toda a estrutura jurídico-política de
repressão e controle: LSN, Lei da Imprensa, inumeros instrumentos legais
de exceção. Pouco acima da base, a Justiça Militar “ legalizando as
atrocidades dos inquéritos, ignorando as marcas das torturas,
transformando em decisões judiciais aquilo que os órgãos de segurança
arrancavam dos presos políticos mediante pressões que iam da intimidação
para que confessassem, até ao limite dos assassinatos seguidos de
desaparecimento dos cadáveres. (ARNS, 1985, p.64).
Por diversas vezes, várias pessoas foram induzidas a assinarem depoimentos
e declarações falsas, totalmente forjadas, na tentativa de fazer cessar a violência
que se abatia sobre eles, embora sabendo que a justiça brasileira afirme que
nenhuma prova terá valor se for colhida sob tortura; assim como isto é garantia
constitucional. Após o ano 1964, o regime militar teve caráter inquisitorial, o réu era
forçado a ficar incomunicável, submetido à violência física, moral e psicológica. 11
CONCLUSÃO:
O regime militar, instaurado no Brasil no ano de 1964 - 1965 trouxe
consequências políticas, sociais, econômicas e comportamentais complexas à
população.
Neste período retirou-se absurdamente a voz e vez da população, através da
manipulação de informações, torturas, repressões. Fica claro a crueldade que a
sociedade brasileira por meio da ações militaristas se submeteu. Reflexos
enraigados em nosso cotidiano, como a submissão; falta de participação política;
critica pessoal e ainda o atraso intelectual que a maioria da população possui.
Estamos vivendo um momento de intimidação nos dias atuais pela falta de
estrutura básica necessária à vida humana. Pois de forma lenta e gradativa direitos
adquiridos com muita luta e determinação estão se perdendo, dando espaço a um
descaso imparcial na maioria da população brasileira.
É necessário resgatar a História Brasileira e conhecê-la de forma
esclarecedora para que se possa efetivamente opinar, participar e escolher o futuro
do País.
Podemos relativizar os dias atuais e a ditadura através do prisma
governamental que pensam em interesses próprios e não os da massa populacional.
continuação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARNS, Dom Paulo Evaristo. Brasil Nunca Mais. 3. ed. Petrópolis: Editora Vozes,
1985.
CHIAVENATO, Júlio José. O Golpe de 64 e a Ditadura Militar. São Paulo: Editora
Moderna, 2001. ( Coleção Polêmica, 202 ).
DE OLIVEIRA, Cristiane Costa Bicunha. Ditadura no Brasil: da Violência a
Coerção Social. Lins: Faculdade Auxilium de Filosofia, Ciências e Letras, 2003.
para 21:00
Antes de falar tamanha bobagem, informe-se melhor.
Acho melhor vc se informar melhor e se iludir menos!!!
19:58
Estou muito bem informado!!!
O problema que com ignorante é difícil!!!!!!!!
PARA IGNORANTES TEMOS QUE MOSTRAR AS COISAS BEM MASTIGADINHAS
ANOS DE CHUMBO - EXÍLIO
FORÇADO
Ficou conhecido na história brasileira como “anos de chumbo” o período em que esteve no poder o general Emílio Garrastazu Medici, o terceiro presidente eleito indiretamente desde o Golpe Militar de 1964, e membro da chamada “linha dura” das Forças Armadas, favorável a um aumento dos métodos repressivos e antidemocráticos.
Eleito pela Junta Militar que governava o país, devido à morte do antecessor Costa e Silva, Medici teve a vantagem de assumir o país no auge do chamado “Milagre Econômico“, um breve período onde os produtos comercializados pelo Brasil valorizaram-se, fazendo com que o Produto Interno Bruto do país crescesse a até dois dígitos, um feito só conseguido pela China atualmente. Assim, boa parte de seu mandato caracterizou-se pela estabilidade econômica, o que ajudou o governo no seu esforço de alienação do conjunto da população alheia à repressão e tortura conduzida nos “porões” da ditadura.
Em meio a todo o verniz de prosperidade que o regime fazia questão de propagar, vendendo uma imagem de Brasil forte e progressista, estava em curso o governo que é considerado o mais duro e repressivo de todo o ciclo do Regime Militar, onde a repressão à oposição armada cresce como nunca, a censura a todos os meios de comunicação é posta em prática, atingindo jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística, sendo que nesse processo muitos veículos não terão mais como funcionar regularmente, muitas obras, especialmente filmes, peças de teatro e livros levarão décadas para serem mostrados sem cortes em território nacional. Consequentemente, a censura de todos esses meios de comunicação acarretará a investigação, prisão, e muitas vezes tortura ou até mesmo exílio forçado de inúmeros professores, políticos, músicos, artistas e escritores.
Ganha força nesse período a guerrilha rural, estratégia montada pelo dissidente PC do B (ala que optou pela separação do tradicional PCB e, ao contrário deste, escolheu se engajar na luta armada contra os militares) de se organizar em parte mais remota do território nacional, e ali começar uma ofensiva que iria gradualmente avançando para centros mais importantes. Conhecida como Guerrilha do Araguaia, o projeto morreu no nascedouro, sendo que o contingente mandado pelo PC do B àquela área seria morto ou aprisionado.
O mais conhecido e importante órgão de repressão dos anos de chumbo seria o DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Operações de Defesa Interna), o principal centro de investigação e repressão utilizado pelo governo militar. Em sua sede, em São Paulo, inúmeros presos políticos foram violentamente torturados, levando sequelas de tal agressão para o resto de suas vidas, ou ainda pior, morreram devido à tortura, muitas vezes sendo enterrados em valas comuns, sendo que tais mortos eram registrados como “desaparecidos“, uma tentativa do regime de esconder o trabalho sujo realizado nos bastidores de um regime que propagava a grandeza do país.
MAIS UM POUQUINHO PARA QUEM NÃO CONHECE A HISTÓRIA DO BRASIL
A DÉCADA DE 70, Apogeu e crise da ditadura militar
Resumo do Livro por:lindamara
Autor : Nadine Habert Summary
Os anos setenta foram anos de contrastes,inicou com o apogeu do golpe militar no Brasil, do regime implantado pelos militares, mas também foi do declínio deste regime implantado desde o inicio dos anos 60. Foram anos de massiva propaganda, anos de ditadura, falta de liberdade, censura e perseguições. Mas foram anos de resistência, formada pelos intelectuais, estudantes, operários, artistas. Houve perseguições com prisões para todos que ousavam ir contra o regime. Muitos foram presos, torturados e banidos para fora do país. Anos de muita propaganda oficial Anos dos slogans do “Brasil! Ame-o ou Deixe-o”e da dupla Tom e Ravel, cantores que em suas musicas exaltavam o Brasil contribuindo para divulgar o regime, tais como “este é um país que vai pra frente e ninguém segura a juventude do Brasil”. Foi também a década em que o futebol esteve em pauta contribuindo para alienação do povo salientado pelo título de tri-campeão mundial, bem no começo da década "noventa milhões em ação".
Este livro aborda as grandes obras chamadas faraônicas como a construção da transamazônica e a ponte Rio Niteroi. Os anos setenta podem ser vistos como anos de chumbo brasileiro, anos em que os movimentos sociais foram sufocados, muitos presos políticos, tortura, exílio forçado, mas também vivenciou o fim deste regime no final da década com o ressurgimento dos movimentos sociais e a derrocada do regime militar.
Postar um comentário