29 de novembro de 2010

AS CANÇÕES DE NOSSOS ANTEPASSADOS


O Tannenbaum - O abies

Melodie - Volksweise
(E. Anschütz z.T. umgeformt von Aug. Zarnack) (1819)

O Tannenbaum, O Tannenbaum,
Wie treu sind deine Blätter.
Du grüst nicht nur zur Sommerzeit,
Nein auch im Winter wenn es schneit.
O Tannenbaum, O Tannenbaum,
Wie grün sind deine Blätter!
O Tannenbaum, O Tannenbaum,
Du kannst mir sehr gefallen!
Wie oft hat schon zur Winterszeit
Ein Baum von dir mich hoch erfreut!
O Tannenbaum, O Tannenbaum,
Du kannst mir sehr gefallen!

O Tannenbaum, O Tannenbaum,
Dein Kleid will mich was lehren:
Die Hoffnung und Beständigkeit
Gibt Mut und Kraft zu jeder Zeit!
O Tannenbaum, O Tannenbaum,
Dein Kleid will mich was lehren.

O TANENNBAUM

Essa canção de Natal, remonta ao século 15 e é, possivelmente, a primeira canção natalina dedicada a um pinheiro - uma árvore. No século 16 era comum, pelo Natal montar num dos cômodos da casa uma árvore e enfeitá-la pendurando na mesma maçãs, nozes e doces. A árvore (Tanennbaum) era admirada por Martin Luther o pai da reforma, que via nela a sua extraordinária capacidade de permanecer inalterada, na cor e no viço, sob as intempéries do frio inverno europeu ou de seu verão escaldante. Somente em 1730 surgiram as primeiras velas enfeitando o Tanennbaum e somente no século 19 com o crescimento do transporte ferroviário o pinheiro de Natal, tornou-se conhecido em toda a Alemanha. Ao contrário da comunidade evangélica (com a força de Luther), a igreja católica manifestava-se contra a árvore, afirmando que via no presépio o símbolo que mais se identificava com o Natal. Na atualidade não existe uma só igreja católica em toda a Alemanha onde, pelo Natal, não se encontre pelo menos, um Tanennbaum. Aqui no vale, nos bons tempos de minha infância a canção era tocada, cantada e murmurada por todos os lugares. Naquela época o Natal tinha cheiro de maçã argentina, americana ou canadense, de uvas frescas colhidas na parreira do quintal e de doces natalinos – pfeffer u. Weinachten kuchen -. A poluição ainda não tinha destruído as cigarras e nem tampouco os vagalumes. Aos sons e às luzes destes, se juntava o som de muitas e muitas gaitinhas de boca da Hering que eram o presente de todos os Natais. Em cada rua, em cada beco de cada bairro ouvia-se e se via crianças com suas gaitas Hering, chocolates (Saturno ou Sander) e maçãs, festejando o nascimento do Cristo menino. À noite, antes da ceia tradicional, todos cantavam Noite Feliz e depois, Oh Tannenbaum! Nossas rádios apresentavam programas especiais e nos anúncios de Boas Festas e Feliz Ano Novo, a música de fundo, muitas e muitas vezes, era O Tanennbaum. Hoje, já não se ouvem gaitinhas Hering e nem tampouco existem chocolates Saturno ou Sander. Mais de meio século depois, as maçãs são nacionais (bem mais gostosas), as uvas continuam as mesmas niágaras de todos os lugares, poucas cigarras cantam e os vaga-lumes diminuíram as suas luzes e sua quantidade. O Tannenbaum ficou! Está espalhado por todo o nosso mundo. Maravilhoso com suas camadas de ramos. O hino também. Está traduzido para o inglês e existe até versão em latim. É preciso, tocá-la, cantá-la, ouví-la, murmurá-la e sentir sua melodia e a mensagem de sua presença em todas as estações do ano. Assim, nosso Natal, passados mais de 150 anos, será parecido ao de nossos antepassados e conservaremos um pouco – que é muito – das suas tradições e costumes, guardadas no baú de suas memórias, na grande epopéia da travessia do Atlântico. FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO!

RUBENS BACHMANN – Jornalista RG. 01650-MTb. DRT/SC

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Um comentário:

Anônimo disse...

Será que a mimadinha vai conseguir fazer isso com os quebra-nozes?
rsrsrsrsrs
rsrsrsrsrs