16 de julho de 2012

CEZAR ZILLIG


OS PIRATAS

 

Ainda não se ouve deles por aqui, mas é apenas uma questão de tempo; os piratas estão chegando! Apesar do nome, trata-se de novo e polêmico partido político. Aliás, considerando-se a história política recente do país, este até que é um nome bem apropriado para um partido...

O primeiro Partido Pirata surgiu no inicio de 2006 na Suécia a partir de uma organização anti-copyright, ou seja, pró “pirataria”. No mesmo ano de 2006 “os piratas” fundaram partidos na Áustria e Alemanha; em 2009 seguiu-se a Suíça e o Luxemburgo. Em 2011 os piratas conquistaram 8,9% dos votos da Câmara de Berlim.

Atualmente os piratas já estão estabelecidos – e crescendo - em mais de uma dezena de países, a maioria europeus, mas estão representados também no Canadá e em alguns estados dos Estados Unidos. Trinta outros países estão para ganharem representação desta nova agremiação política. Ainda no final deste mês ocorrerá em Recife a Convenção Nacional de Fundação do Partido Pirata do Brasil.

Os piratas propugnam pela maior igualdade de direitos possível. Para tanto, propõem elevar a possibilidade de cada indivíduo expressar diretamente sua voz e estimular a participação de cada cidadão no processo democrático. A revolução digital possibilita um aprimoramento da democracia onde a liberdade, o direito fundamental e, sobretudo a liberdade de pensamento, assim como a participação direta de cada indivíduo nos processos decisórios podem ser incrementados. (Tese já defendida neste espaço: representação política direta e desmonte do complexo, oneroso e ineficiente sistema de intermediação política, possibilitada pela tecnologia digital, o que denominamos de Ágora Eletrônica, ou Ágora Digital). 

A sociedade ainda não se apercebeu das profundas alterações advindas com a informática. Subitamente, toda forma de inter-relacionamento, individual ou coletivo, revela-se ultrapassada exigindo revisão. As propostas desta nova “ideologia” destinam-se a adequar costumes, praticas e legislações a este novo cenário representado por uma sociedade digital e mercados abertos mundo afora. Supostos “direitos” carecem de rediscussão. Monopólios precisam ser revistos. Ao quebrar velhos paradigmas os piratas chocam, mas convém prestar-lhes atenção.


Enviado por e-mail.

Também publicado em: www.santa.com.br 

4 comentários:

Márcia Maass disse...

Estamos vivendo a era da geração tecnológica, onde há uma interação com tudo e com todos, sendo a informação e o conhecimento partes essenciais e fundamentais de toda atividade humana individual ou coletiva. Esse avanço mudou conceitos de presença e distância e exercem papel importante na transformação e difusão de informações e conhecimento, pois acontece com maior facilidade e rapidez. Porém, encontrar uma lógica dentro do caos de informações, organizar de forma coerente uma síntese dentro de uma área de conhecimento são tarefas difíceis de serem articuladas de forma solitária. A troca de idéias e experiências são elementos essenciais para que o entendimento, sentido e nexo favoreçam a reflexão e ação. E que venham os piratas !!!!!

Wagner disse...

Foi fundado o PEN (Partido Ecológico Nacional), serão chamdos de Penistas???

Anônimo disse...

08:43

Este sera o teu partido do coração??

Marcia Maass disse...

kkkkkkkkkk.... talvez o Romário sugira uma denominação melhor, já que o mesmo está desgostoso com o PSB, o prazo de filiação termina amanhã.E eu a pensar que fosse piada ...kkkkkkk