MANOEL JOAQUIM DA BOSTA - XXXVI

O reino encontra-se abarrotado de analistas, uns de trânsito, outros com conhecimentos de sanitarismo básico. Os de trânsito não levam em conta vários fatores, como por exemplo, visibilidade, o clima no momento, condições das estradas, se tem acentuação de curvas positivas ou negativas, condições das carruagens e carroças. Devem ser os defensores das velhas estradas de pedras. Os do conhecimento de sanitarismo, acreditam que bares e tabernas do reino, não precisam ter gabinetes sanitários. Ou melhor, para alguns sim e os outros não precisam se adequar. Aquele pensamento ignorante e estúpido, que ainda falam em inveja quando os habitantes se manifestam e exigem que todos tenham que se adequar. Esse tipo de conversa é muito típico dos beliscantes do reino. Acreditam que os aliados do Monarca tudo podem. Temos também alguns nessas terras maravilhosas e gentis, que querem que os Milicianos do Reino novamente tenham o poder de polícia, mas não conseguem dizer ou fazer se entender que poder é esse. Sendo que os Milicianos tem todo o poder inerente ao seu trabalho. Novamente a ignorância de alguns é tamanha, que não conseguem enxergar isso. Até os miúdos podem ser apreendidos pelos Milicianos, quem fala o contrário tem total desconhecimento. Não poderia ser diferente, até membros do Conselho Legislativo, aprovaram a Lei da Carroça da Coleta. Mas quem faz a festa na cidade são os de maior, conforme prisões efetuadas em terras não muito longínquas. Caiu assim por terra, a conversa de que na côrte e províncias, os miúdos eram culpados por qualquer furto. Ledo engano. Mas a enganação foi por parte dos membros do Conselho Legislativo, que querem enganar os desavisados no dia do plebiscito. Membro forasteiro, que atende por alcunha, já bem conhecida, continua ainda com seus afazeres de arauto, e também defende os aliados do Monarca com unhas e dentes. Mas não pode defender as malandragens de alguns, são mais que conhecidas. Parece-me que a função de um membro do Conselho Legislativo é defender os interesses da população e não do Rei e seus beliscantes. Aliás, após três anos e pouco no trono, somente agora o Monarca quer aprovar lei, na qual conste detalhado as atribuições dos mesmos. O povo todo já sabia que os beliscantes, não sabiam o que tinham que fazer, se é que tinham o que fazer, além de mensalmente ensacar o suado dim dim espoliado dos plebeus. Os últimos anos somente foram de mentiras e mais mentiras. Não tem como continuar com a Monarquia. A côrte literalmente continua uma zona. Não tem como entender a demora na finalização das obras. Muitos agradecem por viver na periferia. Eu também agradeço pela boa vida. Estou deverás satisfeito. A doce e amada completa-me. Assim vou cuidando da minha vida e comendo muitos...ovos de codorna.


M. J. Da Bosta

Obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência.