15 de abril de 2009

ELEFANTES BRANCOS

Toda vez que compareço à reunião da Câmara de Vereadores alguém faz questão de referir-se a dois artigos que publiquei na época, contra a construção do Palácio Abóbora que considerava – e continuo considerando – dispensável até porque o número de vereadores, na ocasião, foi reduzido e o espaço havia sido reformado recentemente.
Disseram também que o prédio só não foi pintado de branco por causa de meus artigos.
Assim, me incluo na história de Pomerode, como o responsável pela cor abóbora (coisa feia!) da sede do nosso legislativo municipal.

SAUERKRAUT – ABRIL/2009

CULTURA
Transcrevo abaixo, duas explicações para a origem da expressão:

ELEFANTE BRANCO.

A origem da expressão Elefante Branco está ligada à Índia. Os antigos rajás indianos ofereciam um elefante branco, como uma espécie de presente envenenado. O elefante branco (sagrado), tão distinto, não servia para trabalhar. Tão pouco não podia ser usado para caçar por causa da sua cor. Para piorar a situação, sua cor branca inspirava ainda grandes cuidados com a sua limpeza. Resultado, além de não servir rigorosamente para nada, ainda acarretava grandes despesas ao seu proprietário.
www.google.com – 14.04.2009

A história do elefante é marcada pelo respeito com que eram vistos pelos homens do Oriente. Quando no século XVI os portugueses chegaram ao antigo Sião, hoje Tailândia, e depois deles os holandeses, ingleses e franceses, encontraram, na região, costumes e modos diferentes dos que prevaleciam na Europa. E levaram de volta consigo essas informações e as tornaram populares – como Marco Pólo (1254-1324) já o havia feito -, entre elas a de que por lá existiam elefantes brancos, mas em número tão reduzido que poucos podiam afirmar que já os haviam visto. Com respeito a esse fato eles acrescentavam uma revelação curiosa: a de que o rei local, quando insatisfeito com alguém da corte, presenteava-o com um desses animais considerados sagrados, passando a visitar o presenteado em horas incertas a fim de verificar pessoalmente se o bicho estava sendo tratado com a atenção necessária.
O homenageado, coitado, que por razões óbvias se vira forçado a aceitar o presente do rei, dali em diante fazia das tripas coração para manter o animal sempre limpo e enfeitado, e o que é pior, procurando satisfazer seu apetite de tamanho e peso equivalentes às quase dez toneladas de carne e ossos que carregava. Em razão disso a expressão “elefante branco” passou a simbolizar inicialmente o presente incômodo e indesejado que alguém recebe de algum engraçadinho (principalmente a partir do século 18, quando a comédia “O Elefante do Rei do Sião”, de Ferdinand Lalou, foi apresentada com grande sucesso ao público europeu), e mais tarde, as coisas enormes e incomuns que ninguém sabe para que servem, como uma obra pública inacabada, por exemplo, ou o viaduto que liga o nada a lugar nenhum.
www.google.com – 14.04.2009




E PARA LEMBRAR E ESCLARECER O QUE REALMENTE FOI ESCRITO:


ELEFANTE BRANCO – POMERODE
(Câmara de Vereadores-Séde própria)

Nossas crianças, adolescentes e jovens não querem herdar mais um prédio público desnecessário. Sonham com a herança de uma ótima qualidade de vida na nossa querida Pomerode. Por isso, sugiro que a montanha de dinheiro da construção da séde própria da Câmara de Vereadores tenha outro destino. Infelizmente, nossos edis já começaram a festa. Fotos e poses com pedra fundamental e máquinas no terreno já aplainado e pronto para receber o fundamento, motivaram reportagens de nossos veículos de comunicação e iniciaram a gastança da séde própria. Estão construindo a casa para aqueles que os substituirão pois, o povo não deverá reelegê-los. O povo – o grande pagador da conta - gostaria de ver tanto dinheiro aplicado em outras finalidades muito mais importantes e prioritárias. A construção da sede própria é um absurdo. Basta lançarmos nosso olhar para Blumenau da qual fomos um dia um distrito importante e da qual fomos emancipados. Lá a Câmara está dentro da Prefeitura e ocupa espaço menor proporcionalmente, ao que a Câmara de Pomerode ocupa no prédio de nosso paço municipal. Com 21 vereadores. Já vai longe a época em que os políticos procuravam marcar a sua passagem com obras desnecessárias e muito onerosas para os contribuintes. Hoje, em todo o mundo, as prioridades são outras. Por certo em lugar algum, os representantes do povo estão se sentindo constrangidos pelo poder executivo com a proximidade ou com a falta de ambiente para atenderem seus eleitores. Espera-se que tudo possa ser falado, pleiteado e prometido ou negado abertamente. O resto é cambalacho e só cambalacho precisa de ambiente para esconder, encobrir, ocultar, disfarçar ou dissimular. O verdadeiro representante do povo – leia-se vereador – não precisa que a sua câmara esteja distante do executivo ou da procuradoria geral do município para que possa bem desempenhar suas funções. Bastam as atuais instalações (muito amplas e recentemente reformadas com o dinheiro dos contribuintes) para um ótimo exercício do mandato popular. Será que não é possível reverter a obra em defesa da maioria da população que talvez optasse por um terminal rodoviário decente, uma casa de cultura, melhores estradas, saneamento, proteção ao meio ambiente ou mais e melhores condições de educação e saúde. As atuais instalações são ótimas e oferecem condições ideais. Ainda é tempo!

Rubens Bachmann – rasputim.bnu@terra.com.br
Fone: 387-6325
Presidente do PTB
Acadêmico de Direito
Jornalista RG 01650-JP – DRT/SC







POMERODE/ELEFANTE BRANCO II

A sede própria da Câmara de Vereadores pode até ser regular do ponto de vista orçamentário mas, afronta os princípios constitucionais da moralidade e da impessoalidade. A obra é desproporcional ao município e ao número de vereadores que deverá ser de somente 9 (nove) após as eleições de 2004. É também gravosa e onerosa aos cofres públicos e aos munícipes. Estes esperam e preferem melhorias que lhes afetem diretamente. A obra é desnecessária porque as atuais instalações (recentes, modernas, confortáveis e funcionais) são suficientes e possuem até, espaços ociosos. Com certeza, os recursos do orçamento transferidos para atender à vontade de alguns edis que insistem na construção da sede própria, seriam bem mais úteis se aplicados em outras finalidades. Sugiro repassarem o mesmo valor ao FIA (Fundo da Infância e Adolescência). Não dá votos mas aposta no futuro! E depois? Virão pedidos de gabinetes individuais, móveis, micros, telefones, lanchonete, quem sabe, assessores....Com verbas orçamentárias que poderiam ficar na educação, na saúde, nas obras, no turismo, na cultura....Será que é preciso uma ação popular ou uma ação cível pública? Cortemos o mal pela raiz. Ainda dá tempo!

Rubens Bachmann
rasputim.bnu@terra.com.br
Jornalista – RG 01650 –JP – DRTC/SC

Um comentário:

Crista disse...

Entre muitas coisas que me faz te amar cada vez mais,é a tua cultura!
Já imaginou o que seria dessa loira dourada achocolatada sem ti na vidinha dela?
Maridão,te amo,te admiro e te respeito muito!
OBRIGADA por tua fortaleza!