12 de fevereiro de 2012

MAÇONARIA - HISTÓRIA




- A Loja Maçônica de 1870 em Blumenau

A LOJA MAÇÔNICA “ZUR FRIEDENSPALME”
K.PROBER
(M.V.St. “ Concordia et Humanitas”)


Pouca gente sabe que, em 1870, quando Blumenau era ainda uma pequena povoação, foi aí fundada uma loja maçônica e que o seu fundador foi o Dr. Blumenau.

A imagem (AHIJFS) retrata o atual local entre a rua XV de Novembro e a rua Ceará. No entremeio deste espaço está o atual prédio da Celesc, Depois, antes do campo do Palmeiras, vinha a ferraria d Kielwagen e, logo após o campo do Brasil/Palmeiras/BEC. Nos fundos pode-se ver os matos que vão desde o Tabajara até a secção sul do Morro do Aipim.


Tentaremos apresentar, aos nossos leitores, alguns dados históricos sobre essa fundação e, assim, ventilar um capítulo da história blumenauense que, lamentavelmente, ficou esquecido nas comemorações do centenário de 1950.
No “Livro do centenário de Blumenau” foi, também, esquecido o fato do nascimento, aqui, de um filho do Dr. Blumenau – Otto G.H. Blumenau, que veio à luz em 3 de março de 1874 e que morreu pouco depois e foi sepultado no nosso cemitério evangélico e cujo túmulo está completamente esquecido.
O dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, nascido a 26 de dezembro de 1819 em Hasselfeld, no Harz, quando chegara em Santa Catarina, em 1847, onde ele, já nos anos próximos , associado a Fernando Hackradt, montou um engenho de serrar, na barra do Velha, já pertencia a maçonaria, inscrito na célebre loja “APSALON ZU DEN 3 NESSELN”, de Hamburgo.


O dr. Blumenau mesmo deve ter fundado em 1870 a loja “ZUR FRIEDENSLAME”, de Blumenau, podendo-se estabelecer a data da sua fundação em 24 de junho de 1870, embora o Calendário Maçônico Alemão consigne a data de 24 de junho de 1885.
Parece-me que esse ano de 1870 é, realmente, o da fundação, porque, primeiramente o dr. Blumenau não poderia ter fundado essa loja após sua volta definitiva à Alemanha e depois porque foi encontrado, entre os papeis do irmão Stutzer um recibo referente a contribuições no montante de 16$000, datado de 31 de dezembro de 1883, de onde se infere, indubitavelmente, que em meados de 1883 já a loja estava em atividade.
Em todo caso, sabemos com certeza que, em 1883, quando da instalação do município, a “FRIEDENSPALME” tinha a seguinte direção: Mestre, dr. Hermann Blumenau; 1º e 2º vigilantes: Wilhelm Scheeffer e Friederich van Ockel e secretário: F. Bockelmann. E os irmãos: Luiz Altemburg sênior, Gustavo Salinger e Pedro Feddersen.
Pouco depois da partida do dr. Blumenau, que seguiu a família que já se transferira em 1882, foi feita uma nova eleição, em 1886, sendo eleita a seguinte direção: Mestre: Wilhelm Scheeffer; 1º e 2º vigilantes, Friederich v. Ockel e Luiz Altemburg sênior; secretário, Gustavo Salinger e tesoureiro Abraham Meldola. Outros irmãos: F. Bockkermann, Franz Lungershausen, Levy Blumberg.
Sobre as atividades da loja, muito pouco se conhece, pois, naquele tempo, os trabalhos eram sigilosos, embora isso não fosse usual no Brasil, pois a maçonaria nada tem que esconder, e que hoje é até tido como uma falha e um entrave na difusão do pensamento maçônico.
Posso, entretanto, selecionar alguns dados interessantes: A loja funcionava numa antiga casa de colono, que ainda hoje existe, e é a casa da rua Itajaí nº 516, depois adaptada a um asilo de velhos e que ainda hoje serve de moradia. A contribuição mensal do irmão era de $800 e oficiava-se de acordo com o ritual de Schroeder.


O TESOUREIRO ABRAHAM MELDOLA É MEU BISAVÔ.

FONTE: Revista Blumenau em Cadernos – TOMO IV - Fevereiro de 1961 – nº 2 e http://adalbertoday.blogspot.com/

10 comentários:

Beto Ramlow disse...

Prezados Leitores: O asunto é muito interessante.

Quando se iniciaram as atividades da loja em Blumenau, existiam posteriormente tambem no Rio do Testo uma irmandade que procurava ajuda junto ao Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau para fazer daquela região o que se conhece hoje como Pomerode.
Alguem sabe quem foi,,ou foram ?
Alguem conhece quem foram ?
Sabem quem foi o pastor ?Qual foi o professor ? Qual igreja foi erguida com estes recursos ? Sabem quais foram os primeiros engenhos ? Sabem que foi o mestre, os vigilantes e sercretários da época ?

Pois então; tem muita história sobre Rio do Testo, ou melhor, Pomerode a ser contada.

Quem souber, sinta-se a vontade de colaborar aqui no Sauerkraut.


Por Beto Ramlow em 13/02/2012

Anônimo disse...

Nossa, lá vem aquele papo do quanto os maçons fazem pela humanidade.Na minha opinião são pobres mortais que querem aparecer mais intelectualizados que os outros,mas no fim, o que faz a diferença é a força de toda a sociedade que tem consciencia propria.
É que os maçons são discriminados pela sociedade.
Também por que a Igreja Católica ameaça de expulsão atualmente qualquer membro que comungar dessa "comunidade". Eu disse atualmente. O blá-blá-blá de 500 anos atras todo mundo já conhece.

Anônimo disse...

No passado até podia ser grande coisa, hoje pra mim, não passa de um grupo em que as atitudes e ações visam apenas os próprios interesses e "bolsos". Me lembram os políticos corruptos: acordos para um lado, "uma ajudinha aqui que eu te alívio alí..",... espero que eu esteja enganado.

Anônimo disse...

O Jornal é o Fole Incansável que Assopra a Vaidade HumanaPelo jornal, e pela reportagem que será a sua função e a sua força, tu desenvolverás, no teu tempo e na tua terra, todos os males da Vaidade! (...) Como a reportagem hoje se exerce, menos sobre os que influem nos negócios do Mundo, ou nas direcções do pensamento , do que, como diz a Bíblia, sobre toda a «sorte e condições de gente vã», desde os jóqueis até aos assassinos, a sua indiscriminada publicidade concorre pouco para a documentação da história, e muito, prodigiosamente, escandalosamente, para a propagação das vaidades! O jornal é com efeito o fole incansável que assopra a vaidade humana, lhe irrita e lhe espalha a chama. De todos os tempos é ela, a vaidade do homem! Já sobre ela gemeu o gemebundo Salomão, e por ela se perdeu Alcibíades, talvez o maior dos Gregos. Incontestavelmente, porém, meu Bento, nunca a vaidade foi, como no nosso danado século XIX, o motor ofegante do pensamento e da conduta. Nestes estados de civilização, ruidosos e ocos, tudo deriva da vaidade, tudo tende à vaidade. E a forma nova da vaidade para o civilizado consiste em ter o seu rico nome impresso no jornal, a sua rica pessoa comentada no jornal! Vir no jornal! eis hoje a impaciente aspiração e a recompensa suprema! Nos regimes aristocráticos o esforço era obter, senão já o favor, ao menos o sorriso do Príncipe. Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as acções—mesmo as boas.

Eça de Queirós, in 'A Correspondência de Fradique Mendes'

Anônimo disse...

Quem não tem cultura, conhecimento, realmente acha um monte de bobagens da Maçonaria. Ela sempre esteve presente nos momentos mais importantes da humanidade. E sempre para o melhor.

Anônimo disse...

Bom, passamos a outro nível.
Boa sorte aos comentaristas.

Anônimo disse...

Agora começo a entender por que Temos os maiores indices de suicidio.
Sempre achei que isso nao poderia ser algo normal.

Anônimo disse...

Segundo os protocolos de Sião, a maçonaria foi inventada pelos judeus para vigiar a burguesia, assim como fazia parte do plano mestre de controle universal, que tem outras inumeráveis frentes.

Anônimo disse...

Baixou o nível novamente.
"Ai, que medo dos judeus"!
Um povo tão nobre quanto o Alemão.
E em pleno século 21 não dá mais para evocar os protocolos para justificar qualquer crença antisemita.
Todos os povos são nobres. Não podemos nutrir fobias a outros povos. Ensinem isto a seus filhos.

Anônimo disse...

Sim, eu acredito em papai noel e no coelinho da pascoa.