31 de outubro de 2010

AS CANÇÕES DOS NOSSOS ANTEPASSADOS

Lembra a minha infância ouvindo minha mãe e, mais tarde, na década de 70 com os companheiros de caçada e pescaria, no chapadão da Fazenda Proibida, sob o céu estrelado de Goiás.


Luar do sertão
(1914)

Toada

Composição: Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco


Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão

Oh que saudade
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
folhas secas pelo chão

Este luar cá da cidade
Tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão


Se a lua nasce
Por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata
Prateando a solidão

E a gente pega
Na viola que ponteia
E a canção
É a lua cheia
A nos nascer do coração

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão


Coisa mais bela
Neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste
No sertão, se faz luar

Parece até que a alma da lua
É que descanta
Escondida na garganta
Desse galo a soluçar

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão


Ah, quem me dera
Que eu morrese lá na serra
Abraçado à minha terra
E dormindo de uma vez

Ser enterrado
Numa grota pequenina
Onde à tarde a sururina
Chora a sua viuvez

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão


para ouvir:

(Vicente Celestino)

ou

com MARLENE DIETRICH (para a vice-prefeita)

Um comentário:

Anônimo disse...

os trajes da marlene dietrich fazem a madonna e a lady gaga parecerem duas meninas de internato!

e música repetida bachmann?