Consultando o médico
Sempre que se necessita dos serviços de um
profissional, há que se munir de dados e informações essenciais para a execução
do pretendido. Um alfaiate, por exemplo, para confeccionar um terno, necessita
tomar diversas medidas do seu cliente. Sem tais medidas, não haverá terno.
Da mesma maneira, o médico necessitará colher dados, informações, antes de
chegar a um diagnóstico e instituir um tratamento. A maioria das informações
pode ser obtida interrogando o paciente ou seu acompanhante, além dos dados
colhidos durante o exame clínico. Até aí tudo bem, basta o paciente estar
presente. No entanto, é comum o paciente já ter feito muitos exames – e que
ficaram em casa – e da relação dos medicamentos em uso – que também ficaram em
casa –, e o paciente não lembrar dos nomes, das doses, nada.
Portanto, há cuidados a serem tomados ao agendar uma consulta médica. A
propósito, não esquecer de comparecer à consulta marcada ou avisar, com boa
antecedência, caso não possa comparecer. Uma consulta agendada é um compromisso
assumido, tanto pelo médico quanto pelo paciente. (Ultimamente é comum
encontrar médicos com agendas lotadas e consultórios vazios. Ouve-se de muitos
profissionais a reclamação sobre pacientes que marcam consultas e não
comparecem. Agora, por exemplo, escrevo quando deveria estar atendendo um
paciente que não veio e nem avisou! Interessante que em geral são pessoas
“normais”, educadas, que vêm cometendo tais leviandades, sem se aperceberem do
mal que causam para seu médico e outros pacientes mais necessitados.)
Saber o que o paciente está tomando, quais tratamentos faz, é essencial numa
consulta, para não acontecer de o médico receitar drogas já em uso ou receitar
medicamentos incompatíveis com os que já toma. Uma boa maneira de resolver isto
é levar os próprios medicamentos ou as orelhas das caixinhas, onde consta o
nome do remédio. É muito embaraçoso para o médico quando o paciente começa a
descrever a cor ou a forma dos remédios que toma, esperando que o profissional
adivinhe do que se trata. Na maioria das vezes o médico jamais viu a forma dos
comprimidos que receita.
Portanto: ao consultar, ter em mãos exames recentes e lista dos medicamentos
que toma. De preferência não levar mais que um acompanhante, e mesmo assim, só
se necessário.
autorizado pelo autor.
também publicado em: www.santa.com.br
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