26 de junho de 2011

CESAR ZILLIG



"FAÇA O QUE MANDO

Mas não faça o que faço! Interessantes as normas baixadas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no último dia 20. Expressam o que o governo federal entende ser o ideal no tocante a atendimento médico. De fato: sete dias no máximo para se esperar por consultas de pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, é bem razoável. Entenda-se bem: são os agentes dos planos de saúde – e não os médicos em seus consultórios - que serão obrigados a providenciar um profissional em qualquer destas áreas para que atenda a necessidade de seu usuário. Exames de maior complexidade devem ser agendados no prazo máximo de 21 dias úteis. Igualmente razoável. E diz mais a sábia “Resolução Normativa” nº 259: “Caso a operadora não ofereça as alternativas para o atendimento, deverá reembolsar os custos assumidos pelo beneficiário em até 30 dias.”.

A ANS é a faceta do governo federal, cuja função precípua parece ser ditar normas em prol da excelência na prestação de serviços médicos hospitalares. Normas a serem cumpridas por outros! No caso, as operadoras dos planos de saúde. Nesta confortável posição, ela se julga muito eficiente. Comporta-se como partidos, como o PT, por exemplo, quando na oposição: sabe direitinho o que exigir que os “outros” façam.

No entanto, o governo federal, através de outra faceta, o SUS, é o maior prestador de assistência médico hospitalar. Desnecessário dizer quais são os prazos de espera e o tipo de atendimento prestado pelo SUS. Aliás, os planos de saúde existem, proliferam e medram justamente porque os serviços médico hospitalares prestados pelo SUS são uma lástima. O SUS exemplifica a administração prestada por partidos políticos, o PT por exemplo, quando na situação.

Uma sugestão: já que a cúpula da ANS sabe como se administra planos de saúde, que tal entregar-lhes a direção do SUS? (É uma piadinha!)

Eles esquecem que para cada exigência há um custo correspondente; eles parecem ignorar que custos são repassados ao usuário. A continuar “aperfeiçoando” seu grau de exigências, logo restará só planos de saúde completíssimos, caros e elitizados; à grande maioria dos usuários restará voltar a ser “beneficiários” do SUS... "

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2 comentários:

Anônimo disse...

Isso por quê o governo quer um bom atendimento, para nós.
kkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Brilhante explanação... é uma utopia do governo tamanha exigência. Vai sobrar para o nosso bolso.