21 de julho de 2009


Com a melhor boa vontade, compareci à reunião convocada pela empresa. Uma força tarefa lá estava para mostrar aos moradores da região, o projeto de plantio de árvores. Diretores, advogado, bióloga e engenheiro químico. Um deles, afirmou que para provar que não há risco à saúde, comeu uma mação empoeirada em reunião anterior! Depois afirmou que este blogueiro publicou besteiras aqui no blog.
As "besteiras" são originárias de normas, leis e pesquisas científicas e de estudo da matéria de direito ambiental na faculdade.
Até concorrentes foram citados como interessados na não implantação da empresa.
Também a Prefeitura e a Câmara que aprovaram o Distrito Industrial em zona de residências. É...não é fácil. Uma senhora trouxe folhas cobertas de poeira difícil de retirar e não existente na região até bem pouco. Outro morador mostrou-se preocupado com a poluição e insistiu em que apontassem uma solução para breve.
Pedi que os termos técnicos fossem "traduzidos" para o bom entendimento dos leigos presentes. Perguntas sobre matéria prima, combustível, temperatura ou até mesmo sobre a iniciativa de reunir a comunidade mereciam respostas pouco claras que envolviam a Fatma, o MP, o preço do cimento, a Prefeitura, etc. etc. evasivas e não convincentes da real finalidade do evento.Conclui que havia uma imposição de pensamento por parte dos representantes da empresa. Um monólogo em que só deveríamos ouvir sem direito de questionar, sugerir ou informar, principalmente, sobre situações novas que passamos a vivenciar desde o final do ano passado. Por tudo isso, retirei-me, antes do término.

Sugiro que a Secretaria de Saúde, implante um programa ou pelo menos uma pesquisa na região (talvez através de seus agentes comunitários) buscando identificar situações
novas vividas pelos moradores, após o início de atividade da empresa ou até do conjunto de empresas localizadas na área.

A poeira que cobre a horta de nossas crianças e professores na Escola Olavo Bilac é a mesma que havia antes?

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