5 de março de 2012

CEZAR ZILLIG



REGALIA? Também quero

O meu jovem e talentoso colega, Evandro, comentou neste espaço na quarta-feira que em Paris e Londres os corredores de ônibus toleram bikes e táxis. Achando isto uma boa ideia, propõe fazer o mesmo por aqui. Em São Paulo os corredores também são franqueados aos táxis...

Aqui cabem algumas perguntinhas: o que motivou a criação dos tais corredores? Não foi priorizar o transporte coletivo? Dar mais agilidade ao transporte de massa? Bike é transporte coletivo? Táxi é transporte de massa?

O artigo 201 do código Nacional de Trânsito estipula manter metro e meio ao ultrapassar uma bicicleta. Como os corredores para ônibus não dispõem de todo este espaço, rigorosamente, para que tudo fique dentro da lei, isto significa que o busão não poderá ultrapassar a bicicleta e todos se deslocarão numa modorrenta velocidade girando aí pelos 10 quilômetros por hora. Seria até injusto para com os motoristas de ônibus.

Ah, mas Paris, Londres... Tanto quanto sei, lá não há “corredores de ônibus” com o conceito daqui; lá existe metrô. Aqui, deu-se um “jeitinho” e criou-se o tal corredor à guisa de metrô de superfície.

Se for para bike, táxi, circular pelos corredores, aí eu também vou querer, pois não vejo mais razão para ficar de fora. (Com meu carro não posso, se contrato um carro, um táxi, aí posso. Tem sentido? Paulistas também são inconsequentes!)

No caso da bicicleta, a ideia é tão estorvada quanto a do “espaço compartilhado” com pedestres. É propiciar condições para alguém se machucar ou morrer.

“Jeitinhos”, exceções, sempre foi um dos males do Brasil. O que fazem na regra, desfazem nas exceções.

Saliente-se que a maioria dos ciclistas não é constituída por aqueles senhores devidamente paramentados por fora e conscientes por dentro como o são os que propugnam pelas ciclovias. A maioria está nem aí para urbanidades. (a propósito: o JSC de hoje, primeiro de março, menciona dicas de segurança, mas não cita a necessidade de campainha nas Bikes, fundamental para alertar os pedestres de sua aproximação.)

Legalizar as Bikes, cadastrá-las, seria uma boa. Assim, os ciclistas infratores que circulam nos corredores de ônibus, na contramão, não obedecem a semáforos, atropelam pedestres, etc. poderiam ser responsabilizados.

O caminho certo, óbvio, necessário para a bicicleta é a ciclovia; não tem escapatória; o resto é prestidigitação.


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4 comentários:

Anônimo disse...

Concordo plenamente.

Anônimo disse...

Já que estamos falando de veículos:


SUPERMERCADO DEVE RESPONDER POR FURTO DE VEÍCULO EM SEU ESTACIONAMENTO


A rede de supermercados Giassi Cia. Ltda., com matriz em Içara, no sul do Estado, foi condenada ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ 13,9 mil, em favor de Ademir dos Santos. Em outubro de 2010, o consumidor dirigiu-se até a loja de Sombrio para fazer compras.

Quando retornou ao estacionamento para ir embora, constatou que seu veículo havia sido furtado. O cliente sustentou no processo que, além do dano material, também sofreu dano moral, pois sua esposa teve uma crise nervosa. O supermercado, em defesa, alegou que não há provas de que o veículo estava no estacionamento destinado a seus clientes.

“Elucide-se que os fatos expostos na inicial são coerentes, tendo em vista que o apelante registrou boletim de ocorrência, que é dotado de presunção relativa de veracidade”, anotou o relator da matéria, desembargador Fernando Carioni. O magistrado concluiu que o estabelecimento que fornece estacionamento aos consumidores, ainda que gratuito, responde objetivamente pelos roubos e furtos ali ocorridos.

A 3ª Câmara de Direito Civil do TJ reformou parcialmente a sentença da comarca de Sombrio apenas para afastar a condenação por danos morais, por considerar que o fato não passou de um mero aborrecimento do cotidiano. A votação foi unânime. (Ap. Cív. n. 2011.099912-7)

Dr.Smith disse...

"Legalizar as Bikes, cadastrá-las, seria uma boa. Assim, os ciclistas infratores que circulam nos corredores de ônibus, na contramão, não obedecem a semáforos, atropelam pedestres, etc. poderiam ser responsabilizados."
Uma excelente ideia para Pomerode aonde os ciclistas andam por tudo menos na ciclovia!

Anônimo disse...

No trecho da subida do salto, indo para Pomerode Fundos, é uma total falta de respeito com os pedestres e ciclistas, não existe nada que os de segurança: calçada, acostamento, alta velocidade dos veículos, paralelepípedos escorregadios, e ainda aquele muro (que é uma pouca vergonha da engenharia, e motivo de chacota por parte dos vizitantes) inclinado para a pista, oferecendo mais perigo nos dias de chuva. Ja fiz essa reclamação á um tal representante.
Sr. vereadores, façam uma avaliação com acompanhamento durante um dia todo, ao invez de aprovarem esses projetinhos
toscos e doações politiqueiras.