18 de novembro de 2010

AS CANÇÕES DE NOSSOS ANTEPASSADOS




Para ouvir com Lolita

(LOLITA)

Tief in dem Böhmerwald


1. Tief drin im Böhmerwald
Da liegt mein Heimatort
Es ist gar lang' schon her
Daß ich von dort bin fort
Doch die Erinnerung
Die bleibt mir stehts gewiß
Daß ich den Böhmerwald
Gar nie vergiß.

|: Es war im Böhmerwald
Wo meine Wiege stand
Im schönen grünen Böhmerwald :|

2. Oh holde Kinderzeit,
kehr einmal noch zurück
Wo spielend ich genoß
Mein ganzes Kinderglück
Wo ich am Vaterhaus
Auf grüner Wiese stand
Und weithin schaute
Auf mein Vaterland.

|: Es war im Böhmerwald
Wo meine Wiege stand
Im schönen grünen Böhmerwald :|

3. Nur einmal noch Oh Herr
Laß mich die Heimat sehen
Den schönen Böhmerwald,
Die Täler und die Höh'n
Dann kehr ich gern zurück
Und rufe freudig aus
Behüt dich Böhmerwald
Ich bleib' zu Haus

|: Es war im Böhmerwald
Wo meine Wiege stand
Im schönen grünen Böhmerwald :|

TIEF IN DEM BÖHMERWALD

Também do Império Austro Húngaro (Böhmen, Öestreich und Hungarn) do Imperador Franz Joseph e da imperatriz Elizabeth (Sissi) vieram imigrantes que se fixaram na nossa região, em busca de um lugar onde fosse possível construir um futuro melhor para toda a família. Esses bravos “alemães” lá do BÖHMERWALD trouxeram consigo uma linda canção de domínio popular que falava na terra natal. Diz ela que já fazia muito tempo que a haviam deixado mas que, a lembrança sempre estava presente fazendo com que nunca esquecessem a pátria. Lá ficara o seu bercinho/balanço. Na linda e verde mata. Nos seus versos, pedia a Deus que, pelo menos uma vez ainda, permitisse rever a terra natal. A bela mata verde. Os vales. Depois, voltaria e descansaria em paz. Pedia também, a volta dos velhos bons tempos da infância onde brincava e vivia toda a felicidade. Onde na casa paterna ficava no prado sobre a grama e mirava até o horizonte a vastidão da pátria. Lá na linda e verde BÖHMERWALD! Essa gente aqui chegou por volta de 1876 quando a colônia do Dr. Hermann já festejara seus 25 anos. Eram como aqueles que os antecederam, homens da terra (colonos) mas também, artífices que fabricavam charutos, chinelos, móveis, ferramentas, doces, etc. Também, cansados de guerras, soldados desempregados após a unificação do Império Alemão, buscaram aqui no nosso verde vale verde do verde vale do Vale verde do Itajai (!) a terra prometida pelo Dr. Hermann como o lugar onde os povos de língua alemã haveriam de encontrar um ambiente onde poderiam construir um futuro digno para si e para os seus descendentes. Em paz! Com certeza a mata e os morros em que foram alojados nas regiões do Garcia e da Velha que hoje são limites com Indaial ou se encontram dentro desse município não era nem semelhante à verde mata deixada lá na distante Europa. Mas, foi aqui que construíram ou ajudaram a construir parte deste país que é conhecida e respeitada por todos. Aqui geraram filhos, netos e bisnetos que orgulhosamente lhes rendem uma homenagem toda especial por tudo que fizeram, principalmente nas condições difíceis da segunda metade do século 19, durante a primeira grande guerra e depois, na época da nacionalização e do segundo conflito mundial. Sabendo resignar-se tiveram que calar na voz a língua pátria e queimar os livros escritos em alemão. Ninguém porém, conseguiu remover de suas memórias TIEF IND DEM BOHMERWALD!

RUBENS BACHMANN
Jornalista – RG 01650 – JP – DRT/SC
Soutosbach – Pomerode (SC)

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Um comentário:

Wagner disse...

Meu trisavô materno Johann Wloch e sua esposa Thereza Ziegel,austríacos (Tirol), chegaram a Colonia Blumenau, em 1854, onde fixaram residência e tiveram 4 filhos. Entre els o meu Bisavô Gustav Wloch, casou em Blumenau em 1882 e depois de 1905 se fixou em Hammonia (Ibirama-SC).