24 de março de 2012

MANOEL JOAQUIM DA BOSTA - XXV


A charaka novamente saiu fugida. Não vem mais ao Paço Real para alimentar-se. Notou que havia alguns nobres e plebeus de olho. Afugentou-se. Talvez tenha procurado um refúgio nos buracos e valos da côrte. Assim, o Monarca dispensou a sua criação de camundongos. Ela foi vista por último, esgueirando-se na área central que se encontra em obras. O Rei pretende transformar o local mais agradável. Mas assim aborrece os donos de secos e molhados. Temem perder clientes, não haverá mais espaço suficiente para as carruagens e carroças. Deverão talvez implantar um sistema de rodízio, com tempo de parada estipulado. O Conselho Legislativo negou ao Messias revoltoso o uso de tribuna, não permitem ao mesmo direito de resposta, das injúrias, difamações e insultos que recebeu de dois membros mortos-vivos. Acreditava-se que iriam liberar, tendo em vista que Presidente do Conselho comentou com Nicoro que era favorável. Mas devem temer o quê o Messias tem a revelar. Não querem ouvir, aquilo que muitos gostariam de dizer. Quem também está de volta, é aquele que atende pela alcunha couves cozidos, pretende tumultuar a distribuição dos panfletos pelos seguidores do Messias. Mas não terá êxito no seu intento, não haverá querosene suficiente para isso. O Messias e seus seguidores estão eufóricos, eles sim conseguiram um recorde. Nunca antes nessas terras maravilhosas e gentis, conseguiu-se um número tão elevado de distribuição de panfletos. Isso sim é um marco nesse Reino. Para que isso tenha sequência, muitos seguidores colaborarão com dinheiro, para com as custas com o Conselho Judiciário. Ele não está sozinho e abandonado. Quem deverá ser abandonado é o Monarca. Os habitantes desse reino não comungam com a idéia, de se ter inúmeros beliscantes no Paço Real. Atropelam-se uns aos outros, os corredores tornaram-se pequenos para tantos. Mas o Rei vai fazer uso do Semanário do Reino, e também arregimentou para o seu lado o jornal a Côrte. Sendo que estes, com dinheiro espoliado dos plebeus, deverão fazer matérias, nas quais irão defender esse número absurdo de beliscantes. Mas a população não irá se render a essas inverdades. Não acreditam mais nas palavras do Monarca e nem nas escritas dos seus comprados. Após a descoberta daqueles que confeccionaram a faixa com dizeres injuriosos, que tinha sido afixada em escola, o Mestre Obreiro, irmão daquele que foi pago para a confecção, anda chateado, principalmente em relação a quem forneceu as dicas para a descoberta do local. Cabisbaixo, caminha na Côrte e províncias, com calhamaço debaixo do braço, repleto, que o mesmo diz que são documentos dos panfletos em desfavor do Messias. Mas sabem os seus seguidores, que isso é teatral. O Messias e seus seguidores continuem em frente, sabem que o momento de ataque chegou. Não querem mais à continuação da Monarquia, e assim sem temores, continuam na luta. A doce e amada somente recebeu elogios nos seus dias de poder. Percebo que não é só o meu amor que ela tem, mas uma boa parcela da população a estimam. Assim irei brindar com um cuba Fidel libre, acompanhado de muitos...ovos de codorna.

M. J. da Bosta

Obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência.

8 comentários:

Anônimo disse...

A doce amada só ocupou o lugar,me digam o que ela fez?Me poupe com tantas churumelas a doce amada

Anônimo disse...

Quem exala churume ... pela cidade são os caminhões da samae, principalmente, onde ficam estacionados, durante o horário de almoço.
Tudo com a supervisão e acompanhamento da ouvidoria, vigilancia sanitária e outros orgaos ambientais do município.

Anônimo disse...

Esse Manoelito tá cada dia mais feroz!!!

Anônimo disse...

Valeu Manoel!!!!!

Anônimo disse...

Um bom resumo das coisas da cidade!

Anônimo disse...

Desse blog, eu prefiro é ler o Manoel.
Não estresso e ainda kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Shinji Kagawa disse...

E não são poucos os donos de estabelecimentos comerciais no centro que estão insatisfeitos. Primeiro, por não terem onde estacionar, os consumidores somem. Segundo, até os colaboradores dos estabelecimentos tem tido dificuldades para chegar ao seu local de trabalho, os guardas estão implacáveis. Se a obra é a grande carta na manga para a reeleição, é melhor começar a duvidar do êxito, afinal o risco corrido é muito grande. Qualquer atrasado no cronograma terá consequências catastróficas para o projeto de reeleição. Nós comerciantes não queremos saber quão bonito ficará o centro, queremos trabalhar com tranquilidade para garantir o sustento de nossas famílias. Quem é que bancará a redução do faturamento dos comércios?

Anônimo disse...

Os comentários são que o faturamento do pessoal do centro, sucumbiu assustadoramente.