10 de agosto de 2011

LEMBRANÇAS II




Quando conheci Stettin, às margens do Rio Oder, de onde os pioneiros partiram em direção a Hamburgo, no Mar do Norte, para cruzar o Atlantico e aportar por aqui,
entendi porque nossos antepassados cantavam "Adê du mein Lieb Heimatland". Quem deixa o porto rumo ao Mar Báltico e olha pela última vez para Stettin às margens do rio Oder, vive uma emoção única.
A Stettin que eu conheci tinha então, menos de 300 mil habitantes. Era capital de província, com ruas largas, um porto moderno e belas esplanadas. Cidade industrial, tinha grandes fábricas na sua margem direita. Uma cidade florida em seus parques e jardins era um centro de turismo nos limites das praias do Mar Báltico com menos sal e muito mais calmo que o Mar do Norte.
Restava então em Stettin, um belo castelo e seu relógio, da antiga residência medieval dos Duques da Pomerânia, a igreja da corte com o túmulo dos Duques e casas de nobres como a de Loitzenhaus.
Também a igreja de S. Jayme, do século XIV e XV, com uma torre de 120 metros de altura e seu interior com decoração estilo baroco.
Marcas da época dos primeiros reis da Prússia eram a porta de Berlin e a Königstor (Porta do rei), a Landeshaus de 1727, as fontes da praça Rosmarck de 1732 e edificações onde se observavam a influência de Potsdam e de Berlin.
Havia também uma cidade nova ou moderna com belos parques e jardins e Stettin era conhecida como uma "cidade industrial e marítima num campo de flores!"
No porto o cheiro do mar. Arrenques expostos à venda, enguias defumadas e outros peixes. Casas de comércio que vendiam cordas, lanternas e correntes para âncoras.
Os botequins onde se encontravam marinheiros de todo o mundo que bebiam e cantavam enquanto esperavam a hora de uma nova partida.
A rua Haken-Terrasse parecia um terraço de onde se descortinava a bela paisagem do Rio Oder com os navios ancorados, o Lago de Damm e colinas de florestas que se erguiam nas margens do Baixo - Oder.
Um passeio de vapor pelo porto, admirando as docas do maior porto alemão do Báltico encontrando navios de todo o mundo descarregando arrenques e vinhos, sementes e substâncias alimentícias, minérios da Suécia e madeira dos países bálticos era uma experiência maravilhosa e inesquecível.
Se avistava o maior e mais moderno silo da Alemanha de então, com seus enormes guindastes. Um reservatório gigantesco que podia receber a carga de 4.000 vagões.
Um carregador de carvão com capacidade de lançar nos porões dos navios, em uma hora, toda a carga de 20 vagões.
Viam-se pontes rolantes enormes, com mais de 35 mestros de comprimento que descarregavam o minério de um vapor, em menos de 24 horas.
E no trapiche, estavam atracados os lindos e vistosos vapores para as viagens à Ilha de Rügen ou até Swinemünde, atraves da laguna.

STETTIN...STETTIN...ich hab noch einen koffer in STETTIN!!!

Obs.: STETTIN após a 2a. grande guerra, tornou-se Szczecin e hoje pertence à Polônia.
Amanhã: A Ilha de Rügen.

8 comentários:

Anônimo disse...

Muito legais as fotos, notadamente a primeira. Descendo de poloneses, mas ainda nao tive a oportunidade de conhecer a Polonia.
Adoro conhecer um pouco mais do mundo, em especial pela visao de 'pessoas comuns' que visitaram o local, que, na maioria das vezes, e diferente do que consta em livro.
LADY TESSA

Anônimo disse...

Essa região pertence a Alemanha e não a Polonia.
A Pommerania pertence à Alemanha. O resto é conversa. Os poloneses começaram a briga e na 2a guerra apanharam sem parar.
Quem mandou se apoderarem ou receber dos vencedores aquilo que não é seu ?
Essa história não acaba aqui.

Der Sauerkraut disse...

p/18:52
Tomaram da Alemanha no fim da 1a. guerra.
Em 1939 a Alemanha retomou.
Em 1945, com o fim da 2a. grande guerra, o poder de Stalin, anexou a região à Polônia novamente.
A alma do povo, deve continuar alemã.

Anônimo disse...

E o Território também !

Anônimo disse...

Alguns querem a 3º Guerra Mundial!!

Ignorantes!!!

Ricardo Goerl disse...

RICARDO GOERL
Caros blogueiros
Para o anonimo das 18,52. Desde uma reunião realizada em 1937, cuja ata ficou conhecida como o "Protocolo de Hossbach"por ter sido redigida pelo
Coronel Friedrich Hossbach, á época ajudante pessoal de Hitler, ele(Hitler)planejava atacar países vizinhos em busca de novos territorios.LEBENSRAUM.Os passos seguintes, ocupação da Austria,dos Sudetos e depois do resto da Tchecoeslovaquia se desenrolaram conforme planejado na reunião de 1937, inclusive o acordo com a União Sovietica/Stalin para dividir a Polonia, após a Alemanha
ataca-la e ocupa-la.Logo não foi a Polonia quem "começou a briga".A mudança das fronteiras dos países vizinhos da União Sovietica na Europa Oriental ao final da guerra foi consequencia da vitoria dos russos, como as mudanças que ocorreram entre a Alemanha e a Russia quando esta se rendeu em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial.E em 1944/45, boa parte da Prussia, Prussia Oriental, Silésia, Pomerania foi ocupada por tropas polacas, armadas e orientadas pelo russos. E teve também tropas polacas junto com as russas na conquista de Berlim. .Recomendo a leitura de historiadores alemães como Johannes Leeb, Hans Gunther Dahms,Gunther Kolbe, Joachim Prim e outros, com tradução em portugues,que descrevem e analisam muito bem todos estes fatos.
Abraços a todos
Ricardo

Anônimo disse...

Queremos o que é nosso de volta. O distúrbio que toma conta do mundo nesse momento talvez seja aprazível para a retomada deste território. Vamos, como sempre, botar para quebrar.

Ricardo Goerl disse...

RICARDO GOERL
Caros blogueiros
Sou a segunda geração de imigrantes nascida no Brasil, meus avós vieram da Alemanha para ca.Isto esclarecido, vamos aos fatos."Queremos o que é nosso de volta"(?????)Desde quando nós, brasileiros temos a ver com disputas territoriais na Europa? Disputas que começaram la por 1410, quando os polacos surraram os nobres alemães(junkers)na Batalha de Tannenberg,e terminaram em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial. Se o anonimo das 0,46 de considera alemão e quer lutar por terras de seus antepassados,sendo provavelmente a 4ª ou mesmo 5ª geração nascida no Brasil,que pegue suas trouxas e vá morar na Alemanha. Va´expor estas ideías por lá, e vai ver a resposta que os alemães vão dar a ele.Vãso smndar ele calar a boca, piius estão mais do que satisfeitos com o que tem e não querem de modo nehum remexer no passado, especialmente nos fatos da Segunda Guerra Mundial,dos quais a grande maioria se envergonha de que seus avós fizeram.
Abraços a todos
Ricardo Goerl