29 de dezembro de 2009

NO SANTA DE HOJE


29/12/2009 | N° 11822 DINHEIRO PÚBLICO
"Tribunal questiona custo de reforma em auditório
Obra feita sem licitação pela Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte tem indícios de superfaturamento, segundo auditoria FLORIANÓPOLIS - Uma cortina instalada no auditório da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte do Estado chamou a atenção de auditores do Tribunal de Contas (TCE). Na cor salmão e em tecido liso, ela compõe o ambiente com móveis do auditório reformado após incêndio ocorrido em 31 de dezembro de 2007.
Mas não foi a harmonia na decoração que impressionou os auditores, e sim o preço da cortina. Comprada sem licitação, ela custou R$ 25 mil, quando poderia ser encontrada a R$ 3 mil nas lojas do ramo. Preço 755% acima do mercado.
“Considerando o valor de R$ 89 o metro quadrado, foi realizada uma pesquisa em lojas que comercializam o mesmo tecido, e o preço encontrado variou entre R$ 4,93 e R$ 7,53”, diz a auditoria.
Eles também não encontraram o blecaute importado nem a sanefa (faixa de pano que decora a parte superior dos cortinados), que compõem o preço total. O relatório da auditoria foi concluído em agosto de 2008, e não ficou só na reforma. Investigou as contas de 2007 e parte das de 2008 na secretaria.
Análise de outros itens comprados
Um projetor multimídia com telão, que também está no auditório, foi adquirido por R$ 20,2 mil. O mesmo modelo custa, em média, R$ 3,9 mil em lojas especializadas, segundo o TCE. A secretaria pagou 418% acima do valor de mercado. O custo da reforma atingiu R$ 800 mil, pagos à empresa Kerberos.
Os “indícios de superfaturamento” na reforma ocupam parte do relatório a que a reportagem teve acesso. O documento aponta ainda “indícios de irregularidades na gestão da publicidade, pagamentos indevidos a empresa terceirizada, fragilidades na prestação de contas, receitas contabilizadas de forma irregular e deficiências no controle de ponto de funcionários terceirizados”.
Os técnicos recomendaram que o secretário Gilmar Knaesel explique gastos de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos. E indicam que o TCE deve investigar melhor a reforma
."

COMPARAÇÕES:
Projetor multimídia e telão
Loja 1 Loja 2 Loja 3 Valor médio Secretaria pagou
R$ 4,8 mil R$ 3,6 mil R$ 3,2 mil R$ 3,9 mil R$ 20,2 mil
Projetor multimídia Epson
Loja 1 Loja 2 Loja 3 Valor médio Secretaria pagou
R$ 1,8 mil R$ 1,7 mil R$ 1,6 mil R$ 1,7 mil R$ 5,1 mil
Cortina de auditório
Loja 1 Loja 2 Loja 3 Valor médio Secretaria pagou
R$ 2,7 mil R$ 3,4 mil R$ 2,5 mil R$ 2,9 mil R$ 24,9 mil

ana.minosso@diario.com.br
www.santa.com.br
fonte comparações: relatório do TCE

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, ano que vem teremos eleições......
Será que nosso "nobre" deputado, não acabou "queimando o filme" com essa história?

Rudolf Trewes disse...

Pois Bem. Agora sabemos onde vai o dinheiro publico que deveria ir para as Sociedades de caça e Tiro, ao Esporte e aos projetos culturais. Muito bonito hein Secretário. Se for verdade, vergonha para você e que não votem mais em sua pessoa.