20 de junho de 2011

CESAR ZILLIG



"MELHOR SILENCIAR...
“¿Por qué no te callas?” Rei Juan Carlos

“Na guerra da Tríplice Aliança (como é conhecida no Paraguai, Argentina e Uruguai o que na história do Brasil se conhece por Guerra do Paraguai) faltou pouco para que o Paraguai fosse exterminado completamente. A população, que antes da conflagração superava os 1.300.000 habitantes ficou reduzida a apenas 200.000 habitantes dos quais aproximadamente 10% eram homens, na sua maioria meninos, velhos e estrangeiros.
A indústria e o comércio sofreram um rude golpe. Os templos e casas particulares foram saqueados carregando-se o fruto da rapina em barcos brasileiros e argentinos aportados em Assunção.
Nestas condições, as mulheres tiveram que empunhar o arado para arrancar à terra o sustento de seus filhos”.
Este trecho foi traduzido fielmente do livro escolar “Lecciones de Historia Paraguaya” destinado ao ciclo básico e publicado em Assunção em 1970.
Pode-se dizer que se trata de um texto benevolente e diplomático, não detalhando ou sequer insinuando, as atrocidades cometidas pelas forças invasoras lideradas pelo Brasil Imperial.
Segundo o mesmo livrinho, quando Solano Lopez foi encurralado e morto pelas tropas imperiais brasileiras que contavam com 4.500 homens em 1º de março de 1870 nas margens do Aquidabanigüií, os paraguaios mal somavam 500 praças. Consta que não foi poupado nem o filho de Solano Lopez, chamado José Félix López, um menino. O livrinho não diz o que foi feito dos 500 praças paraguaios...
Quando uma população de um milhão e trezentas mil pessoas é reduzida, por forças de armas, a apenas duzentas mil isto se chama como? G...? Ge...? Isto, mesmo: genocídio!
Portanto, em termos de genocídio temos o nosso. Em se tratando de guerra ninguém é santo.
É por coisas assim que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defende
a manutenção do sigilo eterno sobre documentos oficiais históricos como forma de evitar que “feridas” sejam abertas nas relações diplomáticas do Brasil com países vizinhos.
Se o fato consta até em livros escolares – do Paraguai! – não se trata de segredo algum. Os tais documentos que Sarney tem vergonha de mostrar devem conter detalhes difíceis de serem encarados. Fariam um mal danado ao ego pátrio."


enviado por e-mail
também publicado em: www.santa.com.br

2 comentários:

Anônimo disse...

Alguns não tem conhecimento disso.
Por isso precisamos que tudo seja aberto.

Anônimo disse...

Tive oportunidade em viagem ao Paraguai, de conviver uma semana com família de lá. Existe magoás.