Os últimos dias, nessas terras maravilhosas e gentis, estão complicados. A máquina pública parece emperrada. Serviços básicos não funcionam a contento. Obras ficam pela metade. A maioria da população antevê o caos. Ninguém quer final de feira. A xepa, os beliscantes que levem com eles. É triste perceber, que a falta no ano vindouro da famosa teta, trouxe o desânimo entre eles. Assim a falta de planejamento, aliado ao desmame precoce, deixa o nosso país ao Deus-dará. A maioria, contam os dias, torcem, para o relógio girar mais rápido, que o período de transição de monarquia para república passe como um lampejo. Mas acredita-se que a curiosidade está por trás disso. Muitos estão ansiosos, aguardam que Nicoro anuncie os nomes, daqueles que estarão ao seu lado nos próximos quatro anos. Alguns ousam dar palpites, acreditam que tem o direito de interferir nas escolhas. Acham que o voto na república lhes dá esse direito. Deveriam sim se conformar. A escolha dos de confiança é questão pessoal do presidente eleito. É seu direito garantido por lei. Mas não há lei, que impossibilite críticas, mas essas deverão ser direcionadas, após a demonstração de serviço ou não. Cabe ao eleitor num país, a fiscalização dos membros do Conselho Legislativo, bem como do Presidente, para verificar se as suas promessas de campanha estejam sendo cumpridas, e que o governo assim permaneça na trajetória correta. Os republicanos necessitarão de um prazo para recolocar o nosso país nos trilhos. Assim também irão precisar do voto de confiança. Não será de ajuda, tentar desestabilizar o novo governo já no início. Precisarão de foco. Com certeza nem todos os nomes agradarão. Mas será educado e conveniente aguardar um breve período para a máquina engrenar. E se assim as mudanças proclamadas, não se concretizarem, deverão todos lembrar isso. Com a república, de quatro em quatro anos, podemos chancelar o trabalho ou não. Seremos críticos e mordazes, mas na hora certa. Parece que a nossa festa maior, em comemoração a cultura dos nossos antepassados, está entrando no rumo certo. Retomam as rédeas da festa, aqueles que são os verdadeiros donos da mesma. Com isso tudo, descobre-se que muitos que queriam aparecer como os maiorais, nada mais eram que usurpadores. O Messias revoltoso junto com os plebeus, na distribuição dos panfletos, os mais que famosos Repolhos Azedos, anunciaram alguns fatos, mas muitos desacreditaram. Assim restou ao Messias, nada além de mostrar o pau. Espera-se que todos se unam, e tenhamos uma maravilhosa festa no ano vindouro. Espero sempre com muita ansiedade e entusiasmo a nossa querida festa. Para isso já estou com alguns cuidados com o meu organismo. Ainda ajuda também, os muitos...ovos de codorna.
M. J. Da Bosta