17 de agosto de 2012

MANOEL JOAQUIM DA BOSTA - XLVI



Os eleitores do reino demonstram cada dia mais consciência política. Não aceitam mais as conversas sem nexo dos pretendentes a vaga no Conselho Legislativo. Sendo quê quase a totalidade dos eleitores se dizem decepcionados com os concorrentes a essas vagas. Observando atentamente a lista, percebe-se que a maioria não tem competência e conhecimentos para a função. Não conseguem nem ordenar a sua própria vida, imagina então legislar para a população. À maioria são famosos boi de piranha. Estão para fazer número. E assim sonham com a sua teta gordinha. Velhos políticos querem ensinar os mais jovens como se faz uma campanha, não se lembram que com algumas campanhas nas costas, nunca conseguiram se eleger. Sendo que até já tiraram seu time de campo, somente trabalham na retaguarda, e assim também sonham com a gorda tetinha. Tivemos nos últimos dias uma passeata. O Monarca e seus beliscantes saíram pelas ruas do reino. Na frente os maiorais com as suas carruagens, atrás os beliscantes e aspirantes a tal, com as suas velhas carroças. Deve ser isso que os motiva para entrar na política. Pressentem que assim poderão em muito mudar o seu padrão de vida. Espelham-se nestes das carruagens. A côrte e províncias estão mais coloridas. Placas e adesivos trazem novo visual. Mas ainda bem que é passageiro, ninguém agüentaria olhar as placas sempre. Algumas figurinhas tarimbadas na política trazem enjôos. Principalmente aqueles que prometem o mesmo de anos atrás, sendo que não cumpriram, agora o querem. Estudantes de escola na província ao sul pretendem conhecer o mundo, abrir novos horizontes. Querem conhecer países de primeiro mundo. Mas ninguém da escola apóia. Até dão como desculpa a possibilidade de alguma menina voltar grávida da viagem. Até parece que aqui no reino não tem moitas. Mas mestre da escola organiza baile público. Sendo que acredita que aqui nessas terras ninguém fornica. Talvez uma viagem para esse mestre, seria um excelente modo de abrir a sua cabecinha. A mídia local aparece recolhida. Recolheram-se, e treparam no muro. Precisam demonstrar imparcialidade, pretendem continuar a receber vultuosas somas de dim dim, indiferente do resultado do plebiscito. Único a não se recolher foi o Messias revoltoso. Os seus panfletos continuam a ser distribuídos, no momento sem medo. Tendo em vista da decisão do Conselho Judiciário. Quem deverá ficar esperto, são os trabalhadores do Paço Real, que estão lá por seus conhecimentos. Promessas antigas ressurgem, mas com certeza não cairão na mesma ladainha. Estou a aconselhar os jovens a levarem preservativos para o baile público, os mesmos que caberiam na bolsa na pretendida viagem. Falando nisso, bateu uma vontade de comer...ovos de codorna.

M. J. Da Bosta

Obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência.

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