25 de abril de 2009

DE HEROÍS E DE GUERRAS

“A primeira vítima de uma guerra é a verdade. Os fatos passam a ser contados do ponto de vista do vencedor. O tratamento dado pelos aliados à Alemanha não foi justo e tudo se tornou muito difícil”.
Martin Drewes.
Um dos maiores pilotos, sobrevivente da II Grande Guerra Mundial, alemão, que teve atuação destacada em combates aéreos, serviu em diversas bases, mereceu alta condecoração, restou prisioneiro após o fim do conflito e novamente em liberdade, escolheu o Brasil como nova pátria para reconstruir sua vida. Após viver em Goiás, no Maranhão e em São Paulo, fixou-se em Blumenau onde reside até hoje, em companhia de sua esposa D. Dulce, carioca e brasileira.
Integrado à comunidade, hoje MARTIN DREWES, caminha pelas ruas da cidade com sua impressionante jovialidade e simpatia apesar de octogenário, merecendo de todos o respeito devido aos grandes heróis de qualquer pátria porque conquistou a admiração de todos os que vivem no Vale do Itajaí.
Recebe em sua casa, jovens estudantes que o ouvem e deixam o seu lar certos de que foram privilegiados com a sua hospitalidade ímpar, sua simplicidade, sua educação e seu desprendimento, próprios dos grandes homens da História.
Poder-se-ia até dizer que estar com MARTIN DREWES é reviver parte da II Grande Guerra junto com alguém que fez parte dela e que cumpriu o seu dever de militar e alemão em defesa de sua pátria e que é reconhecido até mesmo por pilotos adversários com os quais se reúne todo ano, em algum lugar deste Planeta, como convidado especial.
Ouvi-lo falar da Bagdá de então, onde era sua base quando em apoio ao Afrika Korps do grande General Rommel ou dos questionamentos quanto ao acesso de certo campo de concentração nos faz pensar que, pelo menos, parte da História está mal contada.
Despedir dele com o grito de guerra dos pilotos de caça com certeza será uma lembrança inesquecível.
Blumenau e o Vale do Itajaí deveriam se sentir orgulhosos deste ilustre membro da comunidade mas infelizmente, ranços remanescentes do período de restrições não permitem que Martin Drewes seja homenageado, como merece, pelos teuto-brasileiros deste Brasil que deu certo e onde se mantém as tradições e costumes dos pioneiros que aqui aportaram, vindos de todas as regiões da Alemanha.
O piloto alemão, o herói condecorado por sua bravura em combate, deve orgulhar a comunidade em que vive independentemente de ter vencido ou perdido a guerra.
Martin Drewes e sua esposa D. Dulce, são dois seres maravilhosos!

SAUERKRAUT - ABRIL/2009

Um comentário:

Anônimo disse...

Ele com certeza, é um gande homem, um patriota que lutou, por uma causa que julgava certa. Eu tenho muito orgulho, dele e de outros pilotos alemães, se o Brasil, tivesse homens, como ele, honrados leais, corajosos, certamente, este pais seria muito melhor, um grande abraço para ele.