
De motos e de mortos
Dia 3 e 4 de dezembro a Acaprena fez uma excursão para visitar as três barragens destinadas a evitar ou abrandar o impacto das enchentes vale abaixo. Foi um passeio agradável e instrutivo. Mas, não é disto que se pretende tratar e sim de um detalhe: o ônibus fez três paradas aleatórias para fotografar pontos pitorescos. Em dois destes locais, soube-se de tragédias familiares: numa, a filha arrimo da família, morrera recente e noutra abrigavam um jovem paraplégico, ambos vítimas de acidentes de moto. A propósito, alguém do grupo comentou que anos atrás, quando a cultura do fumo foi introduzida lá pras bandas de Botuverá, os agricultores passaram a ganhar melhor e a se permitir certos “luxos”. Entre os objetos de desejo mais comprados, estavam as motocicletas, muito úteis para se deslocar pelas sinuosas estradinhas do campo. Aconteceu que em curto espaço de tempo quase todas famílias tinham uma morte a lamentar!
Ao se ler a manchete do Santa de 7 de dezembro de 2011, “Nunca se vendeu tanta moto como neste ano. Em 11 meses foram vendidas 1,93 milhão de unidades”, é inevitável a funesta ilação: em quantas destas novas e reluzentes motocicletas a morte e seu alfanje já se abanca – invisível – na garupa?
A respeito deste recorde nas vendas de motos, o Jornal Nacional destaca a região Nordeste, onde a moto substitui rapidamente o jegue e onde foram vendidas 557 mil unidades. No entanto, devido à falta de educação no trânsito e à imprudência que por lá ainda é mais grave que no resto do país, o preço em vidas e estropiados é paralelamente alto, fazendo do nordestino – que antes de tudo é um forte – a maior vítima da indústria motociclista. Enquanto a média de mortes em acidentes de moto no país é de cinco para cada 100 mil habitantes, em Pernambuco é de sete. A cidade campeã deste trágico torneio é a cidadezinha de Araripina, onde para cada 100 mil pessoas morrem 19 pessoas. Ressalte-se que a maioria destes mortos são jovens, na segunda ou terceira década da vida.
O detalhe insuspeito que se deseja destacar são as mortes causadas por motos nos caminhos interioranos que talvez sejam mais numerosas que nas grandes metrópoles.
Este país deveria fazer um profundo e sóbrio estudo sobre o custo/benefício trazido por este perigoso meio de transporte.
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também publicado em: www.santa.com.br
7 comentários:
Respeitar as leis de trânsito, atenção ao pilotar, direção defensiva, e assim sem maiores problemas.
E nada de schnaps!!
sou motoqueiro, e quando respeito a velocidade das placas, as caminhonetes de bacanas ficam coladas na traseira. Paro sempre nas faixas de pedestres, mas fico sinalizando que nem doido, pra ninguém bater atrás de mim, nem me ultrapassar e atropelar os pedestres. tem motoqueiro que abusa? Tem, muitos. E motoristas??? Só não há mais vítimas, pois eles estão blindados, protegidos.
.....alguém já viu uma moto com coleira ou focinheira? Pois é, ela não faz absolutamente nada.
o problema é o bacana que conduz ela.Principalmente a piazada nova, é um perigo!
os metidos a bacanas, de carro importado, e os agroboys que andam a toda, com o som no alto, é quem precisavam de focinheira, sem querer ofender os cachorros claro...
Já ofendeu!
aos cães minhas desculpas então, hehehe
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