25 de julho de 2011

CESAR ZILLIG



"Submarinos
Quando criança, sem televisão, não raro após o jantar continuávamos à mesa ouvindo histórias que meu pai contava; geralmente fruto de suas leituras. Foi numa tertúlia destas que ouvi pela primeira vez falar em submarinos. Para ilustrar o que dizia, meu pai usou um estojinho de um barbeador de gilete. Era de plástico vermelho com a tampa transparente. No dia seguinte fui brincar de submarino com o tal estojo no tanque de lavar roupas. Só mais tarde descobri que os submarinos tinham formas bem diferentes.

Talvez fora esta conversa que despertou em mim o fascínio por submarinos. Fui colecionando e hoje tenho 13 livros alemães e um americano sobre o assunto. Livros com títulos como: “Esquifes de ferro”, “Os lobos e o Almirante”, “Cavaleiros das profundezas, lobos cinzentos”, “Maldito Atlântico” etc. Há um que se chama “Alarme! Submergir!” de Werner Fürbringer comandante durante a primeira Grande Guerra. Em 2007 Roberto Muylaert, escritor brasileiro, publicou um misto de realidade e ficção envolvendo o U 199 afundado em julho de 1943 no litoral do Rio de Janeiro. O título do livro também é “Alarme!” (ainda não o li, mas pretendo).

Alguns números: durante a guerra de 14 a 18, a marinha imperial alemã produziu 222 submarinos com os quais afundou 5.109 navios perfazendo um total de 9.208.122 toneladas. Na guerra de 39-45 a marinha nazista lançou 896 submarinos e afundou 2.831 navios perfazendo uma tonelagem de 14.315.964. Note-se que as presas da segunda guerra pesavam em média quase o dobro das presas afundadas na primeira guerra.

Os comandantes dos submarinos tinham em torno de trinta anos de idade, mas a tripulação se referia a eles com como “der Alte”, o velho! Eram tratados por “Herr Kaleu” (pronuncia-se “Calói”) abreviação de “Kapitän-leutenant”, capitão-tenente.

O submarino foi uma arma eficientíssima, mas perigosa: entre 1939 e 1945, cerca de 40.000 homens serviram em submarinos alemães; 30.000 jamais regressaram.

Poucos objetos rivalizam em fascínio e carisma com um submarino alemão. Oxalá a família Schürmann consiga catalisar esforços e resgatar o U 513 (que não se chamava “lobo solitário”, mas operava como tal, não em matilha). Trazer a tona e expor semelhante coisa se constituirá num feito ímpar e numa atração turística irresistível."

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Um comentário:

Anônimo disse...

Torço também pela exposição do U 513 See-Panzer!
\o