CUMPLICIDADE
Leram o Santa de ontem? O assassino do jovem André Bianchi
durante um assalto a um Supermercado no Progresso no início deste ano foi
condenado a 24 anos de cadeia. Finalmente se faz justiça, poderá alguém, em
meio a um suspiro de alívio, pensar. Infelizmente, neste como em centenas de
casos semelhantes por este Brasil afora, a justiça comparece tarde.
O assassino de Bianchi só está indo para a penitenciária
porque completou dezenove anos de idade. Até aí soube explorar bem seu “direito
de matar”, concedido aos “de menor”. O precoce bandido tem em seu currículo
mais três casos de morte violenta; sua coleção de corpos poderia ser maior não
tivesse falhado em seis outras tentativas de homicídio. Sem contar os roubos.
Este caso ilustra bem a cumplicidade do Estado nestas mortes
banalizadas. Cumplicidade do Estado e de todos os que defendem as leis
ingênuas, de mentirinha, criadas para proteger precoces bandidos.
Se a justiça estivesse devidamente instrumentalizada com
leis sérias, este facínora já estaria trancafiado há muito tempo e André
Bianchi estaria vivendo seus dias de juventude. A Lei protegeu o assassino, não
protegeu Bianchi!
No sistema de Segurança Pública do Estado há 32 boletins de
ocorrência envolvendo o rapaz numa carreira iniciada aos 13 anos de idade; este
é outro detalhe estarrecedor ilustrando a verdade proclamada pela sabedoria
popular: “a polícia prende e o juiz solta”. Não é o juiz que solta, é a lei.
Lei inútil, tendenciosa, defendida por teóricos divorciados da realidade. A
realidade e esta estampada na manchete de ontem: a da sina cruel que por
incúria da sociedade coube a André Bianchi.
Nas páginas deste matutino são frequentes os clamores por
mais segurança simploriamente resumidos em cobrança por mais monitoramento e mais
policiais nas ruas. É um raciocínio viciado, este. Mais segurança se alcança
com bandidos atrás das grades. Bandido é bandido, não importa a idade. O por
que se tornaram bandidos, ou se o sistema carcerário vai recuperá-los é outra
conversa; conversa a longo prazo. A curto prazo urge reconhecer o vírus e isolá-lo
da sociedade sadia.
No caso do assassino de Bianchi, a polícia teve que fazer
inúmeras vezes o mesmo serviço. Assim não há policiais que cheguem!
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também publicado em: www.santa.com.br
10 comentários:
A chamada "Constituição Soberana" de 1988 com seus 250 itens serviu apenas para indultar,ladrões, crimes,sonegadores e políticos corruptos.Todos os envolvidos na elaboração da dita apenas pensaram em seus próprios rabos ou familiares.
Leis deveriam ser feitas por que entende de lei e não por políticos(alguns analfabetos) que pensam que em um futuro,eles próprios podem ser enquadrados nelas.
Hoje um jovem pode definir quem será o mandante do país mas não pode ser julgado por um crime hediondo.Criou-se uma porta para as quadrilhas se livrarem de penas(que neste país são ridículas e com vários atenuantes)jogar nas costas de menores infratores a culpa de tudo.
Mas nesse caso vemos que pelas leis de hoje,você trabalhador,tem menos direitos que um menor assassino.
Tu tá morto e o vagabundo vai sair da cadeia em menos de sete anos.
é o tal do direito de ir e vir que muitos defendem, inclusive a maioria daqui...
enquanto tiver gente pensando assim, vai continuar desse jeito
18:54
Direito de ir e vir!
Uma das maiores conquistas da população!
sim, e que os bandidos continuem indo e vindo, comemorando essa conquista, e talvez até lhe fazendo uma visitinha
18:41
Ainda bem que temos o direito de ir e vir!
que bom, quando entrarem ai dá um toque
poi é 1841h, terá o direito de ir na delegacia dar queixa, kkk
21:55 e 22:48
Com ignorantes fica difícil!
DIREITO DE IR E VIR MELHOR COISA DO MUNDO!!!!
depois se acontece algo, com algum ente querido, vão procurar a justiça. Só não esqueçam do direito de ir e vir do meliante, ai não precisa mais reclamar. Depois vai pensar em quem foi ignorante. Ofender a gente não muda nada.
pois é 21:15, mas quem pensa como você infelizmente é chamado de ignorante. A lei favorece o vagabundo, e mais vagabundo ainda, é aquele que defende o direito do marginal...
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