DESPERDÍCIO

Na última ocasião em que estive com o prefeito este, utilizou para encerrar nossa conversa, chamar-me de desperdício. É que resultaram infrutíferas todas as suas tentativas de bajular-me e tentar convencer-me de que ele e seu grupo mais os dois deputados estariam aproveitando representantes do povo e outros técnicos, para as posições chave da administração da cidade. Tentou convencer-me até de que votos valem mais que a honra, a dignidade, a honestidade, a correção, a lisura, a competência e a capacidade para ocupar os cargos. Como não concordo com essa opinião e com muitas outras atitudes a conversa tornou-se mais um debate no qual a tentativa de intimidação com ameaça de processo, mereceu ser ironizada. Não logrando êxito na sua intenção de, na oportunidade, modificar minha opinião acreditou que, com ameaças atingiria seu objetivo. Ficou claro, mais uma vez, que o fim justifica os meios. Conquistado o poder, é preciso mantê-lo a qualquer custo (por 20 anos como corre por aí) mesmo que, seja necessário aliar-se a qualquer político que possa contribuir para o projeto. Qualquer opinião contrária ou oposição deve ser primeiramente, convencida a modificar seu comportamento e, na hipótese de rejeição à idéia, intimidada e ameaçada. O prefeito afirmou que se sente mal com qualquer manifestação de animosidade ou contrariedade. Para ele, todos devem tê-lo como alguém preocupado com o próximo e com a fraternidade. Esqueceu de acrescentar que seria “desde que seus interesses particulares e pessoais (e do grupo) não fossem ignorados”. Esbarrou numa reserva moral que não precisa trocar valores e princípios por cargos ou funções ou por migalhas “cala a boca” que políticos de nosso país costumam utilizar como moeda de compra. O “desperdício” espera que o prefeito, não volte a assinar atestado justificando a ausência de vereador na câmara por 15 dias porque sua intenção é ajudar ao próximo. Prefere que “traga mais vida à Pomerode”.