12 de fevereiro de 2010
OUTROS TEMPOS
Os funcionários do Banco do Brasil, já foram considerados como reserva moral do país. Muitos integraram a equipe de governo da União. Eram também requisitados por governos estaduais e municipais. Mereciam adicionais padrões e abonos de dedicação integral, quando no exercício de cargos chamados comissionados.
Tinham alçadas e poder de decisão.
Hoje, continuam recebendo APs e ADIs mas, não decidem mais nada. São subordinados à sistemas e programas e, alçadas e decisões são automáticas, de acordo com padrões implantados e obrigatoriamente respeitados.
Meros executores de normas e políticas subordinados à vontade do sistema.
Bons tempos em que gerente justificava - quando interpelado - novos créditos à cooperativa agropecuária em dificuldades financeiras, alegando que "para hemorragias a solução é sangue novo, transfusão!".
E continuava gerente!
Era respeitado como o padre, o prefeito ou o juíz da localidade.
Hoje...o que mais fazem é encaminhar clientes ao caixa automático evitando até o ingresso do cidadão na agência, agora dotada de portas giratórias onde guardas exigem o depósito de celulares, chaves, canetas, etc. mas permitem a entrada de armas.
Os terminais informam limites, prazos, juros e outras condições, entregam talões de cheques, recebem depósitos, quitam boletos e efetuam trasnsferências entre outras operações.
Atendimento pessoal e diferenciado, só para aplicadores, preferencialmente os "VIPS"
que são dispensados até de taxas de serviço e remunerados com taxas especiais.
Os outros, pagam taxas altas por qualquer serviço prestado e só merecem atendimento direto quando são assediados para pequenas aplicações de longo prazo, seguros de todos os tipos, consórcios, etc.
E o que mais se houve dos atuais funcionários do Banco é que estão trabalhando sob pressão, estressados e com problemas de saúde relacionados com o trabalho que realizam.
Será que estariam capacitados a integrar Unidade Móvel de Crédito, dormir em bancos de igreja ou escola no interior, servir-se de banheiros coletivos, longe da família, trabalhar em regiões inóspitas e insalubres, atolar a bota na lama ou engolir poeira para levar o Banco a todos os brasileiros como fizeram muitos daqueles que os antecederam?
Sei lá...Tudo tem seu tempo!
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