CESAR ZILLIG

"HOMOFOBIA

(Aproveitar para escrever algo a respeito antes que seja “crime”; há no ar umas ganas de tudo criminalizar e proibir!).
Embora a homossexualidade não seja biologicamente o comportamento sexual padrão, ela existe e sempre existiu. Felizmente, o bom senso vem predominando e tem-se sabido com ela conviver. Não fere e não agride ninguém, mas já foi muito agredida e ferida. Atualmente a homossexualidade está deixando de ser causa de tropeço. Mas é tema que precisa ser tratado com muito cuidado, por todas as partes, inclusive pelos gays.
Quanto à sexualidade, somos todos dependentes, não escolhemos preferências, nascemos com elas. A sexualidade está biologicamente embutida em cada um e nada se pode fazer para alterá-la. Se coincidir com o padrão, ótimo! Caso contrário, o mínimo que se pode esperar é compreensão, jamais o opróbrio. Não é justo se adicionar um sofrimento extra a quem se descobre fora de um padrão. É simplesmente isto. Não há motivo e nem justificativa para se criar leis especiais em favor dos homossexuais. À semelhança dos demais cidadãos, eles são protegidos pelas leis vigentes. A lei igualmente os acolhe caso sofram escárnio, agressões físicas ou assassinatos. Se o dano sofrido decorreu diretamente de sua tendência sexual – e da ignorância que embrutece o agressor – é mera circunstância que não necessita constar especificamente em lei própria.
Quanto às religiões, antes de acoimar os homossexuais de “pecadores”, se perguntem quem os fez assim, sentindo atração pelo seu próprio gênero? Se existe um criador, a responsabilidade estaria com ele!
É sábio refletir muito antes de se atirar a primeira pedra. Atirar pedras é esporte de quem se acha perfeito, imaculado.
A homossexualidade enfim, deve ser encarada com naturalidade, discrição. Portanto, nada de propaganda, de festa, de paradas gay. Se os homossexuais lutam para serem aceitos com a naturalidade dispensada aos heterossexuais, que se abstenham de ficar sublinhando sua singularidade. Heterossexuais não fazem desfiles temáticos a respeito de sua condição sexual. Afinal, não há motivo algum a comemorar. Tais atitudes só contribuem para sublinhar diferenças e acirrar radicalismos."

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