"Insolência ambiental
Estava esboçando um assunto mais ameno, quando li o artigo do professor universitário André de Gasper sobre o abandono do Parque Natural Municipal São Francisco de Assis, no Centro de Blumenau (Santa, 08/08), uma (abalizada) opinião sobre um aspecto desabonador da atual gestão do meio ambiente em Blumenau.
A resposta da Faema no dia seguinte, porém, foi de doer. “O Parque permanece interditado por conta de escorregamentos de terra frequentes, que ameaçam a segurança de visitantes. A Faema estuda o isolamento das áreas atingidas para dar uso seguro ao local”, escreveu o presidente da entidade. Uma insolência, uma afronta a qualquer um que tenha um mínimo de discernimento.
Até as minhocas que vivem naqueles solos, que eventualmente escorregam sabem que não é bem assim, que isso só tem chances de acontecer em casos de chuvas mais intensas quando, aí sim, ninguém deve estar no Parque. Considerando que o problema surgiu na tragédia de novembro de 2008, já se vão quase quatro anos e ainda estão “estudando o isolamento das áreas atingidas”?
Se comparados, os perigos aos visitantes do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, são muito mais reais do que os do nosso Parque Municipal. Rodeado de favelas e tiros perdidos, perigos de assaltos e outros problemas, se dependesse de como pensa a Faema de Blumenau, ninguém poderia frequentar a Floresta da Tijuca e o Cristo Redentor, dentro desse Parque Nacional. No entanto com 2,3 milhões de visitantes e R$ 17 milhões de faturamento só em 2011, trata-se do Parque Nacional mais visitado do Brasil!
No Parque Nacional do Iguaçu existem onças pintadas. Todas as áreas naturais e reservas do Brasil têm cobras venenosas, muitas têm cachoeiras perigosas e pedras escorregadias, vespas, abelhas, carrapatos, galhos de árvores que podem cair sobre a cabeça do visitante, que também está sujeito a ser atingido por fezes de aves e macacos.
Vamos então impedir a visitação por conta desses “gravíssimos” problemas? Ou vamos vestir fraldinhas nos macacos e passarinhos antes de permitir a entrada de visitantes? Desculpem, caros eco-leitores, mas meu eco-sangue não é de barata!
Parque São Francisco e demais reservas municipais abandonadas; descaso com o Museu Fritz Müller; bosque histórico de árvores centenárias plantadas pelo Engenheiro Emílio Odebrecht ameaçado por falta de serviço de drenagem – obstruída desde que ao lado foi construído o Terminal Fonte, causando o apodrecimento das raízes. Decididamente, há algo de podre no reino do Meio Ambiente de Blumenau."
A resposta da Faema no dia seguinte, porém, foi de doer. “O Parque permanece interditado por conta de escorregamentos de terra frequentes, que ameaçam a segurança de visitantes. A Faema estuda o isolamento das áreas atingidas para dar uso seguro ao local”, escreveu o presidente da entidade. Uma insolência, uma afronta a qualquer um que tenha um mínimo de discernimento.
Até as minhocas que vivem naqueles solos, que eventualmente escorregam sabem que não é bem assim, que isso só tem chances de acontecer em casos de chuvas mais intensas quando, aí sim, ninguém deve estar no Parque. Considerando que o problema surgiu na tragédia de novembro de 2008, já se vão quase quatro anos e ainda estão “estudando o isolamento das áreas atingidas”?
Se comparados, os perigos aos visitantes do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, são muito mais reais do que os do nosso Parque Municipal. Rodeado de favelas e tiros perdidos, perigos de assaltos e outros problemas, se dependesse de como pensa a Faema de Blumenau, ninguém poderia frequentar a Floresta da Tijuca e o Cristo Redentor, dentro desse Parque Nacional. No entanto com 2,3 milhões de visitantes e R$ 17 milhões de faturamento só em 2011, trata-se do Parque Nacional mais visitado do Brasil!
No Parque Nacional do Iguaçu existem onças pintadas. Todas as áreas naturais e reservas do Brasil têm cobras venenosas, muitas têm cachoeiras perigosas e pedras escorregadias, vespas, abelhas, carrapatos, galhos de árvores que podem cair sobre a cabeça do visitante, que também está sujeito a ser atingido por fezes de aves e macacos.
Vamos então impedir a visitação por conta desses “gravíssimos” problemas? Ou vamos vestir fraldinhas nos macacos e passarinhos antes de permitir a entrada de visitantes? Desculpem, caros eco-leitores, mas meu eco-sangue não é de barata!
Parque São Francisco e demais reservas municipais abandonadas; descaso com o Museu Fritz Müller; bosque histórico de árvores centenárias plantadas pelo Engenheiro Emílio Odebrecht ameaçado por falta de serviço de drenagem – obstruída desde que ao lado foi construído o Terminal Fonte, causando o apodrecimento das raízes. Decididamente, há algo de podre no reino do Meio Ambiente de Blumenau."
Autorizado pelo autor.
também publicado em: www.santa.com.br
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