28 de novembro de 2011

CEZAR ZILLIG



"ERA SÓ O QUE FALTAVA!



Eu, tu, ele, nós, vós, eles, todos enfim, desde o raiar dos tempos, estamos em busca de uma única coisa na vida: sermos felizes! Se por acaso chutarmos uma lata qualquer e dela surgir em meio a uma nuvem luminosa algo como o gênio da lâmpada mágica de Aladim e nos oferecer a realização de três desejos, poderemos surpreendê-lo com uma invulgar modéstia: queremos apenas um desejo realizado, um apenas: sermos felizes.

O nosso problema é que nem mesmo sabemos definir a felicidade e cada um parte em busca dela através dos caminhos ou decisões que lhe pareçam as mais acertadas.

Tudo o que fazemos, o menor e o maior gesto, está relacionado a esta busca: o bebê que chora para ser saciado, o menino que corre atrás da bola, o jovem empenhado em conquistar a garota de seus sonhos. Mesmo os vícios e os crimes – todos os vícios e todos os crimes - por mais paradoxal que pareça, são atitudes perpetradas na busca pela felicidade.

E o mais irônico, é que nunca estaremos plena e perenemente felizes, pois, segundo Runbeck, “a felicidade não é uma estação de chegada, mas uma maneira de viajar”. Mesmo a crença numa vida pós-morte, vida eterna, tem a ver com o anseio pela da felicidade.

As piadas que se contam, são pingos de felicidade. No dia 17 do corrente a Dra. Vera Husadel Dalsenter da Silva Rosa nos brindou aqui nas páginas do SANTA com uma boa piada: a ONU (!) recomenda e a prodigiosa classe política brasileira se apresta a incluir na primorosa constituição brasileira uma cláusula acrescentando à lista dos direitos sociais previstos no Artigo 6º da Constituição, o direito a felicidade. Simples assim. Pretende-se resolver, através de um prosaico decreto, o mais empedernido, o mais arredio, o mais visceral dos desafios filosóficos de todos os tempos.

O doce senador Cristovam Buarque ingenuamente embarcou no devaneio da ONU e elaborou a Proposta de Emenda à Constituição de nº 19, que uma vez sacramentada, nos proporcionará tanta felicidade quanto nos proporciona justiça, educação, segurança, saúde e tantas outras benesses constitucionais.

Dupliquem-nos a 470 e teremos por aqui um substancial e palpável up grade em termos de felicidade."


Enviado por e-mail. Também publicado em www.santa.com.br

Um comentário:

Dr.Smith disse...

Aqui em Pomerode esse decreto já existe desde janeiro de 2009!
Para alguns é só FELICIDADE!!!