26 de abril de 2011

CESAR ZILLIG



"BULLYING

Quando no Jardim da Infância meu filho queria porque queria uma sandália Melissinha; afinal, era o que a Xuxa recomendava. A propaganda sugeria a glória para baixinhos e baixinhas. Tanto pediu que acabou ganhando. Já no dia seguinte, claro, apareceu na escola de Melissinha. Para sua surpresa foi ridicularizado por todos os coleguinhas. A tal sandalinha não se coadunava com as normas não escritas da turminha do jardim. Desnecessário dizer que a sandalinha não voltou mais para a escola e nem para os pés do Raphael. Ele teve seu dia de vítima de bullying.
Se é fácil se livrar de uma “sandalinha de menina”, não é fácil se tornar magrinho de um dia para o outro, ou mudar a cor da pele, um deixar de ter um olhinho diferente, ou um lábio leporino, ou se livrar de uma gagueira, ou de um nome ou sobrenome esdrúxulo, ou de uma notória timidez, ou qualquer outro estigma, de um dia para o outro.
Grupos de pessoas têm os seus ideais de beleza, de feminilidade, de virilidade, de desempenho, de habilidades, etc. e aprovam, promovem indivíduos que representem alguns destes valores. São os ídolos do grupo com os quais todos querem se identificar e dos quais todos se aproximam. No outro extremo estão os indivíduos que ostentam algum
laivo que o grupo reprova. Neste caso, o grupo sente a necessidade de deixar isto bem claro, indigitando coletivamente o indivíduo destoante e de forma cruel. Em termos de crueldade, crianças e jovens são impiedosos, não importando o que deles acredite estatutos e pedagogias.
Todos nós já experimentamos vez ou outra, ambos os lados da situação. Quando nos damos bem, a “galera” toda vibra e aplaude querendo dizer “é isso aí!”, é assim que “nós” fazemos. Todos já tivemos também a oportunidade de fazer parte do coro do escárnio e atiramos nossas pedras contra a vítima da vez. Principalmente quando éramos crianças.
O duro é quando o indivíduo não pode corrigir, se livrar, da nota destoante e passa a ser vítima crônica de bullying. Os gordinhos, por exemplo, são as vítimas habituais nos pátios de escola e mesmo vida afora.
Para concluir: por mais traumatizante que seja, o bullying não origina assassinos em série. Se assim fosse, cada escola teria o seu de qual se envergonhar."

ENVIADO POR E-MAIL.
TAMBÉM PUBLICADO EM WWW.SANTA.COM.BR.

9 comentários:

Anônimo disse...

Bullyng sempre existiu e sempre irá existir...o problema que é mais um modismo criado pela REDE GLOBO e outros... Psicólogos falam isto e aquilo, jogar computador com jogos de guerra, criará assassinos e coisa assim, pura balela. Quem é ruim, é ruim por natureza. Agora tudo é motivo de bullyng. Antes de culpar um jogo de computador, que é algo imaginário, diversão...Culpem uma MALHAÇÃO e outras noveletas da Rede Globo, que implantam em nossas cabecas, que ser viado é normal, que lesbianismo é normal, e tantos outros maus exemplos!

Anônimo disse...

Sempre excelente!

Anônimo disse...

Bela materia!!

Anônimo disse...

Não só a questão do homosexualismo e da homofobia, mais a "malhação" da rede Globo é uma porcaria, é uma artilharia na cebça dos jovens!!!
Acabam por plantar coisas nas cabeças deles!!

Anônimo disse...

Agora qualquer coisa é motivo de chamar de BULLYNG...eita povo de mente fraca que acredita em tudo que ouve e lê!

Ricardo Goerl disse...

RICARDO GOERL
Caros blogueiros
Bullyng,desde que me lembro como criança, sempre existiu.A criança maior sempre se sobrepunha ao menor, e muitas vezes na "porrada".Na rua, nas famosas "brigas na esquina", na escola, furando as filas do cinema e outras na frente dos menores e assim por diante.O gordo era chamado de "bolão" o magro de "pau de vira tripa"e todo mundo aceitava, achava normal. E a hoje chamada "vítima"ia procurar alguém menor ainda para se vingar. Na escola paroquial luterana em Porto Alegre, onde fiz o primário, no meio de uns 350 alunos, tinha uma meia duzia de pretos. Naquela epoca eram pretos, hoje seriam "afro-descendentes". Eram chamados de "zulu". O "zulu do primeiro ano", o "zulu do segundo B" e assim por diante. E ninguém pegou um revolver e saiu a matar outros.
Pelo que sei, uns 3 tiveram destaque,um como professor universitário, outros dois como advogados de renome.Tem muito "oba oba" neste assunto, muita noticia jornalistica,muito sensacionalismo.
Abraços
Ricardo

Anônimo disse...

O Senador Roberto Requião diz que ele e os políticos estão sofrendo um verdadeiro bullying da imprensa.
Logo, logo o vereador mais educado da cidade, aquele que usa a tribuna para atacar os desafetos, vai usar a mesma desculpa.

Anônimo disse...

Daqui a pouco os politiqueiros de Pomerode vão reclamar que estão sofrendo bullying por parte do Sauerkraut, ou não?

Anônimo disse...

Imagina se a moda pega. Eu não serei mais Branco, e sim (vou exigir) Caucasiano Euro-descendente. O amarelo, Asiático-descendente, ou se for Indio, Indígena Nativo Sul Americano, e por aí vai...