INDÚSTRIA DA MULTA?
Nunca simpatizei com a tese de “indústria da
multa”, principalmente se referindo a radares e assemelhados. Talvez seja
exatamente por não existir a tal “indústria” que o trânsito rodoviário e urbano
seja tão indisciplinado, perigoso. Se as autoridades desejassem aplicar pra
valer o Código Nacional de Trânsito, as burras do governo inflariam em dois
tempos; as infrações de trânsito pululam: desrespeito à velocidade permitida,
aos sinais de Pare, às faixas de pedestre, veículos cujo interior é insondável,
motoqueiros ultrapassando pela direita, pela contra-mão, corcoveando sobre
tartarugas, álcool e direção, etc. Não, aí não há maldade por parte das
autoridades.
No entanto, percebe-se situações onde as
regras locais de trânsito são tão absurdas que é de se perguntar se resultam de
burrice, incompetência ou mal humor. Situações ilógicas obrigando o condutor
bem intencionado a infringir a regra burra. Dei-me conta disto trafegando pelas
estradas do litoral sul paranaense. Há ali uma nova via deixando Guaratuba em
direção sul; um trecho de cerca de 10 quilômetros, quase só retas a perder de
vista, está com velocidades limitadas a 40 e 60 km/h. A ultrapassagem é
proibida com faixas dupla e tachões! A cada 3 metros tem um. Aí, você pega uma
caçamba pela frente ou um “roda presa” viajando a 40 km/h e não há como não
infringir a lei. Ninguém aguenta a ficar atrás de uma tranqueira destas. Ser
multado aí seria sim uma maldade, uma “indústria”.
Aliás, o Tribunal de Contas do Paraná
deveria investigar o caso dos tachões nas rodovias do seu litoral. O trecho
entre Caiobá à Pontal do Paraná poderia ser batizado de Rodovia das Tartarugas.
A coisa é tão absurda que só uma coisa explica: super faturamento e comissão na
venda de tartarugas!
A partir dali comecei a notar uma coisa: a
maioria das rodovias estão com sua velocidade máxima permitida fixadas em cerca
de 20 km/h abaixo do que seria a velocidade ideal para o local. Tome-se a 470,
por exemplo, limitada em 80 km/h mesmo nos longos lançantes convidando naturalmente
a trafegar a 100 km/h, com total segurança.
A maioria dos acidentes em estradas ocorrem
nas ultrapassagens. Um molóide que dorme na pista obriga os demais a acelerar
para ultrapassá-lo. Conclusão: molóides também são culpados.
Não confundir lerdeza com prudência ao
volante.
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10 comentários:
não conheço bem o código de trânsito, mas se não me engano se a rodovia marca 80km/h, a velocidade mínima permitida seria 60km/h, abaixo disso é punível. Mas será que alguém fiscaliza?
11:59
A velocidade mínima e a metade!
Se alguém não conhece o código de trânsito, nem deveria estar habilitado: no mínimo.
então não se tem como reclamar dos molóides, mais uma vez o problema é o tal da "é lei"
22:48
VOCÊ DEVE SER AQUELE QUE É CONTRA AS LEIS, OU NÃO?
não, sou contra os que cuidam mais da vida alheia
14:51
Você é ignorante!
O trabalho dos fiscaIS É ESSE!
Fiscalizar e quem não está correto, caneta nele.
Infelizmente gente ignorante não entende isso!
14:51
Eles fiscalizam os negócios dos outros e não a vida alheia.
Eles fazem isso para que muitos não vendam produtos que possam dar problema " na vida alheia ", que alguns não se importam.
mais ignorante é quem não entendeu minha colocação, e o outro, nem do mesmo assunto está falando. Voltem pro ensino fundamental...
acho que deveriam ler o texto todo, se não entenderem a gente desenha "No entanto, percebe-se situações onde as regras locais de trânsito são tão absurdas que é de se perguntar se resultam de burrice, incompetência ou mal humor. Situações ilógicas obrigando o condutor bem intencionado a infringir a regra burra. Dei-me conta disto trafegando pelas estradas do litoral sul paranaense. Há ali uma nova via deixando Guaratuba em direção sul; um trecho de cerca de 10 quilômetros, quase só retas a perder de vista, está com velocidades limitadas a 40 e 60 km/h. A ultrapassagem é proibida com faixas dupla e tachões! A cada 3 metros tem um. Aí, você pega uma caçamba pela frente ou um “roda presa” viajando a 40 km/h e não há como não infringir a lei."
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