MANOEL JOAQUIM DA BOSTA - X

"As planfletagens do messias revoltoso e plebeus estão parcas. Muitos estão preocupados com o sumiço do messias. Mas acredita-se que ele esta preparando a munição para uma batalha eminente. Essa irá acontecer ao anoitecer de sexta-feira na província ao sul. Talvez a batalha seja perdida, mas a guerra continuará. O messias sabe que a luta é longa. Principalmente por que muitos querem que os valores ensinados pelos pioneiros sejam alterados. Até as escolas do reino estão apoiando os malfeitores, os ensinamentos estão sendo desvirtuados. Os que querem o bem são punidos, somente valem as opiniões que podem favorecer o Rei, e assim muitos são encaminhados para o caminho errado desde tenra idade. O desfecho somente se saberá no próximo ano. O plebiscito poderá não atingir as pretensões do Monarca. Assim o mesmo se envereda nas províncias atrás dos plebeus, mimando eles com bonitas palavras e muitas promessas para mudar a opinião. Até senta-se a mesa de jantar e delicia-se com a comida. Mas a situação está difícil, a carroça real acidentou-se, as andanças do Monarca continuam, mas sem o conforto que o Rei acha que tem direito. Nessas suas odisséias, que o mesmo aproveite e abra bem os olhos, para enxergar e observar todas as dificuldades que os nobres e plebeus tem em percorrer as estradas do reino. As estradas e ruas encontram-se em estado lastimável, nem a rua Terra Santa em plena côrte tem condições de circulação. Deveria talvez o Rei primeiramente resolver as situações da corte, para depois fazer promessas aos plebeus em relação às províncias. Os donos de secos e molhados estão chamando os habitantes do reino de otários, somente pelo fato dos mesmos gostarem de fazer compras em república vizinha, sendo que os comerciantes de lá atraem os compradores com preços melhores e também oferecem cartão promocional para concorrer a uma carroça importada. Os mesmos não possuem criatividade e querem aplausos, e alguns acham que fazem favor em abrir negócios. O planfleto do messias e plebeus divulgou a armação do Monarca e aliados, que foi feita em cima dos donos de fábricas e secos e molhados, para que continuassem a pensar que iriam conseguir empréstimos com juros menores para ajudar seus negócios após a enchente de março. Nem o Semanário do Reino noticiou o fato. Não poderia se esperar outra coisa, tendo em vista que o Rei regiamente concede dinheiro ao mesmo, esse espoliado dos plebeus através dos impostos. Aproveitarei esses dias de fim de primavera para passear ao anoitecer, assim poderei apreciar as luzes de lampião a iluminar as árvores de natal. Farei o passeio acompanhado da minha doce e amada, assim poderemos namorar. Para que continue com essa disposição, irei comer um monte de...ovos de codorna.

M. J. da bosta"