MANOEL JOAQUIM DA BOSTA XIV

"A data de hoje para alguns é um dia de mau agouro. A sexta-feira 13 faz que muitos alterem sua rotina. Mas alterações deverão acontecer no dia 13/02, conforme missiva enviada ao messias revoltoso de grande mandante no ensino, ciente de situações absurdas que acontecem nesse reino. Assim as calcinhas e cuecas irão borrar. Mas os mestres continuam a desafiar o messias, fazem depoimentos sobre o assunto que poderia dizer-se que são hilários. O messias também está a um passo de conseguir o nome do dito-cujo que ordenou confecção de faixa com injúrias ao mesmo. A situação vai complicar-se para esse. Acidente inusitado com carroça real na côrte danificou carruagens de nobres e plebeus. Mas os plebeus aproveitaram e soltaram as suas vaquinhas para que pudessem apreciar o antepasto das vaquinhas gordinhas de nobre aliado do Monarca. Assim o antepasto das vaquinhas do nobre, virou prato principal para as vaquinhas magrinhas dos plebeus. O acidente até foi mencionado no Semanário do Reino, que é mantido com dim dim espoliado dos plebeus através dos impostos. Sendo que menção ao fato não é normal, o semanário normalmente abstém-se de informar essas situações. A Festança do Reino iniciou. O Rei agraciou os seus súditos com ingresso gratuito no primeiro dia de festa. Contratou vidente para cuidar da bilheteria, assim o mesmo todo perspicaz, sabia somente com seu olhar, quem era do Reino e quem era estrangeiro. Modo interessante esse de abrir as portas da festa para os habitantes do reino. A disputa de comer a morcela foi apreciada, mas o engasgo foi geral. As damas da côrte e estrangeiras ficaram serelepes, principalmente aquelas que não sabiam com que molde a mesma foi confeccionada. Havia fila no toalete para regurgitar a mesma. A decepção maior aconteceu em relação aos fogos de artifício, a duração e quantidade foi apoucado. O Monarca utilizou mais fogos na festa de virada de ano. Preferiu gastar mais com seus familiares e aliados, do quê para a festança. Muitos foram dormir desolados, se soubessem, talvez nem teriam deslocado-se para o local da festa. Mas a diversão foi grande. A minha doce e amada estava comprometida com os trabalhos, assim tive a possibilidade de zanzar por todos os cantos. Aproveitei para na surdina flertar. Também possibilitou momentos tranqüilos para apreciar o meu drinque preferido, o já muito famoso nessas terras, o cuba Fidel libre. A bebida amarga com espuma apreciada pela maioria ocasiona-me gases e arrotos, dificultando minhas incursões junto às damas. Precavi-me, estou utilizando uma faixa ao redor das costelas, assim as cotoveladas da doce e amada não são tão eficientes. Acordei com uma bruta dor de cabeça, dor dupla, antes Cristovão Colombo tivesse jogado alguém de uma nobre família ao mar. Mas dei de cara com descendente dessa família secular. Precisarei hoje de um quarto escuro para repor-me, estou a exagerar nos drinques, e ainda para recuperar-me, irei comer um monte de...ovos de codorna.

M. J. da Bosta"

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