21 de fevereiro de 2011

OPINIÃO DE MÉDICO/ARTICULISTA



Está no www.santa.com.br de hoje:

"21/02/2011 | N° 12182 CEZAR ZILLIG cezar.zillig@santa.com.br

Outro equívoco

Peço vênia à jovem Roberta Marchi e aos amigos Juan Koffler e Ivo Hadlich, pessoas que prezo sobremaneira, para defender uma tese que, receio, não lhes agradará. Os três têm em comum um desvelo imensurável para com os animais.

No entanto, julgo essencial analisar com cuidado o que é de fato maltrato de animais. O exagero na proibição de práticas envolvendo bichos poderá acarretar-lhes mais mal do que bem. É tão grave como extinguir postos de trabalho. Numa sociedade utilitarista, indivíduos, animais ou coisas considerados “inúteis”, por deles não se poder extrair vantagem alguma, podem se defrontar com dificuldade de sobrevivência. No caso de animais, pode inclusive ameaçar de extinção toda uma espécie. Portanto, cuidado nas proibições, pois o tiro poderá sair pela culatra. Não há justificativas para a proibição do emprego de animais em circos, por exemplo, moda que vem se difundindo mundo afora e que já foi adotada por aqui. Países que proíbem o emprego de animais em circo auferem uma aura de civilidade, de progresso, coisa e tal; posam bonito na foto. Tais leis restritivas confundem adestramento com tortura. Embora se conheça casos de abusos, a generalização não é justa. Seria o mesmo que proibir toda procriação porque alguns pais matam os filhos.

Escandalizam-se porque para se ensinar um urso ou elefante a dançar, se emprega o truque de colocá-los sobre uma chapa aquecida enquanto é tocada uma música. O calor da chapa obriga o animal a trocar de apoio, exatamente como acontece na praia em dias quentes onde a areia fica ardente e obriga o banhista a apurar o passo. Passado por algumas sessões na chapa aquecida ao som da mesma música, o animal passará a trocar de passo quando voltar a ouvir a música. Na fisiologia, na psicologia, este processo recebe o nome de “condicionamento reflexo” e não há motivo para se escandalizar com tal prática.

Ursos e elefantes são animais caros e nenhum proprietário de circo desejará estropiá-los ao ponto de fazê-los bailar numa chapa incandescente. No entanto, para os defensores da proibição, todos os proprietários de circo são “torturadores”.

Dentro da mesma linha de raciocínio, vereadores de Blumenau pretendem decretar a proibição – em vez de normatização – das tais “puxadas de cavalo”. Urde-se, pois, mais um equívoco."


O SAUERKRAUT cede espaço a todos.

10 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns! Concordo!

Anônimo disse...

Aqui em Pomerode não foi proibido, mas sim normatizado, com aprovação do MPSC. É o que dizem! Então estamos à frente!

Anônimo disse...

Que artigo horroroso! Imputar sofrimento a animais é medieval. Estamos no século 21 e temos de evoluir. Esse apego a tradições esdrúxulas é que demonstra a ignorância de certas pessoas.
Pra variar é o Santa causando polêmica. A prefeitura pagando R$ 50mil por evento ao jornal é que o deixa tão "tradicionalista".
Só não enxerga quem não quer.

Anônimo disse...

Mas estamos atrasados, começamos somente agora na era da industrialização!

Anônimo disse...

"Ursos e elefantes são animais caros e nenhum proprietário de circo desejará estropiá-los ".

Pergunte isso ao Zoológico de Pomerode que tem exemplares de elefantes completamente estropiados por proprietários de circo. Assim como chimpanzés e outros animais.

Muita explicação para uma prática bem conhecida: TORTURA E MAUS TRATOS.

Anônimo disse...

Não generalizem!!

Anônimo disse...

Fala sério! que povinho ignorante! NÃO GENERALIZEM!
PS: torturei uma barata hoje! vão me denunciar?

Anônimo disse...

Barata??? Liga pro Ibama. A APB vai te processar. Baratas são nossas irmãs com direito à vida também

Anônimo disse...

Também matei uns ratazanas hoje! Sabe a prêfa não limpa direito as ruas!

Anônimo disse...

Óia,Óia,Óia só o Opa Rudibert Prefito em 2012, pras coisas mudarem.