5 de dezembro de 2011
CEZAR ZILLIG
"Paternidade irresponsável
Dia 11 de dezembro, domingo próximo, um plebiscito decidirá sobre o desmembramento de parte do estado do Pará em mais dois novos estados: Carajás e Tapajós. Serão consultados apenas os cidadãos daquele estado, o que, à primeira vista, parece estar OK; afinal, o estado lhes pertence e eles podem fazer com ele o que bem entenderem. No entanto, há uma peninha: sabe-se desde já que os novos estados são economicamente inviáveis e passarão a necessitar de recursos da União. Isto não é novidade, pois muitos outros estados brasileiros são incapazes de cobrir seus gastos e sobrevivem parasitando recursos da União. São sistematicamente nutridos com o suor alheio, geralmente dos estados do Sul, Sudeste.
Um estudo mostra que Carajás teria por ano uma receita de R$ 2,666 bilhões e despesa de R$ 3,676 bilhões. O resultado seria um rombo de R$ 1,009 bilhão. Ora, quem não tem competência, que não se estabeleça.
Como parte da conta será paga por todos nós, tal plebiscito teria que consultar todos os brasileiros. Interessante como um assunto destes, cujos estudos preliminares demonstram sua inviabilidade, é levado adiante e às barbas de todos. Onde está o protesto, a indignação, dos representantes dos outros estados? O Congresso Nacional ao aprovar um absurdo destes se comporta como pais ignorantes, irresponsáveis, que colocam filhos no mundo sem ter como sustentá-los. Mais ou menos na base do “onde comem quatro, comem cinco, seis”. Seis esquálidos! Trata-se, portanto, de um caso de paternidade irresponsável.
Além de tungar o resto da nação em prol do Pará, a manobra aumentará ainda mais a representatividade política daquela região passando dos atuais 17 para 31 deputados federais e mais seis senadores, agravando o desequilíbrio já existente. Proporcionalmente, o Pará já tem representação maior que a do estado de São Paulo.
Já não bastassem os recursos perdulários com a Copa do Mundo, ainda mais isto. E nós aqui ficamos nos perguntando por que a duplicação da BR-470 não sai. Melhor esperarmos sentados.
Os estados produtivos, autossuficientes, pagam um preço muito alto para ostentar a bandeira brasileira."
enviado por e-mail. também publicado em www.santa.com.br
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Um comentário:
Como em Pomerode,será a população produtiva sustentando com seus impostos as regalias dos párias!
Mas o que esperar de um governo federal populista que "dá esmolas com o chapéu alheio"?
Bolsa família
Auxilio desemprego
Auxilio reclusão
Vale isso,vale aquilo,tudo feito para gerar no povo incauto a sensação de que o governo bonzinho está pagando tudo,quando na verdade essa farra é patrocinada por quem realmente trabalha! E estes com certeza não se encontram em Brasilia!
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