SOM AUTOMOTIVO

Decisões judiciais silenciam sinos de igrejas a pedido de vizinhos incomodados. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 210 mil pessoas morrem todo ano no mundo de ataques do coração provocados por barulhos. Para se ter uma idéia do som que chega aos seus ouvidos, a intensidade de um liquidificador ou de um aspirador de pó varia entre 80 e 90 dB. Já de uma balada, em ambiente fechado, de 120 dB. A exposição em ambientes com este volume por muito tempo pode trazer danos irreparáveis à audição. A perda auditiva começa mais cedo, mas não ocorre de imediato, podendo levar de 10 a 15 anos. Exigências existem para a instalação de discotecas com relação ao máximo de decibéis em horários diferenciados. Carros e motos publicitários de som devem limitar seu trabalho dentro de horários pré estabelecidos e com limites de decibéis. O cidadão pode telefonar à Polícia Militar e queixar-se de exagero da vizinhança mas, só será atendido se se comprometer a representar para que se instaure Termo Circunstanciado. Até menores inabilitados passeiam em veículos com o som além do limite e quando estacionam na casa dos pais pouco se importam com a vizinhança colocando seu "bate-estaca" no último volume. Não querem saber se alguém está enfermo, se não suporta o tipo de música ou o som elevado nem tampouco atendem aos pedidos de moderar o volume. Evento de competição de som automotivo é autorizado e realizado sem qualquer consulta à vizinhança. Importa atender aos que não se importam com seus tímpanos ou com a possibilidade de se tornarem surdos no futuro e prestigiar empresa que comercializa todo tipo de som. Pois é... Depois que a justiça manda calar os sinos e permite o excesso de som nas ruas, nas casas e em eventos, talvez possamos esperar que, no futuro, "os estupradores venham a ser considerados vítimas de inocentes criancinhas." Sei lá...