13 de fevereiro de 2012

AINDA DRESDEN - RICARDO GOERL



Caro Bachmann

Devo ter um problema no computador pois não estou acessando ao blog.

Segue anexo um comentário sobre a materia do bombardeio de Dresden

Caros Blogueiros e em especial Bachmann

Não vou polemizar, mas algumas considerações do blogueiro devem ser analisadas.
O que escrevi anteriormente não é a visão ou a versão dos vencedores, mas a escrita e publicada por historiadores alemães como Joachim Fest, Hellmuth Gunther Dahms, Johannes Leeb, Gunther Kolbe, e algumas biografias autorizadas e revisadas pelos personagens como a Karl Doenitz, Hans Fritzsche, Franz Von Papen e de Hjalmar Schacht. Existe uma vasta bibliografia mais recente produzida por historiadores ingleses, americanos e alemães com base em documentos aliados e alemães arquivados em Wiesbaden e ha poucos anos abertos a pesquisa dos interessados
Os alemães não produziram uma tempestade de fogo sobre a Polônia, Inglaterra, Rússia e outros países que invadiram e/ou bombardearam por falta de capacidade técnica. Seus bombardeios eram bimotores, com pouca capacidade de carga, e o Foccke Wulff, quadrimotor deixou a desejar quando utilizado como bombardeio. Mesmo assim mataram mais de 300.000 civis poloneses, em torno de 400.000 ingleses, mais belgas, holandeses, russos, iugoslavos, e outros mais. Homens, mulheres e crianças, vitimas indefesas. Em 06.03.1941 a Alemanha atacou, sem, declaração previa de guerra a Iugoslávia, bombardeando naquela madrugada o distrito governamental e bairros residenciais de Belgrado, matando mais de 50.000 pessoas, homens mulheres e crianças. Após o dia D, quando os aliados avançavam na França, os generais alemães pediram a Hitler para direcionar as V-1 e depois as V-2 para os portos da Inglaterra para impedir o envio de homens e armas para a França, mas ele negou e continuou a bombardear Londres, “para quebrar a moral dos ingleses”.Só neste período, até janeiro de 1945, morreram mais de 45.000 ingleses, a quase totalidade também civis vitimas indefesas. Para finalizar sobre vitimas indefesas.
Nos primeiros dois meses da ocupação alemã da Polônia, os alemães fuzilaram TODOS, isto é, TODOS os professores universitários poloneses. Uns poucos conseguiram fugir. Isto consta de documentos oficiais do 3º Reich. Conheci e conversei em Porto Alegre e outras cidades do RGSUL com refugiados polacos e ucranianos que vieram para o Brasil após a guerra. Relatos de atrocidades são muitos. Caminhão do exercito alemão passava na estrada de noite, polonês (ou poloneses) atiravam pedras, quebravam vidros do pára-brisa, no dia seguinte na aldeia ou vila mais próxima, umas 10 pessoas escolhidas a esmo eram fuziladas em praça pública. Relatos de habitantes reunidos numa igreja, numa sinagoga, num salão, e queimados junto com o prédio têm em grande número, inclusive nos relatórios e documentos alemães – SS ,Sonderkommandos e Einsatzgruppen.O mesmo aconteceu na Ucrânia, Bielorússia e Rússia Branca. Os poloneses tiveram mais de 3.000.000 de mortos civis na guerra e os russos mais de 8.000.000, todos também vitimas indefesas. Este deve ter sido o motivo que levou o chanceler alemão, Willy Brandt a se ajoelhar em frente a monumentos ás vitima de guerra em Varsóvia e em Israel.
Agora em referencia a Hiroshima e Nagasaki.
As previsões americanas, baseadas no fanatismo suicida com que lutavam os soldados japoneses e ao número de baixas americanas nas invasões das ilhas Marianas, Carolinas, Filipinas, Iwojima e Okinawa, eram de que teriam 600.000 baixas com a invasão e conquista da ilhas metropolitanas japonesas. Por outro lado, calculavam que se jogassem as duas bombas atômicas que tinham completado em duas das 4 cidades japonesas escolhidas para serem bombardeadas, matariam uns 90.000/100.000 japoneses. Queriam o que? Não se esqueçam que ainda em 1950 tinha japoneses isolados em ilhas do Pacífico sem se entregar, tentando continuar a lutar.
Para não ser chamado de prolixo, dois itens. Os massacres e bombardeios no Líbano foram feitos por Israel e na Servia/Bósnia, as forças da OTAN, inclusive com tropas e aviões da Alemanha deveriam ter intervindo muito antes o que provavelmente teria evitado massacres e chacinas de croatas, bósnios, kosovares e outras minorias feitos pelos sérvios.
E parece que resquícios da lavagem cerebral que a dupla Hitler/Goebbels submeteu o povo alemão através de uma propaganda muito bem feita e de uma censura total as meios de comunicação estão na afirmação de que as barbaridades, insanidades e aberrações que o Mengele fez contribuiu para o desenvolvimento da medicina.
Abraços a todos
Ricardo Goerl

2 comentários:

Dr.Smith disse...

Claro que a ideia não é gerar polemicas nem tentar defender o indefensável.Mas além do Holocausto já tão conhecido por livros,filmes de Hollywood e por "testemunhas oculares" seria bom lembrarmos que barbáries foram cometidas por todos os envolvidos no conflito e não apenas pelos alemães.
Stalin matou mais de 20.000.000 pessoas do "seu próprio povo" apenas para impor suas ideias e manter-se no poder.
Harry Trumman o tal que jogou as bombas em Hiroshima e Nagasaki foi alçado ao governo com a morte de Roosevelt(este sim um governante de pulso firme)em agosto de 1945, autorizou o bombardeio com armas de destruição em massa (bombas atômicas) sobre Hiroshima e Nagasaki, matando quase 200 mil civis inocentes. O principal argumento utilizado para o lançamento das bombas era que o Japão não queria conceder rendição incondicional, considerada uma condição necessária para o fim da guerra, evitando, assim, a repetição do que ocorrera após o fim da Primeira Guerra. Além disso, o outro argumento era o de que, baseado nas estimativas de possíveis baixas, poderia haver de 500 mil a 1 milhão de mortes de soldados caso a guerra se prolongasse, e com a bomba atômica o número de baixas seria menor. Mas existe também o argumento de que a intenção era consolidar o poderio americano frente a ameaça soviética de Stálin, que já apresentava sinais de discórdia com os EUA desde a Conferência de Postdam, a respeito da questão da Polônia, o prenúncio da Guerra Fria. A racionalidade desses argumentos, porém, não retira o caráter trágico do bombardeio atômico sobre aquelas cidades.
Ou seja:Em uma guerra não existem santinhos como fomos levados a acreditar.
No calor de uma batalha,muitas decisões erradas são tomadas por ambos os lados,mas o lado vencedor sempre terá o beneficio de escrever,omitir e alterar os fatos de modo a se favorecer perante a historia.

Anônimo disse...

as bombas atomicas precisavam ser testadas, e os americanos não perderam a oportunidade, está é a grande verdade.