30 de abril de 2012


EU, UM COLUNISTO?


Se é que entendi bem o tal decreto da Dona Dilma, agora, para eu me enquadrar na espantosa lei do último dia 3, de nº 12.605, rigorosamente devo ser um “colunisto”, “articulisto” do SANTA? Ah, também me dou conta que pelo visto também sou um especialisto, um neurologisto.
Aliás, nunca havia percebido que embora homem, eu era um neurologist(a)!
Em assim sendo, então, ao sair na rua, cruzarei com pedestros e pedestras, motoristas e motoristos, ciclistas e ciclistos, será isto mesmo?
Tempinhos atrás não se deu uma pífia reforma ortográfica - aquela que tirou o trema da linguiça – para a qual teve que se mover mundos e fundos convocando-se filólogos de todos os quadrantes?
Sempre imaginei que no Brasil o idioma seria regulado pela Academia Brasileira de Letras e isto em consonância com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa criado em 1990 ao qual o Brasil aderiu em 2009. Segundo tal acordo, mudanças no vernáculo só são legítimas se oriundas de um colegiado de filólogos com representantes de todos os países de língua portuguesa, como Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Guiné Equatorial.
Agora, vem o Congresso Nacional e surpreende toda a Nação dando tratos a caprichos da Sra. “Presidenta” decretando, em notória atitude prevaricadora, a tal Lei da Flexão de Gênero. Um decreto autoritário: obriga instituições de ensino públicas e privadas a expedirem, gratuitamente, diplomas já emitidos para a devida “correção”! É uma lei retroativa portanto. Aqui a lei pode retroagir enquanto no caso da Lei da Ficha Limpa, originária não por iniciativa do Congresso Nacional, mas por um movimento popular que reuniu cerca de 1,3 milhões de assinatura, teve que esperar a próxima legislatura para só então entrar em vigor permitindo com isto que corruptos rematados voltassem a contaminar os parlamentos?
A Sra. “Presidenta” deveria dissimular melhor seus recalques e se voltar para coisas afeitas ao seu cargo. Se emocionar com o morticínio nas nas rodovias nacionais, por exemplo. Lembrar da promessa quanto a 470! O Congresso Nacional que mostre desenvoltura igual e dê à nação um Código Penal decente, à prova de impunidades, etc.
Idiomas não se fazem por decreto, são burilados por gerações e gerações de usuários.
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Um comentário:

Dr.Smith disse...

Até aonde vai o ego de um(a) mandatário recalcado!Inventar um gênero gramatical apenas para se adequar ao seu sexo é coisa de estadista de terceiro mundo.