25 de junho de 2012

CEZAR ZILLIG


"NA VERDADE, RIO+40!


Ocupo-me, ou melhor, preocupo-me, com a questão ecológica exatamente desde outubro de 1978 quando terminei a leitura de “O Limite do Crescimento”. Trata-se de um relatório resumindo os trabalhos de um eclético grupo de 70 cientistas de diversas áreas e 25 nacionalidades, destinado a investigar as causas e interdependências dos cumulativos problemas enfrentados pela humanidade. Sob a coordenação do MIT (Massachusetts Institute of Techonolgy) e patrocinados pela Fundação Volkswagen, este grupo de trabalho foi denominado de “Clube de Roma”, pois foi fundado na Accademia dei Lincei, em Roma em 1968. Empregando computação foi analisado o comportamento pregresso de cinco fatores com repercussão planetária: a industrialização acelerada, o rápido crescimento populacional, a subnutrição mundo afora, a exploração das matérias primas e a destruição do espaço vital.


Com os resultados obtidos, fizeram-se projeções de cenários futuros. As conclusões obtidas foram das mais sombrias.


O alarma foi dado em meados de 1971 através de duas conferências internacionais; uma em Moscou e outra no Rio de Janeiro. Portanto, a Rio+20 deveria se chamar de Rio+40, pois é a terceira conferencia internacional sobre a crise ambiental que se dá no Rio de Janeiro.


De fio a pavio, o relatório do Clube de Roma enfatiza a gravidade representada pela explosão demográfica, fator número um na origem da atual crise ambiental. Cada indivíduo representa uma unidade de sobrecarga ambiental.


Na década de setenta a humanidade somava cerca de 4 bilhões de pessoas e o estudo realizado previa que por volta de 2000 se atingiria sete bilhões. Erraram por onze anos: os sete bilhões foram completados na madrugada de 31 de outubro de 2011.


É incrível como a Rio+20 não endereça uma mensagem sequer abordando a explosão demográfica e não recomenda medidas como o planejamento familiar.


A tímida Rio+20 ficou muito aquém do esperado, como de resto ficaram as demais conferências realizadas sobre a crise ecológica. Estas reuniões têm demonstrado quão pouco de ecologia sabem as lideranças políticas do mundo, a começar pela “Presidenta”, satisfeitíssima com os pífios resultados. A humanidade ingenuamente subestima a crise ecológica, a maior e mais grave ameaça com a qual até hoje já se defrontou. Quem viver verá".

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