27 de janeiro de 2009

MONTEVIDEO

No século 19, o navio Montevideo, sob o comando do Capitão Kier, deixou o porto de Hamburgo e aportou em São Francisco do Sul. Trazia 120 passageiros. Os primeiros da lista – ordem alfabética por sobrenome – eram meu bisavô Georg Bachmann, sua esposa Theresia e seus três filhos – Anna de 5 anos, Johann (meu avô) de 3 anos e Maria, a caçula de 6 meses. Ô gente corajosa! Junto com eles, veio Edmund Berthelsen, solteiro, de 19 anos, do Holstein, de onde também era Ida Bolberg e Crhistian Lehmann. Theodor Heyden, com mulher e filhos, eram de Schönwalde na Pomerânia onde também nasceram August Koplin e seus familiares e Carl Otto, sua mulher e 5 filhos. Muitos eram da Boêmia, da Prússia (Lehnin, Cranz e Sattelberg) e da Saxônia. De Dresden, na Saxônia estavam a bordo os irmãos Paulo (17 anos) e Elise (14 anos) da família Hering. Muitas crianças a bordo superaram a grande travessia do Atlântico. Jovens, sem os pais, com menos de 20 anos de idade, enfrentaram tudo para aportar no sul do atlântico e iniciar uma nova vida. Ninguém faleceu a bordo. Não ocorreram nascimentos. Havia católicos e protestantes na embarcação. Um casal de 24 anos (ambos) com seu filho pequeno de apenas 6 meses também estava lá. Lavradores, alfaiate, droguista, criadas, canteiro( seria cantor?), pintor (Paul Hering), carpinteiros, ferreiro, comerciantes, marceneiros, sapateiros e ecônomo eram as profissões dos embarcados. O Cônsul Geral Chanceler Wilhelm Pump, carimbou e vistou a relação no Consulado Geral do Brasil em Hamburgo. É por isso que eu estou aqui!

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