PEC
37, UMA TRAIÇÃO
Os
noticiários andam juncados de más notícias, decepções. Matérias prazerosas,
edificantes, são poucas. Lamento refletir em meus artigos estes temas depressivos. Bem que gostaria de só
escrever peças inspiradas, descontraídas, contrapontos para tanta bandalheira, mas
está difícil.
Vejam
só a excrescência que é o tal Projeto de Emenda Constitucional – PEC de número 37 - programado para ser votado no
Congresso Nacional no próximo dia 26 de junho: com a maior desfaçatez, pretensos
“representantes do povo” propõem alterar a Constituição para vetar ao
Ministério Público sua prerrogativa de responsabilizar agentes públicos por
negligência e incompetência. Também pretendem proibir que o MP congele os bens
de envolvidos em danos causados no exercício de cargos públicos.
A
PEC 37 é IMORAL, só isto! Sua aprovação será mais um grande buraco no trapo em
que se tornou a democracia na república brasileira. É revoltante ver que tais iniquidades
encontrem tamanho apoio entre os (Argh!) “representantes do povo”.
A
traição partiu do Deputado Federal Lourival Mendes do PTdoB do Maranhão e lamentavelmente, já em junho de 2011, foi
aceita para tramitação pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. (PTdoB, marque bem o nome deste partido
e de todos os partidos cujos parlamentares apoiarem semelhante golpe!) Embora conflite
com os interesses do povo brasileiro, a indecorosa proposta vem recebendo apoio
e progride célere na pauta da Câmara dos Deputados, tamanha é a vala entre os
políticos (interessados em ver suas falcatruas impunes) e o bem comum.
Dado
o cheque em branco do voto, pouco ou nada podemos fazer. Resta-nos o recurso
desesperado das redes sociais. Ajude, denuncie no que puder. Grite agora, antes
do dia 26!
Uma
vez eleitos, políticos transformados em vereadores, deputados, prefeitos,
governadores, etc. se julgam independentes do povo, costumam se comportar como
pequenos tiranos, fazendo o que lhes apetece. Alguns são capazes de golpes como
este contra o Ministério Público, um mecanismo destinado a zelar pelo
cumprimento da legislação e da ordem, além de proteger o povo dos abusos, das
negligências e da incompetência das “autoridades”.
Só
em três países do mundo o poder de investigação exclui os Ministérios Públicos:
Uganda, Quênia e Indonésia. (Países mui avançados como se vê!)
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Um comentário:
Eles querem que as coisas fiquem que nem no tempo dos militares. UMA ESCURIDÃO TOTAL.
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